SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à Conquista

Capítulo 22

Agora no escuro da madrugada, deitados no aguardo do sono suave e bem vindo após o sexo mediano — média agressividade e média suavidade — ela se percebeu nostálgica. Seu corpo ainda recebia as informações que o orgasmo transmitia, sua entranha ardente dos golpes dele dentro, invasivo, profundo que era para castigá-la porque foi irresponsável ao estar fora de casa á meia noite na segunda-feira. E também porque foi perseguida e seu carro golpeado. Nossa! Ele a maltratava quando ela nem tinha culpa. Quando poderia supor que acontecimentos tenebrosos ou assustadores aconteceriam tal dia, tal hora? Aquilo sim, seria mega-assustador.

Era tão fraca que seu corpo se rendia fácil, fácil, sobre ele, contra ele e para ele. Mas era tão bom saber que ele sentia por ela um mínimo de preocupação. E preocupação seria a palavra certa? Rapidamente sua mente pensou em outra mais apropriada. Possessão. Porque ele gostava do controle. Ele mesmo afirmou aquilo uma vez. E sentir que por um momento escapou de suas mãos sendo desobediente quando mais uma vez, não esteve alerta o deixava frustrado e enraivecido. Falcão raivoso. Como seria a persona Falcon de Roland Montenário Sharker?

Bastava olhar para o penetrante brilho negro, intenso e contagiante, gritante e... Nossa! Doía corresponder aquele olhar.

— Quando vai aprender a ficar alerta, Cristine?

Viu? Já conhecia muito daquele homem.

— Se eu responder você vai me repreender. — murmurou afundando o rosto no peito rijo, o queixo tocando as aponeuroses e desceu um pouco mais a boca. Hum, cheiro delicioso de homem na barriga. Poderia até descer mais, mas...

— Se vê correndo perigo?— Sharker inquiriu segurando seu queixo entre dois dedos, forçando que o encarasse.

Ela suspirou.

— Não sei. — decidiu ser sincera e soprou sua resposta, porque não tinha decidido qual era melhor.

— Caramba. Você é muito irritante. Me desgasta. Me frustra.

E porque baixou os olhos ressentida ele apertou seu queixo.

— Me frustra. Por quê? Eu te falei, fique alerta. Um dia passado você também chegou tarde. O que passa por sua cabeça tola?

Nossa! Cabeça-tola. Cada vez mais ele acrescentava termos á sua pessoa. Bem, ela também fazia aquilo sem que ele soubesse. Estavam empatados então.

— Sharker, não foi assim.

— Não? — e ele continuava com os dedos, pressionando seu queixo. Era para prestar atenção.

— Não. Fiz uma venda de um loft a um casal de amigos. Já almoçamos um dia. Desta vez eles fizeram uma pequena comemoração. Simples.

— Simples. — ele cuspiu a palavra, a irritação tremulando sua mão e ela quicou o queixo ao seu movimento. — E você acha que não foi pega por quê? Porque desistiram? Não, foi porque a polícia apareceu.

Era plena verdade.

Mas... Quando contou a ele todo o ocorrido nem se lembrava, no entanto nem perguntaria naquele momento porque ele estava muito irritado. O mau humor extravasando pelos poros.

— Eu não estava sozinha. Mike foi comigo e...

— E o quê?

Daí ele se sentou. Cansado dos seus argumentos infundáveis, porque não gostava disto. Ela sabia.