Capítulo 23

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Estavam sentados de frente para o jardim, na mesinha que já tomou café da manhã algumas vezes. A vista para uma parte da piscina, o ar noturno fresco e o céu escuro com pontinhos brilhantes, apenas estrelas e nada de lua. Porque não jantou, a senhora Steep preparou alguns petiscos mexicanos, mas foi Sharker quem perguntou mais cedo se estava com fome. Para variar, a presença dele a deixava inapetente e mesmo respondendo que não, ele avisou que serviria algo. Agora a mesa farta de iguarias apetitosas, numa noite de quinta feira e dali a pouco já seria sexta, eles beliscavam e conversavam sobre coisas. Coisas.

Dom Pérignon Rosé ­— Fors ergueu o copo oferecendo a bebida.

Bem, primeiro que acreditava mesmo que champagne era para ocasiões especiais. E depois, ela chutava que aquela garrafa custava uns quinhentos dólares.

— Não obrigada.

Fors lançou um olhar contrito para sua recusa. Abriu a boca porque certamente iria insistir e ela já estava preparada para confirmar que não bebia.

— Para você tenho outra coisa. — Sharker interveio, erguendo-se da mesa, saiu acenando para todos. Voltou um instante depois, trazendo uma garrafa.

— Rum. — Cristine reconheceu porque se lembrou da ocasião em que lhe ofereceu a bebida doce e gostosa.

— Zacapa XO. — Sharker concluiu. Abrindo a garrafa com elegância, serviu duas tacinhas, os olhos brilhando com a certeza de que aprovaria a bebida.

— Só não vou misturar porque senão perco o paladar para a uva. — Débora lamentou arrependida, os lábios mega carnudos estilo Jolie, se movendo num riso divertido. — Vou deixar para amanhã.

— Ótimo querida, assim você me acompanha.

— E você me acompanha. — Sharker apontou, os olhos para ela e o tom suave.

Af! Nem tinha como não amar aquele homem. Apenas sorriu em reposta quando queria gritar sua declaração.

— Você é corretora certo, Cristine? — Fors perguntou neutro.

E deduziu que Sharker tivesse contado alguma coisa sobre ela.

— Sim. Trabalho com meu pai.

— Interessante. Deve conhecer muitas propriedades em Nova Iorque. — ele comentou interessado mesmo em sua profissão.

Cristine bebericou seu rum, o gosto caramelizado descendo agradável por sua garganta.

— Nem tanto. — fez careta ao negar. — Trabalhamos mais com lofts e apartamentos e não é algo tão extenso.

— É mesmo? Achei que corretores conhecessem mansões de artistas famosos ou algo assim.

Porque ele tinha a careta de espanto, ela sorriu mais.

— Bem, não posso competir com o Edmundo... Mas não. Não trabalho com mansões, acho que temos duas ou três propriedades grandes, estilo casarão em nosso cartão.

— Mesmo assim, viaja muito não é? — Débora continuou a curiosidade do marido, aguçando-a.

— Depende. A propriedade mais distante acho, é em Hamptons.

— Hamptons. Lá tem mansões maravilhosas.

— Sim. Muitas, mas conheço apenas de vista.

— Tenho conhecidos por lá. — Sharker falou pensativo. — Robbin Schiwiz mora lá.

SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora