Capítulo 13

77 14 6
                                    

Delírios...

Tomei um banho relaxante na banheira com sais de banho, que o Iago presenteou. Adormeci na água morna que me relaxou. Tive pesadelos com os bandidos. Eles conseguiram me pegar e me matar. A mãe embalava meu corpo jaz nos braços dela num pranto infindável.

Devo ter me debatido na banheira, acordei os cabelos desgrenhados encobrindo meus olhos. Antes estavam alinhados, por que eu havia mergulhado antes de dormir. A pele parecia um maracujá de gaveta por ter ficado de molho tanto tempo na água morna que agora estava praticamente gelada.

[...]

Ser bem de vida tinha as grandes vantagens como não ter que se preocupar com refeições se teríamos ou não, ter dezenas de roupas sem a preocupação de ter uma única roupa que eu denominei por Corvo Negro, aquela que eu usei quando viajei para tourear em Múrcia. Porém, agora que eu tinha tudo na vida materialmente. Mais não sabia o que fazer para passar o tempo livre que sobrava aos montes. Sentei na rede na sacada do meu quarto pensando em algo a ser feito para me divertir. Lembrei do Iago... Como ele estaria depois de hoje cedo quando conseguimos escapar do cativeiro, graças ao homem misterioso?

Deduzi ser o Guardião de Elite da Supremacia da nossa Espanha, mais eu pensava por qual motivo seria 'aquele homem? Fosse quem fosse 'aquele lindo homem pelos olhos azuis e aquela voz estonteante. Entretanto foi impossível vê-lo usando um gorro cobrindo o seu rosto.

Eu seria eternamente grato a ele pelo que fez por mim e pelo Iago, o por quê que ele fez, eu não fazia ideia, mais eu consegui descobrir os porquês. Iago saiu na sacada do quarto dele, olhei-o me preocupando com o que vi nele. Ele segurava a cabeça, cotovelos na mureta da sacada, olhava triste para baixo, por bons minutos o observei em silêncio. Depressão na nossa idade de apenas 16 quase 17 anos, não estava em nossos planos. Decidi chamar sua atenção — Psiiiu.

Olhou aparentando estar desanimado — Oi Li, o que faz de bom?

— Olhando você — Ele sorriu — Vem cá, Go!

— Eu acabei de acordar, estou atormentado do sequestro, vem tomar banho de piscina?

— Agora Iago?

— Sim agora, vem Lizandro, se caso você não tiver calção de banho eu te empresto.

Anui entrando no quarto procurar um calção de banho preto com azul, era este que eu usaria. De bermudão e regata azul marinho fui na casa do Iago. O pai dele me recebeu com toda a atenção de pessoas educadas que recebem visitas.

Ele era bonito e jovial de cabelos grisalhos o que lhe passava um ar charmoso. Não era para menos que Iago e Tiago Juan eram lindos, puxaram aos pais. Levou-me na sala, Iago descia correndo saltando os degraus da grande escadaria da mansão dos Gonzallez.

Sorriu pedindo que eu o acompanhasse — Venha Li, vamos nos refrescar.

Seu pai o segurou pelo pulso, eu me assustei pensando que Iago levaria uma bronca, eu estava acostumado só com o violento do meu pai — Espera aí rapazinho, cadê o meu abraço?

Eles se abraçaram demorado, seu pai alisou seus cabelos pretos, lisos bem cortados dizendo para seu filho testa com testa — Graças a Deus você está bem meu filho.

— Pai eu faria falta se me matassem? — Riu —

Lembrei de quando Tiago Juan me disse que o Iago era manhoso por ser o caçula dos Gonzallez, eu era caçula e isso nada me dava regalias com meu pai. Rindo ele deu um tapa na nádega dele — Sabe que sim meu filho, eu já havia entrado em contato com o banco, para pagar o seu resgate.

— O pai sabia quanto eles pediam no resgate, quanto foi pedido?

— Três milhões — Levei um choque gemendo alto um "Meu Deus"

Chuva de Rosas o Diário de um Toureiro - Livro 01 -Onde histórias criam vida. Descubra agora