Capítulo 6

265 20 0
                                    


— Psiu.

— Hum?

— Vem.

Cristine piscou os olhos, sentindo o perfume de Sharker em seu nariz muito próximo e ele estava ali, o rosto pairando sobre o seu. E suspirou, sorrindo.

— Que horas são?

— Duas da tarde.

— Nossa! Eu dormi de novo. — ela reclamou fazendo uma careta.

— Dormiu. E eu estou com fome.

— Eu também. — ela se sentou, notando que ainda estava com o sutiã, sua única peça. — Onde vamos?

— Não sei. Quer comer na rua?

Ela deu de ombros, passou os olhos pelo rosto dele e seu coração bobo bateu forte. Que homem lindo era ele, e porque parecia preocupado se ela gostava ou não de comer na rua? Mal sabia que se tivesse com ele, comeria até pedra da sarjeta.

Já estava vestido e a camiseta branca de algodão que evidenciava seu peito másculo e a calça jeans justa, era um uniforme que ela gostava de apreciar naquele corpo. E aqueles cabelos penteados com os dedos, então? Fez um grande esforço para desviar o olhar daquele homem e se levantou, fazendo uma careta ao constatar a dorzinha .

— Tudo bem? — Sharker perguntou estreitando os olhos.

Claro que ele sabia que doía, porque era muito experiente.

— Tudo. Vou tomar banho.

— Faça isto. — ele aprovou e parando diante dela, ofereceu um sorriso daquele jeito que ela se derretia. — Mas seja rápida.

— Vou ver o que posso fazer. — ela resmungou desviando-se dele para o banheiro.

Tomou banho morno e concentrou em seu corpo. Sim, doía lá atrás, doía lá dentro e era algo como uma ardência. E ela deveria se lembrar de que aquilo era o preparo para o corpo dele, e ainda que foi com o dedo. Fez uma careta ao imaginar quando fosse com o sexo dele e pensou que deveria desistir. Era algo sub-humano, nem ia caber. Não daria certo.

Sua roupa já estava separada, ela notou o conjunto dobrado sobre a cama arrumada. Caramba! Sharker trocou os lençóis da sua cama. E enquanto se vestia com a camisa marfim de algodão, ela deduziu que ele também gostava de seus conjuntos nada sensuais. Que bom, porque não teria que ser alguém que não era.

Ajeitando os cabelos num rabo de cavalo se olhou no espelho, aprovando a figura séria que refletia na imagem. Estava cada vez mais apaixonada por Sharker. O amava. E era algo tão bom quando ele a tratava bem que ela podia sonhar com algo diferente. Nunca que poderia declarar a ele aquele sentimento porque sabia que ele a deixaria. Ela conseguia ler isto nos olhos dele. E o problema, ela continuou em pensamento enquanto organizava o quarto da pequena bagunça que fez quando se sentou na cama e com sua toalha molhada, era que estava escrito nos olhos cada vez mais claramente, que seu sentimento era algo mais que simplesmente desejo de sexo.

— A que horas você vai sair para o aniversário de seu pai?

Ela ouviu a pergunta neutra que partia de Sharker, e enrugou o queixo pensativa, enquanto limpava a boca com o guardanapo de linho do pequeno e informal restaurante ali na Upper. Devido á hora, ele escolheu o lugar mais próximo e também porque estava reclamando muito de fome, e ela agradeceu porque não estava interessada em almoçar em um restaurante fino, à altura dele.

— Umas sete, acho.

— Vou deixar você lá. — ele avisou simplesmente.

— Por quê? — ela nem soube por que fez aquela pergunta. Afinal, gostou de saber que iria acompanhá-la até a porta.

SOB SEU DOMÍNIO II - Da Loucura à ConquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora