— Posso perguntar se você tá bem? – Leroy indaga enquanto permanecia em pé há alguns passos de distâncias de Dom.
— Você acabou de perguntar.
— Bom, queria ter certeza de que você não me mataria depois da pergunta.
Dominic olha para o parceiro com o cenho franzido antes de voltar seu olhar para o anel em sua mão.
— Isso não tem muita lógica, meu caro Hanks.
Soltando o ar aliviado, Leroy finalmente se senta.
— Ufa, achei que você estava de mau humor. – fala sorrindo. — E agora qual o próximo plano para pegar a bendita joia?
Suspirando, Dom fica alguns segundos sem responder.
— Estou pensando. – diz por fim e a brisa gelada entra pela janela fazendo-o fechar os olhos brevemente. — A sorte parece não estar ao meu lado, tenho que pensar muito bem em algo que não de errado.
Leroy encara Dominic com curiosidade e antes que pudesse dizer o que estava pensando, ele volta a dizer:
— Preciso de álcool. Penso melhor quando estou bebendo.
— Isso que não tem a mínima lógica, meu caro Baltimore.
— Usando minhas palavras contra mim? – se levantando ficando de frente para Leroy, Dom coloca as mãos no bolso.
— Você começou. E aliás, eu não tinha reparado antes mas você está com a cara péssima. Voltou a ter insônia?
Dom revira os olhos irritado, sem querer se recordar da noite passada.
— Foco, Hanks. – responde apenas sentindo a garganta seca implorando por algo para beber. — Me ajude a pensar. Não aguento mais ficar nessa maldita cidade.
— Por que não vamos embora então? – Leroy solta de uma vez sentindo um alívio imenso por falar o que estava pensando. — Ficar aqui não está sendo bom para ninguém, você tem que admitir.
Erguendo a cabeça para cima, Dominic tenta controlar sua súbita irritação.
— Oras, que disparate! Eu não passei por tudo isso para abandonar bem no final, quando estamos tão perto de tocar aquela joia.
— Mas será que passar por tudo isso vale nossa paz?
Dominic foi incapaz de responder aquela pergunta. Nem ele sabia mais se aquela empreitada árdua valeria a pena. Mas...
Ora, mas claro que valeria!
Diz a si mesmo pensando irritado. Tinha certeza que se sentiria recompensado depois que tivesse aqueles milhares de dólares em suas mãos. Afinal, não havia nada naquela vida que ele gostasse mais do que dinheiro.
— Vai dar tudo certo, Leroy. Em alguns dias estaremos longe daqui.
Seu esforço definitivamente tinha que valer a pena. E no final, tudo daria certo.
*
— Como andam as coisas por aí?
Em sua enorme sala em Los Angeles, Reuben Trevishan com o celular na mão perguntava enquanto permanecia sentado em sua poltrona.
Do outro lado da linha, Samantha Riviera caminhava de um lado para o outro com uma garrafa de Bourbon nas mãos.
— Parece não desconfiar de nada. – ela diz indo até um espelho encarando séria seu reflexo. — Continua tentando pegar aquele colar.
— Ah, ótimo! – Trevisham sorria. — Algumas fontes me disseram que Baltazar está indo pessoalmente atrás de monsieur.
— Uau, Baltimore conseguiu irritar mesmo o cara. – Samantha diz com a voz neutra sem deixar transparecer qualquer emoção.
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Le ℳonsieur
RomanceQUANTO CUSTA SUA HONRA? ______________________________ ❝A desonra é a pior degradação que pode ocorrer na vida do ser humano. Perder a honra, é tornar-se indigno de viver.❞ Dominic Baltimore sabia que era um desonrado. Julgava-se e condenava-se. ...