Apenas Inconsciente

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  Ele vem em minha direção, completamente sem blusa, deixando seus músculos maravilhosos a amostra, com os cabelos molhados e desgrenhados ele se aproxima como um felino, perigoso, hábil e que sabe o que faz. E quando seus braços rígidos e fortes como concreto me pegam pela cintura e me erguem me puxando para mais perto, eu perco o fôlego. Sua boca profissional descendo pelo meu pescoço, deixando marcas fortes em meu corpo. Seu corpo forte junto ao meu, me apertando com volúpia e desejo quase assustador, parando apenas para se posicionar entre minhas pernas. E quando seus dedos começam a caminhar por entre minhas coxas e sinto que algo dentro de mim irá explodir eu acordo de um sobressalto, sentindo o coração na garganta e as costas pingar em meio a almofadas de penas de ganso em minha king Size.

  Mas que merda está acontecendo com você, Cris?

  Pego o telefone na cabeceira e disco o numero de Darcy, que demora quase uma eternidade para atender.

  - Alô? – sua voz é uma mistura de rouquidão e grunhido.

  - Darcy? – a chamo, certificando que liguei para o número certo. Liguei.

  - Cris? – ela chia do outro lado, como se estivesse ainda sonhando ou tentando com dificuldade se sintonizar com o mundo real – Mas que merda garota, porque você tá me ligando a essa hora da noite? – fala para mim - Espero que seja pra dizer que acabou de ter múltiplos orgasmos intraestelares com o escroto do seu chefe multitarefas e que minha teoria que o gostosão manda vê no serviço, estava certa.

  Não consigo segurar uma risada da mente pervertida da minha amiga.

  Olho para o relógio do celular, quatro e meia estava marcando.

  - Desculpe. – me redimo pelo horário. – Preciso te fazer uma pergunta, Darcy.

  Escuto o que me parece uma bufada e depois um "diga" zangado.

  - Não tenho outra opção tenho? Você já me fez o favor de me tirar do meu sono de beleza.

  Já pedi desculpas.

  - Você já se sonhou... bem... fazendo...transando com alguém?

  Um minuto de silencio, consigo ouvir minha própria respiração acelerada e a de Darcy do outro lado da linha e de rependente gargalhadas, varias delas. Minha pergunta havia sido tão idiota assim?

  - Garota, você acha mesmo que eu perco tempo sonhando? – ela diz séria - Eu vou lá e faço. Comigo não tem essa. Mas como diria o camarada Platão: que quando você sonha, alguma coisa tem aí. Eu não sei muito disso não...

  Freud. Freud, dizia isso.

   Na verdade na situação em que me encontrava eu mesma não esperava achar nada, principalmente sobre aquele tipo de assunto.

  - Ah. – é a única coisa que consigo dizer para minha amiga do outro lado da linha. – Obrigada Darcy e obrigada por está cuidando do meu gato. Uma boa noite e um bom dia. E, obrigada mais uma vez.

  - Masss porque você e os orgas...

  Então eu desligo antes mesmo dela terminar a frase e volto a me enrolar nos lençóis, até a cabeça. Só volto há dormir duas horas depois, ainda com a aula de desejos reprimidos de Darcy pairando sobre mim.

 *  *  *

   Escuto alguém bater em minha porta e depois de novo e pela terceira vez insistentemente. Droga, ignorar não estava servindo. Olho para o relógio ao meu lado, ainda faltavam duas horas para o horário estipulado, eu não estava atrasada. Então por Deus, quem estava atrapalhando meu sono de grandeza? Levanto ainda meio sonolenta e vou em direção ao olho mágico, quase sinto as pernas falharem ao ver a cara ampliada do meu chefe do outro lado da porta. O que ele estava fazendo ali àquela hora? Será que ele havia deixado para me despedir naquele momento de forma sádica e cruel?

  Imediatamente as imagens do sonho inundam minha cabeça.

  Acalme-se Christine! Foi apenas um sonho. E se ele quisesse mesmo te despedir ele já teria feito isso há muito tempo.

  Abro uma pequena frecha na porta o bastante para colocar metade do meu rosto para fora, porque estou apenas de sutiã e calcinha.

   - Oi. – o vejo dizer sem graça para mim.

   MEU CHEFE pareia realmente sem graça. Como um garoto que foi pego comendo biscoito sem a permissão da mãe ou foi colocado de castigo por não ter feito a tarefa de casa e recebeu uma advertência. Uma das mãos atrás do pescoço e a outra no bolso, vestindo uma blusa gola polo azul, ele ainda sim parecia elegante.

   - Oi. – digo, mantendo a mão na porta.

   Então ele começa.

   - É que eu estava passando por aqui e pensei em... Talvez, a senhorita iria querer... Quer dizer... – ele abaixa a cabeça e sorri, colocando as mãos na cintura e depois volta o olhar para mim, respira fundo e volta a ficar sério. – Desculpe, eu não deveria ter vindo aqui a vejo as nove, como combinado, até mais senhorita Christine.

   Então ele se vira e começa a andar para longe da porta.

   - Christine. – digo, antes que ele entre no elevador.

   Ele se vira na mesma hora.

   - O que?

   - Só me chame de Christine. – repito. – Sem o "senhorita".

   Ele sorri e acena positivamente, se passa um minuto, então a porta do elevador se abre.

   Fecho a porta antes de vê-lo olhar novamente em minha direção.



HAHA, e mais um capítulo para meus Chris/Vincent leitores!!!

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HAHA, e mais um capítulo para meus Chris/Vincent leitores!!!

Estava devendo depois de tantos dias sem postar, espero que estejam gostando!

Ainda virá muito mais...Preparem-se. *....*

Contrato Perigoso - || Livro 1 - Completo ✔ ( Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora