Capítulo Dezenove

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HOJE
NOVA YORK

Enquanto meus olhos passeiam pelo lugar atrás de uma mesa, vejo Michelle sentada com um rapaz e decido ir cumprimenta-la.
- Dona Michelle, que coincidência maravilhosa te encontrar.
Ela arregala os olhos quando me vê.
- O. Oi. - Ela engasga um pouco.
Ficamos nos encarando por um tempo.
- Desculpe, você é? - O rapaz diz.
Eu olho para Dona Michelle que parece estar aflita.
- Hm, desculpe! - Estendo a mão - Sou Cassandra. Uma jornalista amiga de Michelle.
- Ah sim, prazer Thomas. Quer sentar..
Dona Michelle está impossibilitada de falar.
- Com licença, vou deixa-los conversar.
Quando estou saindo escuto ela falar.
Precisamos ir embora.

O jeito que ela ficou ao me ver foi um tanto suspeito.
Porque será que ela agiu assim?
Vou embora logo em seguida.

De volta ao jornal Chloe me olha estressada.
- Jordan te procurou em todos os setores.
Dou risada.
- Avise que já cheguei.
Subo até sua sala e bato.
- Entre Cassandra - Ele berra.
Entro com calma, não quero correr o risco de ser atingida por um peso de papéis.
- Com licença - Enquanto vou me aproximando da mesa, ele me encara mais - Decidiu?
Ele sorri, ainda furioso.
- Primeiramente, idéia brilhante! Seguidamente aonde conseguiu essa notícia? - Ele sorri e toda a raiva se esvai.
- Desculpe a demora e obrigada - Sorrio em resposta - O que decidiu?
Ele me analisa.
- Você é genial! Quero você trabalhando como Jornalista Chefe, junto com o Danilo.
Reviro os olhos e ele percebe.
- Não perca essa oportunidade por erros do passado? - Ele sorri - Pode ir, mais tarde peço que entreguem as papeladas em seu quarto.
Concordo e saio.
Quando chego em minha sala, Danilo está lá. Em pé, olhando NY através das longas janelas de vidro.
- Posso ajudar? Ele se vira, calmo e sorri.
- Na verdade, descobri que você se saiu muito bem na reunião com Jordan-  Ele é um pé no saco - E vim dar os parabéns.
Ele sorri.
- Obrigada - Digo.
Ele vai até a porta.
- Sabe Cass, eu sinto sua falta - Sua voz é firme.
Eu estremesso.
- Vá embora - Digo, ainda de costas.
- Olha para mim! - Ele quase grita -  Se não fosse por mim nem aqui estaria.
As palavras dele foram como balas de prata perfurando o meu peito.
Oi?
Eu me viro para ele acreditando que tudo o que acabei de ouvir não passou de uma miragem.
- Como que é? - A raiva enche as minhas veias e sinto meu rosto ficar vermelho.
Ele passa as mãos na cabeça.
- Não quis dizer..
- Mas disse - Interrompo - Olha você pode ser um babaca aonde quiser, mas fique longe de mim. Pegue seu ego inflado e seu egoísmo e saia da minha sala! - A expressão dele se entristece.
Ele sai e eu bato a porta.
Sento para recuperar o fôlego e logo depois batem na porta.
Abro a porta com ignorância.
- Olha Danilo...
- Isso é jeito de se dizer bem-vinda?
- Thania?..

Com amor, CassOnde histórias criam vida. Descubra agora