Capítulo Sete

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"Se choras porque perdeste o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas."
Rabindranath Tagore

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Dominic olhava para a janela aberta de seu quarto com o olhar fixo no céu que àquela hora da madrugada estava completamente estrelado.

O relógio marcava 3:45 da manhã, e ele já havia desistido de tentar dormir. Estava acostumado com aquelas crises repentinas de insônia.

Por mais que a insônia tenha sido uma companheira que estava ao seu lado desde muito jovem, ela havia diminuido com o passar dos anos.

Mas agora ele estava ali, olhando pensativo para fora da janela, vendo as horas se passarem lentas e torturantes.

Estava com uma taça de vinho na mão, que pegou no início com o intuito de adormecer rapidamente, porém agora nem se importava mais em dormir.

De onde estava, continuava a mirar as estrelas. Enquanto rodava bem devagar a taça em sua mão, Dominic passou as olhar agora com certa inveja.

Começou a pensar o quanto seria menos estressante ser um daqueles pontos brilhantes nos céu, que só tinha como trabalho enfeitar as noites.

E elas não precisavam matar ninguém, claro.

Quando percebeu o quanto estava divagando, Dominic deixa sua taça de lado. Já estava alucinando, e tinha bebido apenas meia garrafa do vinho tinto.

Fecha os olhos, tentando não pensar demais. Costumava a achar, que acabaria enlouquecendo pelo tanto que sua mente delirava sozinha.

Tentando manter-se relaxado e sem mais se mexer, Dominic finalmente adormece, quando já eram 5:30 da manhã. Dormia mal, com o corpo grande escorregando da cadeira.

Tinha se passado apenas uma hora desde que tinha pegado no sono, quando é acordado de forma abrupta.

Seu celular começou a tocar, e o som alto reverberava pelo quarto inteiro.

Abre os olhos com dificuldade, sentindo todo seu corpo doer por ter dormido naquela posição desconfortável. A luz do sol invadia o quarto pelas janelas que estavam escancaradas, e ele se viu reprimindo um palavrão.

O toque incessante continuava, enquanto ele mal conseguia se levantar.

Quando finalmente o barulho infernal se encerra, Dom como que automaticamente fecha seus olhos novamente sem vontade de fazer nada. Nem de fechar as cortinas para evitar aquela luminosidade, e nem em ir deitar-se na cama.

Enquanto se ajeitava na cadeira, procurando uma posição melhor para seu corpo, o celular mais uma vez volta a se manifestar, e aos seus ouvidos aquele som soou mais alto que o anterior.

Levantando-se irritado, apenas vestido com uma calça, ele sai à procura do maldito celular.

— Onde está essa merde barulhenta?!

Falava irritado vagando sonolento pelo quarto. Seja quem for que estivesse ligando, já conseguiu deixá-lo furioso.

Encontra o aparelho desprentesiosamente caído no chão perto de sua cama, junto com as chaves do carro.

Oui? — atende bocejando e no primeiro momento só escuta alguns ruídos. — S'il vous plaît, dites-moi ce que vous voulez...

Sem se dar conta de que tinha falado em francês, Dominic aguarda mais um segundos, e sem obter qualquer resposta, solta um palavrão em francês e decide desligar.

— Bonjour, monsieur. — a pessoa do outro lado finalmente se manifesta, e então foi a vez de Dominic permanecer calado.

Estranhou o sotaque tosco da pessoa que falava, definitivamente não era um francês.

Le ℳonsieurOnde histórias criam vida. Descubra agora