O sol foi embora mais cedo, mas deixou o tempo quente e a tarde que caiu meio cinza de um lado, meio laranja de outro, oferecia um ar abafado e seco. Cristine dirigiu ouvindo música porque gostava, espairecia de seu dia agitado e movimentado. Na maior parte, Linkin Park tomava seu display porque era sua banda preferida.
Com a pasta nos braços, entrou em sua casa arfando um: "acabada!" e já foi tomar banho, mais um tempo e Mike chegaria reclamando.
Vestiu-se de modo prático e porque queria conforto jogou uma camisa bem maior que ela e ajeitou um rabo de cavalo. Olhos para o relógio e a campainha tocou.
— Na hora. — fez uma careta quando abriu a porta. E coitado, ele nem tinha culpa se a mãe forçava que aprendesse português.
— Sempre. Sou pago para isto. — Mike torceu o nariz e era uma resposta a altura. — E o que fez hoje?
Ele perguntou enquanto ajeitava a mochila sobre a mesinha de centro e retirava dois livros.
Cristine arregaçou as mangas da camisa grande como se fosse partir para uma faxina. Fez outra careta, ignorando o tom sarcástico dele para com sua observação desdenhosa.
— Fui ao banco... Tive que negociar um novo cofre, uma apólice e uma hipoteca. Ah, conheci um casal gay, — ela abriu o sorriso. — eles são muito divertidos.
— Divertidos? — ele repetiu azedo, certamente com um resquício de inveja.
— Sim, megapower divertidos. Querem comprar um apartamento em Soho, um deles tem uma clínica veterinária na região.
— Entendo.
— E você?
— O que tem, eu?
— Está azedo.
— Não. Estou no meu normal.
Ela soltou um hã e desviou o olhar para seus livros.
— Não. Estou péssimo. — ele confessou logo em seguida.
— E por quê?
— O Alex, aquele rapaz que eu te falei, lembra?
— Sim.
— Pois então, ele voltou com a ex.
— Poxa, eu sinto muito. — falou sincera, a expressão mais séria se solidarizando por ele.
— Tudo bem, acho que estou me acostumando com esta situação.
Ficaram em silêncio deliberadamente. Putz o que dizer naquela situação, porque poderia piorar com qualquer comentário bem intencionado. Por isso manteve os olhos no livro, fingindo interesse na pesquisa.
— E você?
— O quê? — ergueu os olhos para ele, prejudicada emocionalmente. — Eu... Nada.
— Nada mesmo?
— Nada. Bem, — ela ficou corada para variar. — passei esse final de semana em Oak Park. E só.
— Oak Park. Sei, e o homem amedrontador continua com aquele ar monstruoso?
Ela deveria rir com a careta que ele fez, arregalando os olhos, abrindo a boca e erguendo as mãos curvando os dedos. Mas como era verdade, ela se encolheu.
— Sim.
— Como consegue? Porque eu me tremi todo.
— Talvez seja porque levou um soco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à Conquista
RomanceSeduzida pelo mundo de sensualidade e prazer que Sharker apresentou, Cristine Brandt se vê envolvida e cada vez mais atraída. Agora era a garota hardcoriana dele. Submeteu-se ao mundo de Roland Sharker num relacionamento consensual à base de mal...