Esse capitulo vai ser mais curto só pra encerrar a cena do capitulo passado.
Narração mulher:
-- Leon? -- Ouço a enfermeira falar -- Preciso que você me acompanhe pra fazer uns exames se não você não sai daqui hoje.
-- Já vou indo -- Ele diz.
-- Você está se sentindo bem? -- Falo
-- Estou sim, ainda bem -- Ele diz -- Minha mãe me disse que você veio a semana toda aqui.
-- É, foi -- Falo -- Desde que eu descobri que você tinha vindo pra cá.
-- Obrigado por se importar comigo -- Ele diz -- Nunca esperava receber cartas de alguém e que esse alguém se tornaria tão especial. Eu sou tão sem graça e sem nada de especial.
-- Não fala assim -- Falo voltando a me reaproximar -- Você é muito especial, é guerreiro.
-- Mas isso tudo é por causa de você -- Ele diz -- Eu estava tão desanimado e sem vontade pra nada, mas ai você começou a me mandar cartas e foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido.
-- Não, você já era guerreiro -- Falo -- Eu só dei um empurrãozinho pra que você desperta-se isso.
-- Me diz -- Ele fala -- O que você viu de tão especial em mim? Porque eu?
Fico o encarando por alguns segundos e só então falo:
-- Eu... eu não sei...
Involuntariamente nossos lábios se tocam e começamos a nos beijar novamente.
-- Será que vai ser difícil fazer esse exame pra hoje? -- Ouço a enfermeira falar
-- Preciso ir -- Leon fala se afastando do beijo e passando a mão pelo meu rosto.
...
Fiquei no hospital esperando o Leon receber alta, não demorou muito. O tempo todo eu ficava pensando no nosso encontro e no quanto, apesar do pouco tempo que o conhecia, ele mexeu com os meus sentimentos.
Narração homem:
-- É... eu preciso ir pra casa descansar -- Falo a olhando nos olhos
-- É, eu entendo -- Nilce diz -- Você precisa descansar pra ficar bom logo.
Fico a encarando sem saber o que falar, até ela quebrar o silencio.
-- Você acha que vão te chamar para voltar na guerra? -- Ela diz
-- Não sei -- Falo apreensivo, não havia lembrado daquela possibilidade.
-- Eu não quero que você volte pra lá -- Ela diz se aproximando
-- Eu também não -- Falo -- Mas se me chamarem terei que ir.
-- Eu espero que isso não aconteça -- Ela diz me abraçando bem forte.
-- Amanhã... É, será que amanhã a gente pode se encontrar na praça da cidade? - Falo
-- Sim, pode ser -- Ela diz -- Eu queria mesmo conversar mais com você.
-- É... então tá bom -- Falo a encarando sem saber o que fazer.
-- Tchau -- Ela diz me dando um selinho
-- Tchau -- Falo indo na direção da minha mãe.
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A carta e o soldado
RomanceUm jovem soldado a serviço da segunda guerra mundial. Uma jovem menina a procura de alguém para amar. Uma guerra, varias cartas. Duas vidas cruzadas. Um grande amor.