Contrato Perigoso - || Livro 1 - Completo ✔ ( Revisando)

Pecaminosamente perfeito.

   Há um homem alto recostado em uma BMW último modelo segurando um cartaz com meu nome nele – de forma bastante grande para uma pessoa que não gosta de ser notada, como eu - me aproximo do carro.

   - Senhorita Clarck, muito prazer em conhecê-la, sou Hugo. – o homem a minha frente diz, estendendo a mão para mim educadamente. Ele é alto e sua expressão é seria. Onde estava o meu chefe escroto? – Senhor O'Connor pediu para leva-la para o hotel onde ficará hospedada, já que ele tinha outras coisas para resolver. – É claro! Seria esperar demais um pouco de educação do meu queridíssimo chefe. Balanço a cabeça positivamente para o homem a minha frente, enquanto o vejo abrir a porta do carro para mim. Ele definitivamente é de dar medo. - Por favor, queira me acompanhar.

  Não me oponho ao pedido. Em poucos minutos estou de frente a um hotel luxuoso no que me parece ser a parte mais rica de Atlanta. Graças a Deus que eu não havia colocado meu suéter e nem minha calça quadriculada na mala!

  Sigo atrás de Hugo a caminho da recepção. Olho tudo em volta. Uau! É tudo tão...Magnífico, gigantesco e glamoroso. Darcy, você vai pirar quando eu contar...

   - A senhorita disse alguma coisa? – Hugo pergunta enquanto termina de pegar minhas três malas acomodando-as em um braço só. Monstro.

  - Não. – respondo sem jeito.

   Não demoramos na recepção. Pegamos o elevador e paramos no décimo terceiro andar.

  - Aqui. – diz ele, apontando para a última porta do corredor que se estende a minha frente – Aquele é seu quarto, qualquer coisa que precisar é só me chamar, estarei a sua disposição.

  - Obrigada. – agradeço antes de dar de ombros e andar em direção a porta.

   É enorme. Enorme não, ENORME! Aquilo era mesmo um quarto? Ou outra casa, embutida no hotel? Há uma cama King Size ajustável revestida de colcha de algodão bem a minha frente, com almofadas de pele de ganso ao redor. As cortinas são de cetim e há um criado mudo que mais parece uma mesa, suspendendo um espelho enorme a minha direita. Puta merda! Puta merda! Aquilo era um closet repleto de roupas e sapatos a minha frente? Coloco minhas coisas em cima da cama, há um bilhete nela e uma caixa vermelha com laço branco, tem a assinatura do meu chefe. Abro primeiro o envelope, sentindo não sei por que a respiração falhar. Leio calmamente.

  " Aqui está um presente, quero que o use hoje á noite. Às sete horas em ponto passarei para busca-la, me encontre fora do hotel, estarei a esperando para um jantar com o nosso cliente."

                                                                                                                                          Ass. Vincent Mitchell.

   Um presente para mim? Algo dentro de mim treme com aquilo. Christine relaxe, é apenas um presente, nada mais. Pego nas mãos o pacote vermelho, não é muito pesado, desato o nó e tiro o conteúdo de dentro. Toco do tecido macio e no corte. Estou sem palavras. Um vestido. Um vestido longo, caro e maravilhosamente lindo que ele estava me dando para usar... Mais onde ele queria chegar com tudo aquilo? O que ele estava pensando?

   Volto a coloca-lo dentro da caixa, não poderia estragar aquilo, não teria dinheiro para pagar outro. Pego o celular em busca do numero do meu chefe e disco para ligar, cai na caixa postal. Droga! Jogo-me na cama King Size, sentindo a suavidade do produto. Aquilo era loucura! Uma completa loucura! Você nunca deveria ter aceitado isso Christine, nunca deveria ter feito aquele acordo estúpido, nunca deveria ter deixado sua casa e nem Oliver sozinhos. O que você estava pensando... Escuto alguém bater a porta.

   - Oi. – digo para a moça a minha frente.

    Ela sorri para mim, de forma curiosa.

   - Christine Clarck? – pergunta, me olhando de cima a baixo.

   - Sim. – respondo, levantando meus óculos que escorregam em meu nariz.

    Ela sorri para mim de forma amigável.

    - Prazer sou Ruby, sou sua personal stylist.

     COMO É QUE É?

***

   Cutucada. Depilada. Hidratada e limpada em todos os cantos, sem piedade – e quando digo todos, são todos mesmo, sem exceção – mais de uma vez penso em sair correndo, tudo para que no final do dia eu esteja impecável. Ruby me ajuda com os últimos detalhes e quando tudo termina ela sorri largamente para mim, olhando o reflexo no espelho.

    - Você está impecável. – a escuto dizer emocionada. Seus olhos estão me apreciando como um pintor deve olhar para uma obra de arte transformada do pó.

     Não a recrimino. Não reconheço a mulher no espelho. Há outra Christine olhando para mim. Ela veste um vestido longo vermelho de cetim colado com babados atrás, com um V em formato de fitas em trança que desce pelos suas omoplatas e se afunila na sua cintura, deixando partes de suas costas a amostra. Em seu pescoço a um cordão de perolas delicado. Seus cabelos estão hidratados e brilhosos, e caem lisos pelas suas costas nuas. Há uma maquiagem leve em seu rosto e um rosado em suas bochechas e em seus lábios há um batom claro. Também a forçaram a trocar os óculos por uma lente transparente que permite ver seus olhos castanhos claros, herdados da mãe. Ela sorri para mim. Merda! Aquela mulher era eu!

    Olho para o relógio, sete horas. Está na hora, Christine!

   Olho mais uma vez para mim mesma no espelho e me despeço.

    Não preciso me esforçar para reconhecê-lo entre as outras pessoas. Ele está se destacando sem nenhum problema. Parado, bem em frente ao hotel, vestindo aquele smoking preto com uma gravata borboleta que o deixa sexy, com seus braços levemente cruzado, recostado no carro, mostrando-se indiferente as pessoas que passam ao seu redor com seus olhos fixos em uma expressão concentrada na entrada que eu acabo de sair, que ao me verem me fitam de uma forma que me deixa sem ar, percebo que há algo de muito errado em tudo aquilo, algo saiu muito errado em tudo aquilo. Percebo isso quando a primeira coisa que perpassa minha cabeça não é como meu chefe diabolicamente feito para me torturar está pecaminosamente perfeito naquela roupa colada ao seu corpo ou como minhas pernas estão me denunciando de tão trêmulas por debaixo daquele vestido, mais sim quando penso: naquela boca de sorriso arrogante, em especifico, rindo para mim de um jeito fascinante.... ou naqueles olhos verdes colados no meu corpo, daquele jeitinho, todo o tempo que permanecerímos juntos naquela noite e como difícil seria não olha-los de volta, só aí percebo que há algo muito, muito errado em tudo aquilo e que talvez as coisas estivessem mais fora do meu controle do que eu imaginava.

O vestido da nossa querida Christine Clarck!!!! Só que na versão vermelho :D 

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Demorei um pouco com esse capítulo por está atarefada esses dias... Me perdoem :(  Vou tentar dá próxima vez postar dois novos de uma só vez!! Prometo não sumir com O'Connor e nem Christine por um longo tempo novamente, então preparem-se para mais dessa história!