Capítulo 33: Verdades e culpa

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 "Ficar com ele ou não?", era isso que ficava em minha mente toda hora. Na verdade, eu quero ficar com ele, mas a questão não é essa. Será que ele quer ficar comigo ainda? Porque depois de como eu o magoei, acho que ele não quer mais saber de mim.

 Soltei um suspiro enquanto caminhava em direção ao banheiro. Entrei no ambiente e fui até uma das cabines e a tranquei.

 -Noah, Noah, você não faz nada certo também. –Falei a mim mesmo.

Ouvi a porta se abrir e alguém entrar no banheiro. Eram dois dos amigos de Brandon. Eles entraram rindo como sempre.

 -Mano, vamos dar um susto naquele garoto, é muito engraçado como ele se encolhe todo. –Disse um deles enquanto iam até o mictório.

 Fiquei olhando pela pequena abertura entre a porta e a cabine para ver quem deles era. Mas foi difícil, já que a cabine que eu estava, não dava para ver muito bem.

 -Ow, mas e quanto ao Brandon?

 -Brandon? –Falei baixinho.

 -Ah mano, ele está estranho com a gente, nem sequer saber daquelas garotas.

 -Tô achando que ele está escondendo algo da gente. –Um deles foi até a pia e começou a lavar as mãos.

 -Será que é por causa daquele moleque que enfrentou ele aquela vez?

 -Vai saber cara. Mas de uma coisa eu sei. Vamos colocar ele de volta nos trilhos, porque ele já está perdendo o título dele de rei do colégio.

 -Tá ligado que se isso acontecer ele não vai mais andar com a gente ne?

 -Tô ligado cara, já tenho os esquemas tudo pronto já. –Ele enxugou a mão no papel toalha. –Eu até já falei com o treinador.

 -Você falou ou o que? –Eles começaram a rir.

 -Digamos que eu sei de umas coisas dele aí que pode ser a meu favor.

 -Já é. –Eles se cumprimentaram com a batida das mãos e saíram do banheiro.

 Eu sabia que esses amigos dele não era boa coisa. Eu preciso avisar o Denis, ele deve saber o que fazer. Sai da cabine, lavei minhas mãos e sai do banheiro apressado.

 Andando em direção ao vestiário, uma aglomeração de pessoas estava em um dos corredores. A maior parte eram garotas.

 -Droga, é sério que vou ter que passar por isso? –Resmunguei para mim mesmo.

 Andei em direção a multidão para ir para o vestiário. Fui passando por algumas pessoas que estavam ali parados. O sinal tocou eles começaram a se dispersar e irem para as suas salas.

 Fui andando esbarrando em algumas pessoas e então foi a hora em que eu o vi.

 Ele estava de cabelo curto, havia cortado o cabelo, parecia mais bronzeado e muito bem vestido, com a jaqueta do time, calça escura e o uniforme por baixo da jaqueta. Usava um colar de camurça fino com pingente de uma pena e uma flecha.

 Ele estava sorrindo quando passou ao meu lado, nem ao menos me percebeu que eu estava lá, do seu lado.

 Acompanhei ele com os olhos até ele virar o corredor. Fiquei um pouco chateado, mas eu entendo porque ele nem me notou. Como eu fui burro.

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