Capítulo Quatro

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Quantas máscaras escondem sua verdadeira face?

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Dominic caminhava para fora do museu com o celular na mão, sentindo-se aturdido. Tinha ido até ali para ver se conseguia espairecer, mas estava ainda pior.

Ele gostava de admirar obras de arte, pelo simples fato de que ficar no meio de algo tão valioso o fazia se sentir muito bem. Porém mais cedo, tinha bebido alguns copos de whisky, e já sentia o efeito da bebida sobre seu corpo. Estava se sentindo mal, e consideravelmente bêbado.

Ignorando a dor de cabeça, Dominic volta sua atenção para o homem que falava com ele no celular.

— O que devo a honra da ligação? — pergunta sentindo tudo latejar enquanto fala.

— Só queria saber como foi sua chegada em Nova York, Baltimore. — Reuben Trevisham diz calmo, e aquilo soou como provocação as ouvidos de Dominic.

— Oh, quanta gentileza... — Dom fala sem controlar o sarcasmo. Na realidade já imaginava o porque da ligação. — Não me diga que já está com medo que eu fuja com todo o dinheiro do colar?

Trevisham ri do outro lado da linha.

— Que senso de humor... Pois saiba que, não acredito que faria isso.

Dominic para de caminhar analisando as palavras dele.

— Quanta confiança, Trevisham! Nem parece o mesmo homem de alguns dias atrás. — Dominic diz cínico, e coloca a mão na testa sentindo a dor de cabeça se intensificar.

— São águas passadas, meu amigo. Pensei que não houvesse mais ressentimentos. — fala fazendo Dominic revirar os olhos.

— Sim, sim... Não há ressentimentos. Mas, para seu completo azar, eu não sou de esquecer facilmente. — diz e escuta Trevisham suspirar do outro lado.

— Percebe-se. — fala dando uma risada forçada. — Diga-me então, já tem um plano para conseguir o colar? — Reuben muda seu tom de voz ao perguntar.

Ainda parado na rua, Dominic já estava entediado de sua conversa com Reuben Trevisham. Olhando para os lados num ato de tentar se distrair, Dom observa um gato preto se aproximar dele. Franzindo a testa, ele se afasta do gato que tentava coçar em sua calça.

— Ainda não. Mas, não se preocupe. Não vou falhar dessa vez. — fala encarando o gato que não desgrudava dele.

— Hum. Ótimo. Não precisa se apressar...

— Você poderia ligar outra hora, Trevisham? — Dominic o corta cansado de ouvir a voz do outro.

— Algum problema?

— Não, não... É que como acabei de chegar tenho coisas a resolver. E sem querer soar indelicado, mas falar com você me deixa aborrecido.

— Espere! Você poderia pelo menos me dizer como pensa em pegar o...

Sem esperar Trevisham terminar de falar, Dominic desliga o celular em sua cara.

Homme insupportable... — Dominic sussurra a si mesmo massageando sua testa.

Sua atenção se volta para seus pés, e lá estava ainda o gato despreocupadamente coçando em suas pernas.

— Hey, bichano! Sabe quanto custa essa calça para que você fique se esfregando desse jeito?

O gato para de se esfregar olhando para cima com seus olhinhos verdes brilhantes. Observando mais atentamente, não são os olhos do gato que chamam a atenção de Dominic, e sim o que estava em sua boca.

Le ℳonsieurOnde histórias criam vida. Descubra agora