Iremos morrer?
O fogo da fogueira reluzia naqueles olhos, era o que eu podia enxergar nos homens na escuridão. Cinco homens com a boca coberta com lenços até a metade do nariz mostrando apenas os olhos. Na hora pensei no Quinzinho e no Bernardo, para que viessem até nós nas colinas. Eles teriam de ter passado pela minha fazenda e eles teriam de tê-los visto.
Rezei que eles estivessem bem, porém, eu e Iago estaríamos bem?
Como um filme, meus poucos anos de vida me fizeram pensar em tantas coisas, por que imaginei que iriam nos matar pela brutalidade que passaram nos tratar ao perceber que nós éramos gays. O que aparentava ser o chefe dos bandidos, zombava — Ora, ora, ora. Bichinhas namorando na colina e... — Nojentamente agarrou com força meu queixo, chegou seu bafo putrefato perto da minha boca, tentando me beijar a força. Com uma lanterna iluminou meu rosto me cegando — E olha que coisa, ele é lindo rapazes, huuum, bom gosto o seu, hein rapazinho? — Olhou no Iago que tremia — Quem sabe me divirto aqui e economizo na casa das profissionais do sexo — Todos os cinco vibraram animados e verdade que eu mais o Iago ainda nem sabíamos o que seria a casa das profissionais do sexo —
Iago arregalou os olhos compreendendo o que os bandidos pretendiam fazer conosco. Era visível a intensão maléfica deles, iriam nos estuprar. Implorei a Deus em pensamentos... "Deus, não permita que isso aconteça. Não merecemos tanto ódio da alma deles" Eles nos cercaram apontado uma arma. O qual me segurava lambia meu rosto, sussurrando que eu seria dele em primeiro lugar, depois se os outros me quisessem ele me entregaria a eles.
É claro que a essa altura eu chorava como Iago. Nós dois nos amávamos para fazer amor um com o outro e mal sabia o que iríamos fazer. Tínhamos a intensão era aprender um com o outro e agora aquela situação com os bandidos, era diferente e apavorante.
Não tinha como não sentir medo daqueles bandidos que estavam nos apalpando nas partes íntimas. Meu coração estava a mil quando um iluminou meu rosto me fazendo fechar meus olhos pela claridade forte da lanterna — Eeei chefe, esse não é o famoso toureiro?
O chefe da gangue estava determinado me estuprar. Excitado o bastante para não dar de imediato ouvidos ao homem que falou eu ser o toureiro famoso. Tanto não deu ouvidos que o empurrou com violência para longe de nós dois — Me deixa em paz, estou ocupado não vê?
Continuou me lamber, por que eu comprimia meus lábios para não sentir a boca daquele nojento. Olhei no Iago que fazia como eu em fechar os olhos. Raivoso aquele mesmo bandido agarrou o braço do seu chefe berrando — Cara, você quer muito dinheiro ou não quer?
Irritado o chefe deles me largou com violência, mais sem tirar da mira dos revolveres apontados em nós dois — Como você é chato Sanches, fala logo o que você quer com ganhar dinheiro?
A palavra chave era dinheiro, para o chefe — Chefe olhe bem para esse mocinho — Ele mesmo largou a luz da lanterna no meu rosto me fazendo cerrar meus olhos pela claridade — Viu?
O chefe da gangue pareceu se irritar, berrou — Que tem o rosto lindo com ter muito dinheiro que me fez parar com o que eu iria fazer com ele?
— Chefe, é um dos melhores toureiros da Espanha, lógico que tem muito dinheiro.
O chefe deles me sacolejou violentamente berrando no meu ouvido — Abra os olhos, eu observei de longe que dois toureiros tinham os olhos claros e um eram negros. Se for um deles, estamos feitos com dinheiro — Fui obrigado abrir os meus olhos —
Gargalhou alto ecoando nas colinas — E não é que é um dos melhores toureiros?
Disse o imbecil todo feliz achando que subiu na vida — Viu chefe, te falei que era importante.
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Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro - Livro 01 -
Romance#Escritoresdeourowattys4 #TroféuLiterário Chuva de rosas o Diário de um Toureiro - Série Gay de 25 a 35 volumes - ...Plágio é crime, cuidado. Eu possuo os ISBN e o ISSN das minhas obras... Entre 1910 e 1920, a tourada atingi...