capitulo 14

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Olhei ao redor e vi todos jogados ao redor da minha cama. Peter, que havia subido pra procurar a Vic acabou por se jogar na cama e abraçar a Vic como uma onça protege seu bebê. Ambos pegaram no sono juntos no colchão ao lado da cama. Sue, pegou no sono meia hora depois do inicio do filme e ficou jogada do meu lado. Marco, estava jogado no chão ao lado do colchão da Fernanda. Ambos dormindo, pegaram no sono depois de tantos olhares que Marco me lançava reprovando o modo como agia referente ao Julio. E Fernada, apenas brigou com ele por ter dando like em uma foto de uma menina da escola pegando no sono de seguida e o expulsando do colchão. Julio não se atreveu a sequer entrar no quarto. Disse apenas um boa noite e saiu rápido, depois de me olhar triste.

Agora estava sozinha, sem ninguém pra conversar e sem sono como sempre ficava depois de uma briga com ele. Todos dormiam e estavam em seus próprios mundos. A TV que fora programada pra desligar, havia dado seu ultimo sinal de vida a um bom tempo. A janela estava aberta, já  que havia fechado apenas a cortina. Estávamos no inicio do ano e o verão ainda predominava no inicio de fevereiro, mês que meu pai faria aniversário, como diz minha mãe. Não sei se é verdade, ela nunca fala sobre ele. Sei que ele tinha olhos azuis e que puxei os meus azuis dele. Ela nunca fala dele e apenas sei disso por uma vez perguntar o porque dela encarar tantos os meus olhos. Ela respondeu que tinha os olhos dele. Apenas interpretei as suas palavras.

Todos ressonavam ou roncavam alto. Aquilo me deixava alegre, entediada e brava ao mesmo tempo. Apenas me levantei coçando o cabelo e saí do quarto tentando não fazer barulho. Fechei a porta e olhei o corredor vazio. As luzes apagadas e as janelas abertas davam sinais de que já eram mais do que noite. Talvez 2 ou 3 da manhã. Segui para o quarto da minha mãe e abri a porta. Ela estava ali ressonando. A mesma roupa de hoje de manhã deixava claro que ela chegou cansada. Tirei seus sapatos, desliguei a televisão, apaguei o abajur, fechei as cortinas, abri um pouco janela travando a mesma pra não bater e cobri ela de seguida. Beijei sua testa e ela se virou resmungando um 'boa noite'. Fechei a porta devagar e olhei pra frente. A porta dos dois quartos e o banheiro em frente ao quarto da minha mãe, estavam fechadas, olhando na direção da escada. No final da outra parte do corredor a porta do sotão/academia estava fechada também. Caminhei até a escada e suspirei seguindo pelo lado dela, um pequeno corredor de dois lados dando pra chegar a varanda. A casa seria considerada uma mansão, mas é pequena por dentro e pra quem vê uma mansão, isso pode ser chamada de casinha.

Abri a pequena porta da varanda e passei pela mesma. As duas pequenas mesas brancas com duas cadeiras estavam vazias e o ar frio tomava conta mesmo que o tempo estivesse quente.

Saí dali fechando a porta com cuidado e passei pelo pelo corredor de novo dessa vez, virando e descendo a escada. Ouvi um barulho na sala e olhei pra mesma. Desci os dois degraus que separavam o hall e o cômodo um pouco mais extenso, na casa. Olhei em todos os cantos e apenas uma coberta estava no sofá enquanto a televisão iluminava o ambiente escuro pelas cortinas escuras e janelas estarem fechadas. Deliguei ela e me virei. Olhei a porta debaixo da escada e nenhum sinal de que sequer foi aberta. Subi os pequenos dois degraus e fui pra cozinha americana que minha mãe amava exibir. A mesa no meio dela era extensa. Armários fechados em cima da pia, a geladeira de duas portas de um lado e fogão entre ela e a pia. O balcão e os degraus eram as únicas coisas que separavam o hall e sala, da cozinha.

Passei pela porta da garagem e encontrei a mesma vazia. Nada além de instrumentos, pôsteres e a luz ligada. Apaguei a mesma e ouvi um barulho de água. Fechei a porta da garagem e a abri a porta ao lado dela que dava a lavanderia. Nada além de máquina de lavar, tanque e uma porta que dava aos fundos da casa. Abri a porta e encontrei uma parte cheia de varais e mais a frente a psicina enquanto na parede esquerda estava com a churrasqueira e as mesas pra festas da família Martins. Uma piscina estava no meio do quintal florido era de onde vinha o barulho da água. Caminhei até a mesma com os braços cruzados em uma tentativa de esquentar o corpo, mesmo sabendo que pra me esquentar eu teria, ou que pular na piscina aquecida, ou entrar pra dentro de casa.

O Idiota Do Meu PrimoOnde histórias criam vida. Descubra agora