Capítulo 8

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Esse capitulo vai ser mais curto só pra encerrar a cena do capitulo passado.

Narração mulher:

-- Leon? -- Ouço a enfermeira falar -- Preciso que você me acompanhe pra fazer uns exames se não você não sai daqui hoje.

-- Já vou indo -- Ele diz.

-- Você está se sentindo bem? -- Falo

-- Estou sim, ainda bem -- Ele diz -- Minha mãe me disse que você veio a semana toda aqui.

-- É, foi -- Falo -- Desde que eu descobri que você tinha vindo pra cá.

-- Obrigado por se importar comigo -- Ele diz -- Nunca esperava receber cartas de alguém e que esse alguém se tornaria tão especial. Eu sou tão sem graça e sem nada de especial.

-- Não fala assim -- Falo voltando a me reaproximar -- Você é muito especial, é guerreiro.

-- Mas isso tudo é por causa de você -- Ele diz -- Eu estava tão desanimado e sem vontade pra nada, mas ai você começou a me mandar cartas e foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido.

-- Não, você já era guerreiro -- Falo -- Eu só dei um empurrãozinho pra que você desperta-se isso.

-- Me diz -- Ele fala -- O que você viu de tão especial em mim? Porque eu? 

Fico o encarando por alguns segundos e só então falo:

-- Eu... eu não sei...

Involuntariamente nossos lábios se tocam e começamos a nos beijar novamente.

-- Será que vai ser difícil fazer esse exame pra hoje? -- Ouço a enfermeira falar

-- Preciso ir -- Leon fala se afastando do beijo e passando a mão pelo meu rosto.

...

Fiquei no hospital esperando o Leon receber alta, não demorou muito. O tempo todo eu ficava pensando no nosso encontro e no quanto, apesar do pouco tempo que o conhecia, ele mexeu com os meus sentimentos.

Narração homem:

-- É... eu preciso ir pra casa descansar -- Falo a olhando nos olhos 

-- É, eu entendo -- Nilce diz -- Você precisa descansar pra ficar bom logo.

Fico a encarando sem saber o que falar, até ela quebrar o silencio.

-- Você acha que vão te chamar para voltar na guerra? -- Ela diz

-- Não sei -- Falo apreensivo, não havia lembrado daquela possibilidade.

-- Eu não quero que você volte pra lá -- Ela diz se aproximando

-- Eu também não -- Falo -- Mas se me chamarem terei que ir.

-- Eu espero que isso não aconteça -- Ela diz me abraçando bem forte.

-- Amanhã... É, será que amanhã a gente pode se encontrar na praça da cidade? - Falo

-- Sim, pode ser -- Ela diz -- Eu queria mesmo conversar mais com você.

-- É... então tá bom -- Falo a encarando sem saber o que fazer.

-- Tchau -- Ela diz me dando um selinho

-- Tchau -- Falo indo na direção da minha mãe.

A carta e o soldadoWhere stories live. Discover now