" Um dia da caça, o outro do caçador. "
- ditado popular.
Passo a maior parte do dia com Nancy e acabo por descobrir que o laço que existe entre a senhora de olhos azuis sutis e amigáveis e meu chefe é maiores do que ambos aparentemente demonstram. A mulher a minha frente tenta não demonstrar sua emoção ao falar de como ela cuidou do pequeno Vincent – como ela o chama com sua voz calma e serena de sotaque francês - após a morte dos pais do meu chefe. O tio era bastante ocupado com os negócios de família e com sua própria vida e mal parava em casa. Vincent passava a maior parte do tempo tendo aulas particulares ou com ela, quando não permanecia trancado em seu quarto. Sempre um menino muito meigo e de gênio bastante forte com todos, porém bastante reservado e de poucas palavras, principalmente com seu tio.
Ao completar dezoito anos já trabalhava com o tio nas finanças e quando recebeu a herança deixada pelos pais já estava plenamente bem de vida, depois foi embora e se tornou o que é hoje. Ela havia estado em todos os momentos de sua vida. Fora sua mãe, sua amiga, sua conselheira e sua ama. O viu se transformar em um homem e nesse ínterim sendo uma mulher sozinha e sem família cuidara dele como filho, lhe dera todo o carinho que a vida havia tratado de lhe roubar de forma tão triste e cruel e acabou que em seu intimo o transformou no filho que nunca tivera. Ambos transformaram-se em família um do outro.
- Ele é um bom homem, Christine. – suas bochechas ainda pouco rosadas ao sorrir de forma triste ao falar isso, aquela mulher sem duvida havia sido esplêndida quando mais nova. – Mais você deve saber disso, claro.
Sinto a garganta seca com aquele questionamento.
Eu queria saber?
Há algumas semanas eu poderia muito bem sonhar colocando veneno em suas bebidas caras ou o atropelando com um carro, sem culpa alguma. Agora...
Percebo que o homem cujo qual aquela mulher estava se referindo é completamente desconhecido para mim.
Quem é na verdade Vincent Michel, Deus?
Estávamos falando da mesma pessoa?
Do homem das mãos mágicas que havia me descoberto e tocado como nenhum outro havia feito? Para quem trabalho há quase três anos e que fez questão de fazer da minha vida um completo inferno para sua satisfação? Aquilo não parece nada com o garoto generoso e doce que Nancy tanto admirava. O que poderia ter acontecido para deixa-lo assim?
Eu poderia perguntar, mais prefiro morder meu lábio internamente para me conter.
Você não quer se envolver mais, Christine. Mais do que você já está envolvida...
Há alguns dias atrás eu não teria a mínima dificuldade em me manter sã próxima a ele, e agora isto já estava parecendo impossível. Quebrei regras que eu mesma impus, e fiz isso conscientemente. Meses atrás eu nunca poderia me imaginar implorando ser tocada por suas mãos – e poderia muito bem repugnar a ideia com uma careta - e agora me vejo necessitadas delas. Semanas atrás eu nunca cogitaria me apaixonar por meu chefe, e agora me questiono sobre isso porque minha barriga se revira só de lembra-lo próximo a mim como hoje mais cedo.
Céus, eu estava perdida...
Aquele homem estava virando uma incógnita para mim e isso parece me deixar mais excitada em conhecê-lo mais a fundo, por mais que minha razão implore para correr para bem longe dele o máximo possível e de suas caricias diabolicamente perfeitas e sensuais. Principalmente dessa última...
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Contrato Perigoso - || Livro 1 - Completo ✔ ( Revisando)
Roman d'amour* CONTÉUDO ADULTO, para maiores +[18]. O Acordo era simples: Sem sexo. Sem amor. Sem perguntas. Meu nome é Christine Clarck e trabalho como assistente há três anos para o Diabo... O nome dele? Vincent Mitchell usa smoking, po...