Capítulo 22

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(Louis POV)

"Já estamos chegando?" eu gemo, inclinando minha cabeça na janela fria do carro. Passou provavelmente apenas vinte minutos, mas eu estou ficando bem impaciente. O carro do Harry cheira bem, como lavanderia. Eu assumo mais que deve ser limpo todos os dias pelas empregadas. Ele é tão sortudo.

"Sim Louis, nós estamos quase lá. E como eu disse antes, não fale muito. Sua voz soa terrível." Harry me fala, colocando o sinalizador. Eu reviro meus olhos.

Eu posso começar a ver o consultório médico à medida que chegamos perto. Eu honestamente odeio médicos. Eles me assustam.

Eu olho pra Harry. Ele está absolutamente deslumbrante, como sempre. Os cachos dele emolduram seu rosto perfeitamente, e seus orbes verdes olham a estrada em nossa frente. Eu sou tão sortudo de ter ele. Provavelmente parece que Harry é só uma recuperação de Alex, depois de ele basicamente destruir meu coração, mas ele não é. Harry é muito mais que isso. Foi ele o tempo todo, não Alex. Nunca foi o Alex.

Eu espero que o Alex mude no futuro, ele tem o potencial pra ser uma pessoa melhor. Há uma razão pela qual me apaixonei por ele de volta da Irlanda. Ele era um cara legal, gentil e romântico. Ele mudou desde então, mas esperançosamente, só talvez, ele vá eventualmente voltar a ser o garoto que costumava conhecer. Então talvez possamos ser amigos de novo.

"Você tem certeza que não deve ligar pros seus pais e contar pra eles sobre tudo isso?" Harry pergunta, quebrando a pequena fração de silencio.

Eu balanço minha cabeça, "Não, tá tudo bem. Eles provavelmente ainda nem perceberam que eu saí." Eu admito, "Com meu pai no hospital e ele tendo que possivelmente ir pra reabilitação por seu vicio de álcool minha família tem mais coisas pra fazer do que se preocupar comigo." Eu digo verdadeiramente.

Harry franze a sobrancelha e se vira pra mim por um segundo, "Reabilitação?" ele pergunta.

Eu assinto, "Mhm. Além do mais, eles não se importam comigo. Eles nunca se importaram e nunca vão." Eu conto a ele.

"Eu tenho certeza que isso não é verdade. Eles estão provavelmente só distraídos." Harry aponta.

"Talvez." Eu murmuro quietamente, mesmo sabendo que não é verdade. Eu olho pra fora da janela e fico perdido em meus pensamentos. As arvores se transformam numa listra verde enquanto passamos por elas.

"Certo, estamos aqui." Harry anuncia, estacionando o carro e desligando. Eu olho pra cima pra ver o consultório médico. Eu engulo o caroço na minha garganta.

"Você disse que eu podia escolher qualquer sabor de sorvete depois disso, certo?" Eu pergunto, virando pra enfrenta-lo.

Ele sorri amplamente, mostrando as covinhas dele, "Yeah. Venha, vamos lá."

Nós dois saímos do carro e ele anda até mim, intervindo nossos dedos. A mão dele é tão quente e reconfortante, e bem grande comparada a minha pequena e feminina. Eu sorrio largo enquanto andamos pelo estacionamento.

Nós chegamos ao consultório médico e ele abre a porta pra mim, me deixando entrar. Eu entro, aliviado por sentir o calor do ar. A sala de espera está cheia com doentes tossindo seco juntamente com algumas crianças chorando.

Tem muitas cadeiras e sofás, com alguns tanques de peixes pra manter as crianças ocupadas. Peixes coloridos nadam ao redor do tanque e o filtro faz um zumbido que é escutado pelo lugar. Tem um homem no canto, tossindo incontrolavelmente em seu lenço.

Nojento. É por isso que odeio ir a consultórios médicos.

"Hey," Harry diz, cutucando minha lateral suavemente com o cotovelo, "Eu vou falar com a recepcionista e fazer o seu check-in. Você pode ir indo e sentando por ali." Ele me diz, gesticulando pras varias cadeiras.

Detention [Larry Stylinson] (Portuguese Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora