Sem Barreiras

Capítulo 1: Mudança

 Sentia ele cada vez mais próximo a mim. Nossos corpos estavam colados um no outro. Sinto o seu coração que estava disparado, assim como o meu. Sua respiração estava um pouco aguçada. Meu corpo suava, minhas mãos estavam geladas. Senti as suas mãos em minha cintura. Eu queria aquilo, queria muito aquilo. Minhas mãos estavam entrelaçadas em seu pescoço. Nossas testas se tocaram e seus lábios se aproximavam. Até que fomos interrompidos por alguém que acabou de entrar no cômodo.

OITO MESES ATRÁS

 Me chamo Noah, acabo de fazer dezessete anos. Eu morava em Quebec, Canada. Mas agora estou indo em direção a San Francisco, USA. Por causa de meus pais. Já que a empresa em que eles trabalham se mudaram pra lá.

 Sou baixo, tenho um metro e sessenta e três. Mas nunca tive problemas quanto a isso. Meu cabelo é curto e castanho escuro, assim como os meus olhos. Tenho a pele clarinha, não costumava sair muito durante o dia. Sou magro, mas não muito. Já fui em uma academia algumas vezes, mas havia parado.

 -Falta muito para chegar? –Perguntei do banco de trás.

 -Estamos quase lá. –Respondeu minha mãe.

 Ela era uma mulher linda, com os seus trinta e dois anos. Seu cabelo era curto e loiro escuro, sua pele também era clara, assim como a minha e os olhos verdes. No banco da frente havia duas caixas empilhadas uma em cima da outra.

 Meu pai já havia ido para San Francisco uns dias antes para arrumar as papeladas da casa nova e tudo mais.

 -Podíamos ficar em um hotel até as coisas chegarem.

 -Querido, você sabe que não podemos, não é? Seu pai já preparou tudo, vamos chegar e ficar na nossa nova casa.

 -Eu sei, mas eu preferia ficar em um hotel.

 Depois de meia hora, estávamos chegando na cidade. Eu não estava muito feliz por ter deixado meus amigos, mas fazer o que, não é?

 Chegando no bairro que a casa ficava, eu estava observando e vendo como ele era bonito e cuidado. As pessoas pareciam bem simpáticas umas com as outras. As casas eram bonitas e ali próximo havia um parque com um lago, não muito grande.

 Saímos do carro e ajudei minha mãe com as caixas. Suspirei e entrei na casa nova. Ela possuía uma varanda grande. A casa era branca com marrom, assim como algumas casas por perto. Entrei e observei os espaços. Na minha frente estava a escada para o segundo andar. Ao lado esquerdo estava a cozinha ao fundo e a sala de jantar em conceito aberto. Do outro lado estava uma sala com uma lareira e ao fundo a sala de tv.

 Deixei as caixas no chão e fui ver os quartos. Eles eram espaçosos, maiores do que o meu antigo quarto. Quase todos haviam banheiro. Escolhi o quarto que ficava na frente da casa. Fui até a janela e suspirei. Quando será que iria ver meus amigos novamente. Desci e peguei algumas caixas que eram do meu quarto. Comecei a fuçar dentro delas para retirar algumas coisas. Retirei alguns porta retratos de fotos dos meus melhores amigos. Senti um aperto no peito.

 -Como você está, filho? –Perguntou ela me olhando para as fotos.

 -Vou me acostumar, não é mãe?

 -Você tem que entender que isso foi para o nosso melhor. –Ela se aproximou de mim e colocou a mão em meu ombro.

 Apenas sorri pra ela.

 -Daqui a pouco se arrume para irmos jantar.

 -Tudo bem.

 Fui até a janela e fiquei observando o céu, que estava com pouca nuvem e o sol estava se pondo, deixando ele com uma coloração diferente.