CAPÍTULO 8 - Bolo, bunda, nariz e queimada.

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07 de Agosto. Um dia comum para metade do universo, mas infelizmente, na minha vida, não podia dizer o mesmo. Havia nascido nesse mesmo dia o senhor David Martin Sheepard. Nascido em Connecticut, filho da Dona Olivie e do senhor George, irmão mais novo de Jazmin e mais velho que George Junior, e é atualmente o cara mais viado e ridículo que eu conheço.

— Que mancada. – Disse Mike observando com certo desgosto o comercial que se passava na televisão. Margot coçou a cabeça, tentando não demonstrar nenhuma indignação, mas eu sabia o quanto ela queria dar risada ou fazer sei lá o que.
— Poxa, justo hoje? – Margot perguntou, suspirando. – É aniversário dele, gente.
— É sim, mas... – Katherine disse. – Não precisava de tal homenagem, né?
— Como ele se submeteu a esse papel? Que coisa mais vergonhosa. – Disse eu, enquanto o comercial da Calvin Klein que Dave tinha participado passava na televisão, exclusivamente naquele dia em homenagem ao seu aniversário. Que belo presente...
— A integra do outro já saiu na internet. – Disse Katherine, suspirando e pegando o notebook. – Ele está acompanhado de outra modelo, talvez seja menos horrível.
— Duvido, depois de ter visto o saquinho de pinto que a cueca fez. – Katherine abriu o vídeo, e todos nós nos amontoamos para ver.
— Olha lá! – Katherine disse, apontando para o monitor. – Deram foco no bilau.
— Não repare nessas coisas! – Pedi. – Isso é um fruto proibido.
— Proibido pra quem? Mulheres, porque ele nunca deixaria alguém chegar perto dele, a não ser que tenha algo que balança no meio das pernas.
— A parte das costas é o pior. – Margot afirmou. – Ele tinha tanto potencial sem estar exposto ao publico.
— Agora... Fim de carreira. – Disse Katherine suspirando, enquanto fechava a tampa do notebook.
— Vamos voltar ao trabalho. – Pedi, depois de olhar no relógio. – Temos muito que fazer. – Nos viramos dando de cara com um salão enorme no melhor clube da cidade.

Estávamos decorando aquilo há quase quatro dias e ainda parecia não ter fim. Summer seria ótima ali, mas tinha ficado encarregada do buffet. Tudo bem que nós amávamos o Dave, mas não era para tanto, principalmente quando ele irrompeu o salão, empurrando a porta com força, com os braços abertos.

— Abre espaço! – Gritou – PRO CARA DO MOMENTOOOOOOOOOOOOO! – Disse antes de girar no lugar com um sorriso de orelha a orelha. – Ai, vocês viram o comercial? Estava lindo! Não estava? Ai, eu sei! – Bateu palmas animado, mesmo que a nossas caras não fosse à das melhores. – Eu SOU lindo. – Disse enquanto se aproximava, parando ao lado de Mike que o olhava com desprezo. – Aceite recalque. Que nasceu pra ser Mike Simmons nunca chegará perto do chão que pisa Dave Sheepard. – Empurrou sua cabeça com a mão.
— Dave, menos. – Margot pediu enquanto segurava uma cesta com chapeuzinhos e língua de sogra. – Bem menos, quase nada.
— É meu aniversário! – Gritou histérico, todo animado. – E meus amigos estão fazendo uma festa surpresa par mim!
— Dave, a ideia principal de uma festa surpresa é ser surpresa. – Disse Margot óbvia. – Se você já sabe, ela não é surpresa.
— É sim! — Gritou batendo o pé. Por que ele não parava de gritar nos meus tímpanos? – Eu não sei de nada. Vou fazer uma cara bem assim, olha: — Ele parou, respirou fundo e sua feição pareceu séria e comum. – Eu vou entrar abrir a porta... – Ele foi para fora do salão e enfim, voltou a entrar. Ele empurrou a porta novamente. — AI MEU ZEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! – Disse arregalando os olhos e colocando a mão na boca fingindo surpresa. – Eu não esperava por isso, que lindo, que lindo! – Dizia descontroladamente passando a mão nas coisas, colocou um chapeuzinho onde tinha ele em uma foto de cueca sorrindo com as mãos para o alto. – Ai, obrigado amigos. – Colocou a mão no rosto, fingindo emoção. – Sem vocês eu não seria nada, obrigado, obrigado. – Ele se aproximou de Mike e Margot, os abraçando antes de se jogar no chão e começar a "chorar" descontroladamente. – Eu amo vocês! – Disse. – Agora... – Disse entre soluços antes de ficar em pé em um salto. – VAMOS PRA PISCINA, UHUL! – Gritou dando as costas para eles e jogando as mãos para cima, saindo correndo uns cinco passos em direção a porta. – E ai, tá bom? – Questionou voltando ao normal.

Todas Contra Ucker (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora