Seu primeiro movimento foi o mais mortal, um sorriso de prazer infantil se transformou em um sexy sorriso, o sorriso mais satisfeito que eu havia visto. Era um olhar de pura satisfação de um predador, o olhar de um caçador que tinha planejado, maquinado e que havia ganhado seu premio, que tinha a presa em suas garras.
Que conveniente, pensei.
— Fique quieta — sussurrou, logo se inclinou novamente, as pálpebras caindo enquanto inclinava sua cabeça. Pensei que me beijaria, mas isso somente foi para me tentar, um prelúdio da atividade que tinha em mente. Pressionou um beijo na linha da minha mandíbula, queixo e logo mordiscou meu lábio inferior, puxando com os dentes.
Quando me liberou, me olhou fixamente de novo, esfregou o polegar em minha bochecha. Observou-me. Desta vez quando suas pálpebras caíram me beijou plenamente, enfiando a sua língua na caverna da minha boca.
Fechou suas mãos ao redor do meu cabelo, provando minha língua com a sua, fazendo que participasse, lutasse, que fizesse nada, simplesmente aceitar.
Fechei minhas mãos ao redor das lapelas de sua jaqueta, puxando-o para mim, trazendo seu calor, seu cheiro, seu sabor, aproximando.
Um momento de consideração antes de decidir que não estava suficientemente consternada por minhas ações para deixá-lo ir.
— Ethan.
Não foi nem sequer um sussurro, simplesmente o chamado mental de seu nome, mas ele gemeu triunfante, chupando minha língua dentro de sua boca, e a torturou com a fricção e calor dela.
O beijei, me deixei beijar, deixei apertar meus quadris, dobrar seus dedos no tecido da minha camiseta, deslizar suas mãos ao redor da minha cintura e pressionar minhas costas, me aproximar mais. Ele fez um som, algum ruído de predador que surgiu de sua garganta, e logo disse meu nome. E desta vez, não era uma pergunta, sim um som de vitória, ele reclamando seu prêmio.
Apertou para mais perto, os dedos abertos se movendo lentamente para cima.
Enquanto pressionava contra mim, senti a elevação de sua ereção, sua solidez contra meu estômago.
Embalava seu rosto em minhas mãos enquanto nos beijávamos, em grandes e sensuais mordidas, a seda grossa de seu cabelo caindo ao redor dos meus dedos.
Até que chamaram a porta da biblioteca.
Ethan se afastou, uma mão em seu quadril, a outra em sua boca, apagando qualquer evidência.
— Sim? — sua voz era alta, um disparo de canhão contrastando com o vazio do salão.
Passei as costas da minha mão pela boca. A porta se abriu a silhueta de um corpo na entrada, e logo entrou Malik.
— Eles estão aqui — disse, olhos pousados em mim com uma ponta de compaixão neles, logo olhou Ethan.
— Salão de recepção.
Ethan assentiu.
— Leve-os ao meu escritório.Estaremos lá em um momento — sem nem um olhar a mais Malik assentiu.
Voltei para a mesa e mantive meu olhar sobre os livros e textos que comecei a recolher. Meu coração martelava a culpa que havia aplacado devido ao Morgan, agora inundando meu peito.
O que havia feito? O que estava, estávamos a ponto de fazer?
— Merit.
— Não — terminei de juntar os livros, os recolhi, agarrei minha katana, e os sustentei contra meu peito como um escudo. — Não. Isso não deveria ter acontecido — Ethan não respondeu até que comecei a mover-me para a porta. Parou-me com uma mão em meu cotovelo. Mesmo assim, uma sobrancelha arqueada, foi à resposta
que obtive para toda pergunta.
— Você me entregou para ele.
Seus olhos se arregalaram instantaneamente. Estava surpreso, então, o que importava que Ethan não me amasse, por qualquer razão, apesar de suas dúvidas, e que embora tenha me entregado ao Morgan. Que estava esperando no andar de baixo
com os outros.
Afastei meu braço e caminhei para a porta. Quando a alcancei me detive, voltei e o olhei, vendo a expressão estupefata em seu rosto.
— Você tomou uma decisão — lhe disse. — Terá que viver com ela.
Depois de um momento de óbvio choque, sacudiu a cabeça.
— Temos visitantes — sua voz era fria. — Vamos.
Coberta de papéis nas mãos, o segui para fora.
***
Eles estavam no escritório quando chegamos - Morgan, Scott Grey e Noah Beck, todos em cadeiras ao redor da mesa de conferência de Ethan. Não havia visto Scott nem Noah desde a noite em que havia protegido Ethan contra um golpe do meu futuro ex-namorado uma noite antes que Celina tentasse assassinar Ethan. Parecia
apropriado que estivéssemos nos encontrando novamente debaixo das mesmas dramáticas circunstâncias.
Scott era alto com cabelo castanho, vestido em jeans e uma camiseta dos Cubs.
Era um fanático dos esportes tanto que a roupa esportiva era usualmente o uniforme da Casa Gray. Em vez de usar medalhas como fazia os vampiros de Navarro e Cadogan,
a Casa Grey tinha jerseys.
Noah usava calças pretas e uma camiseta preta, as únicas roupas que sempre o tinha visto usar. Noah era mais baixo que Scott, o qual não dizia muito já que Scott chegava provavelmente a seis ou quatro pés, mas Noah era mais amplo nos ombros.
Noah claramente passava muito tempo levantando pesos. E onde Scott tinha um tipo de atrativo de menino de fraternidade, agora brilhava uma incipiente barba debaixo de seu lábio inferior, Noah era rudemente bonito. Sua barba de poucos dias sobre sua
forte mandíbula.
Morgan estava como sempre em seus jeans e camiseta. Também mantinha seu olhar magoado baixo, o qual elevou e me dirigiu tão logo entrei.
Corei, a culpa subindo alto e quente por minhas bochechas. Culpa e um pouco de medo. Havia feito à coisa que ele tanto temia. Havia me rendido ante a tentação que havia previsto. Temido. E podia apostar que levava a persistente essência da colônia de Ethan.
Luc e Malik estavam de pé em cada extremo da mesa, ambos no negro
Cadogan. Ethan se encaminhou a cabeceira da mesa e se sentou Luc estava atrás dele.
Movi-me para o outro estremo da mesa, oferecendo cumprimento a Noah e Scott durante o caminho. Quando Malik tomou seu assento, fiquei de pé atrás dele.
— Cavalheiros — Ethan disse. — Como mencionei anteriormente, temos um problema. Precisamos de uma solução. E a precisamos rápido.
Explicou a ameaça de Nick, a ordem de vinte quatro horas e a investigação que estava sendo levada a cabo por Jeff. E logo chegou ao pessoal.
— Temos sido capazes de obter esta informação — disse. — Porque Merit
concordou em retornar a casa de seu pai, a voltar ao círculo de amizades de sua família em nosso beneficio.—- Disse as palavras ao grupo, mas seus olhos estavam em Morgan.
Fechei meus olhos, de repente cansada de Ethan Sullivan.
Foi uma renúncia. Estava tentando, mesmo depois do que aconteceu na
biblioteca, dar uma desculpa para Morgan. Explicar a Morgan que iria parecer inapropriado - eu aparecendo de braços dados com Ethan em um evento social - era atualmente um dever que havia requerido de mim, e um completamente platônico.
Poderia dizer que era uma coisa bem pensada, para fazer uma tentativa de
reparar o dano que havia provocado exigindo que o acompanhasse até meu pai.
Por outro lado, senti o cheiro da covardia. Ele me queria, isso era bastante óbvio, e esta não era a primeira vez que o demonstrava. Mas seguia novamente me passando para Morgan. Seguia esforçando-se em manter o Morgan e eu juntos. Isso
fazia alusão a um abismo de problemas emocionais que eu sabia que não me atreveria a explorar.
Mas o havia beijado, havia visto o olhar em seus olhos, o desejo, o triunfo de ter me obtido. Quem sabe Lindsey tenha razão, que havia mais debaixo da superfície fria, calma, de vampiro recatado. Mas era um risco...
Havia navegado em meus pensamentos, de modo que o som do meu nome saiu dele, me dei conta que estava a meio caminho de levantar meus dedos sobre meus lábios, tocando o lugar onde nos havia conectado.
Cobrindo, golpeei o dedo em meu queixo, esperando parecer intelectual.
— Sim? — perguntei a Ethan, encontrei todos os olhares sobre mim. Morgan, em particular, parecia haver perdido um pouco do fogo, embora parecesse suspeitar.
— Tem algo a acrescentar ao meu relato? — Ethan perguntou. — Talvez algo sobre a ameaça que continha no e-mail?
Inclinei a cabeça obedientemente.
— É sangrento — disse. — Métodos são mencionados, alguns novos, outros da velha escola. Mas não li nada naquele e-mail que sugeria a uma pessoa em particular, ou vampiro, quem seria o agressor.
Ethan inspecionou os vampiros chefes de estado.
— Alguns de vocês tiveram êxito em descobrir algo sobre esta ameaça?
As cabeças ao redor da mesa sacudiram a cabeça.
— Buraco negro — Noah disse. — Não tenho nada.
— Idem — Scott disse.
Morgan se inclinou para frente.
— Então o que fazemos agora? Faltam duas horas para o amanhecer, e somente teremos o que, um par de horas amanhã à noite.
Isso não nos dá tempo para uma completa investigação, se sequer soubéssemos por onde começar.
— O e-mail nos pode dar alguma direção esta noite — Ethan lhes lembrou. — Estamos esperando a conclusão desta parte da investigação. Em qualquer caso, temos que chegar a algum acordo antes de nos separemos. O primeiro passo, acredite, é fazer frente à ameaça na medida em que possamos. Tanto Merit como eu demos garantia aos Breckenridges que a ameaça não vem da Casa Cadogan. Pode vocês dar ao menos a mesma promessa?
— A ameaça não vem de Grey — disse Scott secamente. — Como você sabe,
não é o nosso estilo.
— Nosso estilo tampouco — Morgan disse, sua voz estava um pouco irritada. — Os vampiros Navarre não ameaçam humanos.
Não mais, pensei, Ethan e eu compartilhamos um olhar complacente.
— Sabe que não posso fazer esse tipo de promessa — Noah disse. — Não tenho esse tipo de autoridade sobre os vampiros independentes. Somente sou um delegado para propósitos informativos. Dito isso, não sei nada sobre a família Breckenridge, e
certamente não tenho escutado nada nas ruas. Se os vampiros fora das Casas estão envolvidos com isso, eu não estou ciente disso.
— É exatamente por isso que temos Casas — Morgan murmurou em sua
cadeira. — Para prevenir situações como essas. — Uniu suas mãos atrás de sua cabeça, e deu uma olhada a Ethan. — Então obteve a afirmação das três maiores de Chicago.
Acredita que isso vai acalmar essa gente?
— Improvável — disse Ethan. — Eles vão querer obter informações específicas quanto à ameaça, como quem fez a chamada telefônica, e também que enviou o e-mail.
— Então se não descobrirmos, estamos perdidos — Morgan concluiu. — Ele publicará a história, e estaremos perdidos. Vão reiniciar as audiências, passar qualquer merda de legislação que tem estado considerando, e nos fecharão em nossas Casas durante a noite.
— Um passo de cada vez — Ethan disse calmamente. — Não há necessidade de pular para as conclusões.
— Oh, não use essa merda de Mestre “Sou o esperto" em mim Sullivan. Não sou tão velho como você, mas não sou um novato, tampouco.
— Morgan — Scott advertiu. Scott, pelo que havia aprendido em minhas investigações, era relativamente um novo Mestre. Mas ainda tinha mais poder, mais experiência que Morgan, e o tom de sua voz era uma óbvia recordação desse fato. Era a primeira vez que escutava Scott usar seu posto, o que tornou muito mais eficaz.
Morgan reprimiu qualquer réplica que havia planejado, e se sentou novamente em sua cadeira, olhos fechados, olhando sobre a mesa em frente a ele. Talvez não estivéssemos manejando bem as mudanças. A minha, de humana a vampiro. A dele, de Segundo a Mestre.
— Podemos oferecer garantias quanto as Casas — Ethan disse, recapitulando o acordo que tínhamos alcançado até agora. — O que mais?
— Atualmente — Scott disse. — Tenho uma pergunta. — Olhou para Morgan.
— Embora com isto não queira faltar ao respeito, temos uma nova lista de Raves, ameaças contra nós, alguém espalhando informações como somos manipuladores.
Isso nos leva a nos provocar. Quais as possibilidades da participação de Celina?
A mandíbula de Morgan tencionou.
Ethan e eu compartilhamos um olhar. — Não acredito que temos fortes provas de todos os modos — disse, aparentemente decidindo não levantar as evidências circunstanciais que encontramos na biblioteca.
— Embora ela tenha demonstrado que não está acima da propagação da discórdia entre as Casas.
— E quanta dessa discórdia é pessoal, Sullivan? — Morgan se inclinou para frente, voltou sua cabeça par Ethan. — Pode ser realmente neutro sobre Celina?
Ethan arqueou uma sobrancelha.
— Neutro? Sobre Celina? Suas ações até agora sugerem que seja tratada com neutralidade?
De acordo, pensei, dado que a mulher tentou matar Ethan e planejou minha morte. Tinha muitos específicos e muitos concretos sentimentos sobre Celina Desaulniers. Neutralidade não estava nem sequer no cardápio.
— Olha — disse Noah. — Apesar de seus atos anteriores, antes de se
envolverem em uma vingança pessoal, eu estou com Morgan. Se não temos provas de qualquer modo, então vamos deixar de lado a atribuição de culpa a ninguém em
particular. O PG a soltou, por isso estamos superando nossos limites, se olharmos de perto vocês sabem como funcionam.
Eu não, mas pelo comentário me fez pensar. Adicionei a minha lista de tarefas bibliotecárias.
— Então a única coisa que obteríamos centrando nossa atenção em Celina é
oprimir Greenwich ou perder tempo limitado em uma direção que não tem o capital político para seguir. — Noah sacudiu sua cabeça, e se recostou em sua cadeira. — Não. Não é que acredite que seja uma santa, mas sem detalhes, eu digo que a investigação
deve ser mantida aberta no momento.
Scott encolheu os ombros.
— Certamente não é uma santa, mas estou de acordo. Solte para testar as águas. Se não temos evidências, mantemos nossa abordagem mais ampla.
— Isso está decidido então — Ethan disse, mas essa linha de preocupação havia aparecido entre suas sobrancelhas. Os comentários não sugeriam que Scott ou Noah apoiasse cegamente Celina, mas necessitavam ser convencidos de sua culpa. Essa
carga, aparentemente, estava nos outros.
— Voltando aos Breckenridges — Luc sugeriu. — Deve haver algo que nos falta.
Porque esta família? Porque agora? Tinham informações sobre Jamie e a estavam usando para conseguir algo dos Brecks, porque envolver-nos? Qual é a conexão entre os Brecks e os vampiros? Porque a animosidade?
Animosidade.
Essa era a palavra que fez as peças do quebra-cabeça se encaixar em seu lugar.
Pensei sobre as perguntas de Nick fora da Casa, logo no labirinto.
Logo a formigação de magia, e o ódio em seus olhos.
O movimento no mato, e o animal que me observava através das árvores.
O mesmo formigamento que havia sentido no escritório de Papai Breck.
O prejuízo óbvio, o ódio pelos vampiros.
Circulando suas forças ao redor de Jamie, protegendo-o.
— Eles não são humanos — disse em voz alta, logo levantei o olhar,
encontrando o olhar de Ethan.
— Não são humanos? — Scott perguntou.
Ethan me olhava fixamente, e vi no instante que entendia.
— A animosidade. A desconfiança com os vampiros — assentiu.
— Deve estar certa.
— O que está dizendo? — Morgan perguntou.
Ethan continuava a me olhar, assentiu, me dando incentivo para tomar a reunião, para anunciar a conclusão. Olhei ao redor da sala, encontrei seus olhares.
— Eles são metamorfos. Os Breckenridge são metamorfos.
Por isso que havia sentido a magia em torno de Nick. Era um metamorfo. E a diferença do vampirismo, ser um metamorfo era hereditário, então ele era igual a seu pai, e como seus irmãos. Todos unidos em lealdade a Gabriel Keene, o pico, o alfa da
Manada Central da América do Norte.
— O animal que visitou a Rave — disse, lembrando do animal e da magia. — Esse deve ter sido Nick.
Morgan girou bruscamente sua cabeça em minha direção.
— Foi à cena de uma Rave? — inclinou-se para frente, palmas sobre a mesa, e logo voltou a cabeça para
Ethan. — A levou a uma cena de Rave? Ela tem apenas dois meses de idade, pelo amor de Cristo.
— Ela tinha sua espada.
— Eu repito, ela tem apenas dois meses de idade. Está tentando que a
assassinem?
— Tomei uma decisão baseado no conhecimento de suas habilidades.
— Jesus, Sullivan. Não te entendo.
Ethan afastou sua cadeira, se levantou e se inclinou sobre a mesa de conferências, os dedos abertos sobre a mesa.
— Em primeiro lugar, nunca colocaria Merit em uma situação que não acreditasse que poderia manejar. Além disso, ela estava comigo e com Catcher, e Mallory Carmichael, quem, como já temos comentado, está entrando em seus poderes que são o suficientemente forte para oferecer proteção às pessoas dentro de seu círculo. E entendo que a Ordem está estabelecendo sua presença em Chicago para se capaz de aproveitar suas habilidades.
Isso me colocou mais a direita. Ao que parece, as viagens de Mallory a
Schaumburg eram um pouco mais significativas do que havia me levado acreditar.
Inclinou-se um pouco mais adiante, lançou um olhar a Morgan que me enviaria a um canto com um rabo entre as pernas, e arqueou uma poderosa sobrancelha.
— Em segundo lugar, te disse isso uma vez, e esta será a última que direi.
Precisa recordar sua posição. Não vou discutir nem a idade nem o prestigio da sua Casa, Morgan. Mas tem sido Mestre por menos tempo que Merit tem sido vampiro, e deveria recordar que deve sua Casa a ela, porque seu Mestre anterior atentou contra
minha vida. — Se deteve, mas o seu olhar dizia o suficiente sobre o que não havia falado - que se Morgan desafiasse Ethan novamente, Ethan faria que sofresse as consequências.
A sala ficou em silêncio. Depois de um minuto, Morgan estreitou seu olhar
– e olhou fixamente e desafiante - Ethan levantou lentamente seus olhos verdes para mim, e vi algo diferente neles.
Respeito.
Meu estômago virou com a força desse olhar, por ser vista como igual por alguém que anteriormente havia me visto como algo de muito menos valor. Havíamos nos convertido em um tipo de equipe, um dueto Cadogan unidos contra os inimigos.
— Agora — Ethan disse. — De volta ao assunto. Se são metamorfos, como
informa essa nossa investigação?
— Talvez estejam protegendo o membro mais fraco — concluiu Luc. — Eles tem estado vigiando Jamie, protegendo, desta suposta ameaça contra ele. E pelo que entendi isso é incomum para os Brecks. Jamie tem sido a ovelha negra. O sem sentido.
Talvez seja por isso que escolheram os Breckenridges. Talvez alguém saiba algo sobre Jamie, pensa que isso deixa a família vulnerável. — Ele franziu o cenho. — Jamie poderia ter uma falha mágica. Quem sabe não pode se transformar completamente, talvez não possa mudar a sua vontade. Algo como isso.
— Sim isso é verdade, Papai Breck tem um problema — Ethan concluiu.
— E já que Jamie ainda está vivo, Papai Breck tem um segredo — Luc terminou.
Franzi o cenho e olhei para Luc.
— O que quer dizer, já que Jamie ainda está vivo?
— As manadas são estritamente hierárquicas — explicou Noah. — O mais forte dos membros lidera a Manada, o mais fraco serve, ou são sacrificados.
Sacrificado. Um modo político de se dizer que os jovens da Manada são
assassinados. - Isso é... horrível — disse com meus olhos marejados.
— Em términos humanos — Noah disse. — Talvez. Mas eles não são humanos. Eles são regidos por diferentes instintos, tem diferentes histórias, diferente desafios em suas histórias. — Encolheu os ombros. — Não estou certo se cabe a nós julgá-los.
— Matar aos membros da sua sociedade? — sacudi a cabeça. —Estou bastante cômoda julgando-os, independente de sua história. A seleção natural é uma coisa.
— Merit — Ethan disse. Havia um desafio em sua voz. — Não é o momento nem o lugar.
Fechei a boca, aceitei a crítica. Ouvi um bufar de desgosto de Morgan do outro lado da mesa, assumi que estava em desacordo com a reprimenda e com minha obediência.
— Deixando de lado a ética — Ethan disse. — Jamie é claramente ainda parte da família. O Gabriel não sabe, se sabe não se importa.
— Jesus Cristo — Scott disse, passando suas mãos pela cara. — Era bastante
mal quando éramos nós contra a Trib e a Cidade de Chicago, mas agora nós vamos enfrentar a maldita Central da América do Norte? Morgan tem razão. — Disse preocupação estampada em seu rosto.
— Estamos fodidos.
— Sugestões? — Ethan perguntou
— Deixe-me fazer uma ligação — disse, supondo que já que devia um favor a Jeff. Outro mais não ia interferir em nada.Ethan me olhou por um momento, talvez decidindo se estava desejoso em confiar no meu juízo. Assentiu.
— Faço-o.
Ofereci-me para encontrar Jeff na porta da Casa Cadogan. Imaginei que apreciaria a atenção pessoal e estaria um pouco mais cômodo em uma Casa de vampiros se tinha sua própria guarda pessoal e assistente. Pelo menos é assim que me expliquei. Fiquei de pé na entrada, braços cruzados esperando que o RDI desse passagem a Jeff para dentro da propriedade. Caminhava usando calças caquis e uma camisa de manga comprida sobre seu corpo esguio, as mangas de sua camisa enroladas até os cotovelos. Seu cabelo castanho se balançava enquanto caminhava se aproximando, mãos no bolso e um sorriso bobo em seu rosto. Pulou a escada da varanda e me encontrou na porta aberta. Havia um pouco mais de adoração em seus olhos do que me sentia cômoda, mas Jeff estava nos fazendo um grande favor - particularmente como um metamorfo, caminhando dentro da guarida de seus inimigos - assim que me aguentei.
— Olá Merit. Sorri. — Já era hora de chegar. Alguma novidade sobre o e-mail?
— Sim — disse, lançando uma olhada preocupada dentro da Casa. — Mas não aqui. Muitos ouvidos.
Sua resposta não trazia nada de bom, mas peguei a pista.
— Aprecio que tenha vindo até aqui. E passar sua noite averiguando de onde provinha o e-mail.
— É por isso que me chamam de o campeão. Soltei uma risada e me movi para o lado para deixá-lo entrar na Casa. — Desde quando te chamam de o campeão?
Deteve-se no hall de entrada enquanto fechava a porta atrás de nós, e me deu um sorriso. — Se lembra de como você e eu estamos namorando?
— Certo — disse solenemente. —Como vai indo, por certo? — Apontei o caminho para o escritório de Ethan e caminhou ao meu lado, estudando a Casa e os vampiros espalhados.
— Bom, eles me chamam o campeão. Quero dizer, meu trabalho é um sofrimento, de todas as formas.
— O que é isso agora?
Chegamos à porta fechada do escritório, e Jeff passou a mão através do seu cabelo. Nervos, imaginei, mas ele me olhava e sorria.
— Bem, você tende a ser uma... distração. Você sabe, com as mãos. E sempre me chamando, mandando mensagens — levantou o olhar para mim, e enquanto sorria, medo endurecia seus olhos, marcava o ar com um sabor adstringente.
— Quando entrarmos sou sua Sentinela, também.
Esta vez sorriu, pensei que um pouco da tensão havia desaparecido de seus ombros.
— E sabe o que? — perguntei, agarrando a maçaneta da porta.
Passou a mão por seu cabelo outra vez. — O que?
— Você é meu metamorfo favorito. Jeff rodou os olhos.
— Não é que negue meu atrativo varonil, mas sou o único metamorfo que conhece.
— De fato Jeff, esse é nosso problema — abri a porta, e entramos.mos.
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Mordidas de sexta a noite 2
VampiroSinopse: Dez meses após vampiros revelarem sua existência aos mortais de Chicago, estão desfrutando de um status de celebridade normalmente reservados para a elite de Hollywood. Mas se as pessoas aprendem sobre as festas Raves, alimentação em massa...