Capítulo 17

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(Alex POV)

Eu acordo me sentindo uma merda, pra dizer o mínimo. Minha garganta dói como se laminas de barbear tivessem a cortada toda, deixando uma áspera e dolorida sensação. Minha cabeça está latejante e parece que tem abelhas zunindo ao redor dentro dela. Basicamente, eu acho que estou quase pra morrer e isso não é nem um exagero. Eu deixo meus olhos fechados, temeroso de que se abri-los a luz solar vai atingi-los.

Eu gemo e me movimento na cama, tentando ficar confortável. Bem, eu acho que hoje vai ser um dia de preguiça. Eu vou só dormir aqui o dia todo e ficar envolta do meu pequeno quarto de hotel. Cansei de ficar bebendo e festejando pro resto da minha vida. Não vale a pena essa dor do caralho.

Agora que penso sobre dor... Meu buraco dói. Que. Diabus. É. Isso?

Eu fracamente abro meus olhos, acostumando com a luz fluindo pela janela do hotel. Eu imediatamente vejo o rosto de um menino dormindo e ele está virado para mim. Suas pálpebras estão fechadas e fracos ressonos estão saindo de seus lábios entreabertos. A pele dele é bronzeada e o cabelo dele preto como o céu de noite. Seus cílios são extremamente longos. Honestamente, ele está lindo... Mas isso não vem ao ponto.

O ponto é que estou na cama com outro cara sem ser o Louis, o que definitivamente não é okay.

Ai meu deus. O que eu fiz ontem à noite? Eu sinceramente não lembro uma coisa depois do Louis sair do clube. Eu engulo nervosamente e espreito debaixo dos lençóis, esperando que ainda esteja usando alguma roupa.

Não... Merda.

Eu suspiro e levanto da cama com cuidado pra não acordar o garoto misterioso dormindo. Eu coloco minha cueca localizada próxima à cama e depois tropeço debilmente pra dentro do banheiro.

Eu me inclino sobre a pia, depois espirro meu rosto com água fria, de alguma forma esperando que vá refrescar minha memoria. Talvez eu vá acordar e tudo isso vai ser um sonho? Eu fico continuamente juntando água em minhas mãos na pia e me curvo ligeiramente pra diminuir o barulho no balcão. Por que não consigo me lembra de uma única coisa? Eu devo ter ficado bem embriagado.

Eu só espero que nada disso afete minha relação com Louis. Eu sei que não somos oficiais, mas estamos meio que nessa fase estranha de mais do que amigos. A última coisa que quero fazer é deixar ele chateado.

O que ele não sabe não vai machuca-lo, certo?

"Mas que diabus?!" Eu escuto o garoto gritar. Bem, eu acho que ele está acordado agora.

Eu preguiçosamente saio do banheiro em resposta a voz dele gritando. Ele está sentado na cama com uma expressão confusa estampada em seu rosto. Os lençóis estão escondendo sua parte de baixo e sua costa está encostada na cabeceira. Eu fico alguns passos longe dele da cama com meus braços cruzados sobre meu peito.

Os olhos dele se arregalam pra mim, "Quem é você?!" ele pergunta, uma mistura de confusão e medo preenchendo sua voz.

Eu franzo as sobrancelhas, "Eu poderia te perguntar a mesma coisa, seu idiota." Eu vocifero. "Esse é meu quarto de hotel afinal."

Ele corre a mão dele pelo cabelo, "O q-que aconteceu ontem a noite?" ele grasna.

Eu dou de ombros, "Eu gostaria de saber."

Ele esfrega a nuca, tentando compreender a seriedade da situação. Ele evita contanto com os olhos comigo o que é uma pena considerando que os olhos dele são deslumbrantes.

"Hm... A gente... Você sabe-" ele começa timidamente.

"Fodeu?" Eu interrompo. A expressão dele muda pra desespero. Parece que ele nunca fez esse tipo de coisa com um cara antes.

Detention [Larry Stylinson] (Portuguese Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora