Capítulo 9

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Cristine balançou a cabeça negando, seus olhos passeando pela sala e Charlies se mantinha no canto ao lado da poltrona, o suéter grosso de homem sério contrastando com o jeans preto. Marco continuava dominando a situação, e por afirmar que passara por algo semelhante há dois anos, estava á vontade com seu boné branco cobrindo os cabelos lisos e castanhos, a calça de algodão parecia cair e demonstrava o cós da cueca preta porque a camiseta simples vermelha não chegava ao quadril.

— Pegaram os caras?

Ela se virou para Marco, a ansiedade da expectativa alfa.

— E Ellina, onde está? Ótimo.

— Onde está minha mãe? — ergueu-se num súbito, ignorando Sebastian que falava algo do outro lado da linha, o telefone em sua mão.

— Ela está bem. — Marco acalmou-a, afastando ligeiramente o bocal.

— Me deixe falar com ela. Eu quero falar com ela. — e quase gritou com sua exigência.

— Calma Cris.

— Senhorita Cristine, — Charlies balançou a cabeça e seria uma reprovação. — por mais que não tenha me contado nada, eu compreendi tudo.

— Charlies, vê. Não poderia envolver ninguém e agora...

— Está tudo certo, pelo que estou vendo.

— Mas envolveram a polícia e não era.

Ele pareceu suspirar, no fundo deu a impressão de que concordava com ela.

— O importante é que sua mãe está sã e salva.

Era verdade.

— Quando eu vou poder falar com ela?

Dois toques na porta interromperam, Marco foi abrir para um Jhoel afobado e visivelmente alterado.

— Querida... Está bem?

— Pai?! — e seus olhos foram para Marco. Putz. Quem fez aquilo?

— Estou, mas quem avisou você?

— O pai de Marco, senhor Claudio White. — ele contraiu a mandíbula rigidamente antes de continuar. — Cristine, o que pretendia fazer? Resolver o problema do mundo?

E agora ele também a reprovava, os olhos acusadores porque ela não tinha intenções mesmo de contar nada a ele.

— Pai, ele não queria que envolvesse você nem Sebastian, senão...

— Senão o quê? Você está ficando louca? Graças a Deus Marco apareceu e resolveu tudo porque você... Que decepção. — ele estava com as mãos na cintura enquanto fazia a reclamação. No minuto seguinte ergueu a cabeça para o Charlies e para ela.

E ele queria o quê? Que fosse contra a vontade do homem de voz grossa, cheia de gírias e códigos diabólicos relacionados á ela? Nem a pau.

— Cadê minha mãe? — perguntou ignorando qualquer que fossem as suspeitas dele com relação ao subalterno de Sharker. Deixaria que eles se encarregassem das apresentações. A merda toda feita, então deveria estar tudo certo mesmo.

Marco desligava o telefone, enfim. Parecia cansado e se não fosse engenheiro júnior, certamente já teria outra profissão á altura.

— Cris, sente-se. Vamos conversar. — ele pediu neutro.

Ela passou os olhos pela sala e só tinham os dois mesmo, porque Charlies e o pai formaram uma dupla ao canto, as vozes baixas em diálogos neutros sobre o sequestro de sua mãe.

SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora