Capítulo 8

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Porque ele não se mostrou de todo insatisfeito com suas perguntas curiosas, resolveu continuar.

— No meu caso, sempre fui sozinha, mas sou mulher. E quando criança, sempre bagunçava com minha avó. Depois fiquei adolescente e depois, fui morar com meu pai, numa vida tão doida entre lá e cá. Agora, menino é mais difícil não é?

— Talvez. — sua resposta foi mais uma divagação.

— Sei, e você nem responderia mesmo.

E ficaram em silêncio porque era isto mesmo.

— Não. Porque tenho algo melhor para fazer do que pensar em uma reposta longe da esdrúxula que poderia te dar com relação ao meu passado.

— Nossa! E o que têm no seu passado de tão... esdrúxulo?

Houve um pequeno silêncio, e era tenso, ela sentiu o ar pesado.

— Não vai me contar, não é?

— Não. — Sharker respondeu vagamente, os dedos acariciando seu braço subindo e descendo e era tão boa, a delicadeza com que fazia aquilo.

— Deve ser algo bem feio. — brincou, mas como ele permaneceu em seu silêncio e como não podia estudar seu rosto, apenas ficou decepcionada em sua inconclusão.

— Feio. — ele repetiu enfim. O corpo dançando atrás dela. — Vem cá, quero pegar você de jeito, menina.

E já circulava sua cintura, preparando-a para a posição combinada e ela se ajeitou.

— Sharker, vai ser agora?

— Talvez.

Ela o ouviu soltar um riso perverso contra a pele do seu pescoço, causando um arrepio, estremecendo-a com a possibilidade.

— Sei. E isto significa...?

— Shhhi. — ele soprou em seu ouvido e era uma reprimenda. — Você é afoita demais, Cristine. Aproveite as preliminares.

— Eu não gosto de surpresas.

Mais um riso curto e ela ficou brava.

— Sharker, gosto de saber tudo antes... Por favor, vai ser agora?

E ele apertou os braços subitamente, era de censura.

— Puta merda. — esbravejou sádico, ainda se divertia com sua situação de espera e angústia. — Se não fosse experiente, acharia que você está doida para ser fodida aqui. — ele riu, deslocando um braço de seu corpo e deslizando em sua bunda, um dedo atrevido circulando a região cobiçada.

— Então...? — ela provocou, naquele tom que o irritava e ignorando totalmente as palavras anteriores dele, o corpo respondendo ao dedo dele. — Vai ou não?

Ele hesitou propositalmente, devolvendo a provocação porque a situação toda estava em suas mãos somente. Era como ele gostava. O comando. O controle. O alfa de sua decisão.

— Não. — ele soprou a resposta, depositando um beijo cálido na curva de sua escápula, abaixando-a até o colchão, e era para ficar de quatro.

— Então quando?

— Quando eu quiser. Agora, fique quietinha porque você fala demais Cristine, e vai acabar me aborrecendo daquele jeito. — ele disse e era uma promessa. — Daí vou ter que voltar atrás em minha decisão.

— E você faz isto?

— Sim, quando quero castigar.

— Achei que faríamos isto porque é bom.

SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora