O Idiota Do Meu Primo

capitulo 13

O sinal tocou e o monitor entrou na sala.

- desçam pra biblioteca - falou e saiu. Arrumei minhas coisas e meu celular tocou.

- sabia que irrita ligando a cada sinal ? - perguntei e ele bufou.

- Lucy, desculpa ter mentido. Mas ele era um dos melhores e havia me comprometido com ele. - Grego disse e eu sorri.

- eu entendo papito. E aceito. Apenas quero que se protejam. Você fica as escuras, mas e ele ? Me promete ficar de olho. E no Julio também - falei e Julio me roubou um beijo. Dei um tabefe nele e o mesmo riu me ajudando a descer os últimos degraus.

- como quiser princesa - Grego disse e eu sorri.

- adoro quando se preocupa. Me diz aí, quando vou conhecer esse tal de papito ? - Julio disse e eu coloquei no viva-voz sabendo o Grego diria.

- pra você é Grego idiota. Lucy, não fui com a cara do seu namoradinho - ele disse e eu ri junto com o Julio.

- talvez seja pelo fato dele ser meu primo e não meu namorado - falei e ele riu irônico.

- vocês se beijam tanto que chega a parecer isso - ele disse e eu revirei os olhos.

- sem querer me intrometer, mas vamos pra um lugar de silêncio. Então tchau Grego - Marco disse e desligou. Ri.

- ele vai ligar logo, logo e você sabe - falei e ele deu de ombros.

- foda-se ele. - falou e entramos na biblioteca. Fui pra sessão de novela e me sentei no chão. Peguei o livro que havia deixado ali pra ler mais tarde e abri. O celular tocou e eu ri cancelando.

Grego

Já pensou o quão ridiculo um criminoso como você, ter what's app e grupo de amigos ?

Pois é, desculpa, não pedi sua opinião

Opinião é que nem cu, dá quem quer
Vai mesmo no show ?

Claro, mas vai ser naquele esquema. Disfarce.

Okay.

Guardei o celular e ouvi alguém sentar do meu lado.

- onde você foi no intervalo ? - perguntei irritada e Breno riu.

- precisei ficar depois da aula - falou e eu ri.

- olha, o fofinho se revoltou - falei e ele riu negando.

- não, a professora me segurou porque não terminei prova. Tinha atendido uma ligação importante do meu pai - ele disse e eu sorri.

- pai ? Desconheço essa palavra - falei e ele me encarou confuso. - minha mãe tinha 15 anos quando ficou grávida de mim. Meu pai aparentemente abandonou eu e ela assim que soube. Ela nunca fala dele, mas ela se casou de novo. Mas ele morreu a alguns anos, em um incidente que ninguém sabe ao certo. - falei e ele fez careta.

- sinto muito - ele disse e eu sorri.

- ele batia e abusava da minha mãe. Ela perdeu três filhos em dois anos. Basicamente, ele mereceu a morte que teve e posso garantir que foi doloroso - falei e ele me encarou confuso.

- matou ele ? - perguntou e eu o encarei.

- posso garantir que ele está na cova por causa dele mesmo - falei e ele assentiu. - mas e o seu pai ? Sabe seus segredos ? - perguntei e ele riu.