6. No meio da multidão

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Oi, então o watt bugou por isso o cap. 7 foi antes desse aqui </3 mas enfim, o cap ta grandinho e espero que gostem.

Matsso Nyage

Procuro por muros, paredes ou qualquer outra coisa que tenha os três triângulos indicando onde os Chims se reúnem, sei lá, qualquer pista, qualquer dica.
As horas vão passando e eu não acho nada, absolutamente nada que me dê pelo menos um sinal de Lila. Estou cansado e minhas pernas quase imploram pra que eu pare de andar, sento num banco velho de madeira e sinto minhas costas grudando na blusa, preciso de um banho. Olho para o meu ombro sem pele, e está nojento, preciso limpar. Mattie limparia pra mim se eu estivesse perto dela, ai Mattie. Saio dos meus devaneios quando sinto a brisa fria da noite batendo em minha pele. Bom, é hora de procurar um lugar para dormir -e quem sabe tomar um banho- não será fácil sem o símbolo, mas tenho uma desculpa até que convincente.
Me levanto, respiro fundo, e olho para a longa rua e me pergunto qual casa tem um portão mais "acolhedor", sei que é besteira, mas a primeira casa que escolho é a que eu acho a mais simples da rua, casa simples = a família humilde = a pessoas legais que deixam estranhos entrarem em suas residências para passarem a noite, é simples. Ando até lá e bato na porta, não demora muito e um homem alto com os cabelos rasos, abre a barulhenta porta.
- Boa noite. -ele diz com uma voz cansada.
-Boa noite senhor. Eu queria pedir pra passar a noite... -ele não deixa eu terminar de falar e me corta, como se não tivesse paciência para mendigos. Sim, eu sei que não sou um, mas é o que está parecendo.
-Entre, entre.
- É... obrigado!
Caraca, até que foi fácil. O sigo e ele para na sala e fica olhando os quadros, fico parado também observando junto com ele fingindo interesse naquele monte de merda na tela.
-Mulher! -ele grita e eu tomo um susto. Caramba!
-Já estou descendo, querido! -ouço uma voz doce de uma nulher.
-Ela já vai te dizer onde deixar suas coisas. -ele dirigi o olhar pra mim e penso em como que ele pode confiar tanto em uma pessoa "da rua".
-Obrigado, obrigado mesmo.
Vejo pela escada uma mulher de tirar o fôlego, suas pernas brancas descem a escada e vejo seus lindos seios pelo decote do vestido. Uau.
O marido dela a beija rapidamente na escada e olha pra mim - acho que ele sabe a sorte que tem por ter uma mulher dessas -depois sobe, gostei do cara.
-Oh, prazer Peny. -diz a mulher, seu sorriso é lindo também. Uau.
-O prazer é todo meu, Matsso. -lhe dou um aceno de cabeça.
-Você pode ficar no quarto da minha filha, ela não está aí hoje, pra sua sorte, senão iria ter que dormir no tapete da cozinha. -ela solta uma risadinha e depois olha nos meus olhos. Uau. -Venha, vou te mostrar onde é. -Uau.

Lila Rose

É hoje que eu vou falar em público. Minhas mãos tremem e o coração está batendo mais rápido. Calma Rose, você sempre faz isso, você é uma mandante.
Estou usando usando um vestido longo azul marinho com detalhes de diamante; Jason me deu uma jóia linda para usar no pescoço. No cabelo faço um coque alto e deixo meu dread caído nas costas. Estou pronta. Jason também está, e está divino. Que homem.
-Vamos? -ele interrompe meus pensamentos.
-Vamos.
Ele pega a minha mão e vamos até a garagem, um tipo de carruagem está a nossa espera, Jason me ajuda a subir nela e depois sobe e se senta do meu lado.
-Está linda. -diz Jason em meu ouvido.
-Obrigada querido, você também.
-Obrigado. -ele segura a minha mão e os cavalos começam a andar lentamente. Povo de Chimion, quer dizer, o meu  povo está me esperando. Respiro fundo.
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Meu estômago se retorce ao ver o tanto de gente que vai me ouvir, são muitas pessoas, caramba. Minhas mãos soam. Pelo menos Jason começa falando, melhor assim, aí eu tenho um tempo pra me preparar. Calma!

Matsso Nyage

Acordo e tomo um susto. Só depois lembro que estou na casa de Peny em Chimion, e não em Laicon.
No pequeno quarto tem um banheiro, entro e tiro a minha roupa, tomo um banho gelado e caramba, eu precisava mesmo disso. Lavo o cabelo, o rosto e higienizo o meu ombro. Pego na mochila uma blusa qualquer e me seco com ela, depois ponho uma roupa limpa. Saio do banheiro e na cama está Peny, com um pijama curto de renda, uau.
-Bom dia Matsso. -ela me olha dos pés a cabeça.
-Bom dia senhorita. Espero que não se importe -olho pro banheiro- eu precisava de um banho.
-Claro que não me importo. -ela se levanta e vem chegando perto de mim.
-Ah, que bom. -digo meio sem graça.
-Na verdade, é até bom você ter se arrumado, hoje temos uma grande "reunião" com a mandante e com o superior, todos tem que estar lá.
-Ah sim, eu não sabia. -ela chega mais perto até que posso sentir sua respiração- Mas eu estou procurando uma pessoa, não posso perder tempo.
-A pessoa que você procura pode estar lá. Você vai sim, estou te esperando lá embaixo.
-Está bem.
Ela sai devagar do quarto e Uau.
Agora vou ter que perder tempo porque a mandante e o superior querem ter uma conversinha com o seu povo, que merda, nem sou cidadão daqui e vou ter que ouvir toda uma ladainha que, no caso, deve ser falando mal da minha região. Reviro os olhos.
Desço a escada e vejo na sala Peny, seu marido e sua filha.
-Vamos, já estamos atrasados! -me apressa Peny.
Todos nós saímos e depois de andarmos uns dez minutos já estamos misturados em meio a multidão. Um monte de gente marcada, muitos triângulos sozinhos, quero três triângulos, três! Quando me dou conta, estou sozinho. Não vejo Peny e sua família em lugar nenhum, nem me despedi.
Na frente de todos nós há um palco enorme e todos estão conversando enquanto aguardam que algo aconteça. Todos menos eu, não ligo para o que vão dizer, estou aqui procurando qualquer Chim.
-Queridos cidadões de Chimion, eu, Jason, o superior, venho lhes informar sobre a vossa nova mandante!

Lila Rose

-Queridos cidadões de Chimion, eu, Jason, o superior, venho lhes informar sobre a vossa nova mandante! -Ouço Jason falar pro povo enquanto eu estou ainda na carruagem esperando a minha vez. Ele me avisou que ía me chamar de "nova" mandante porque como aconteceu tudo aquilo com a minha memória, agora eu sou uma nova pessoa, como se eu ainda estivesse me adaptando ao cargo.
-Venha falar com o seu povo Rose! -escuto  e é a minha hora. Com ajuda de um dos guardas, saio da carruagem e vou até o palco. Estou nervosa, mas eu tenho que fazer isso. Vamos lá.

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