Capítulo 5: As pegadinhas

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Na manhã seguinte, quando fui abrir meu armário para retirar alguns livros. Alguns confetes e papeis picados saíram de dentro dele, me deixando coberto daquelas coisas.

Dentro havia um bilhete que me chamava de idiota e mais outras coisas. Joguei o cartão dentro do armário, peguei os livros que precisava e fui para a sala.

As primeiras aulas passaram voando. Na troca de sala, uma garota veio até mim e disse que pediram para me entregar uma caixa. Ela não era muito grande, uma caixa de sapato talvez?

Assim que abri a caixa, novamente aqueles papeis voaram na minha cara. Todos que estavam próximos a mim começaram a rir. Fechei a cara e olhei para eles e alguns pararam na hora.

No fundo da caixa havia outro bilhete me chamando de idiota. Fiquei puto na hora, era a segunda vez que isso havia acontecido. Joguei a caixa e o bilhete no lixo, me livrei dos papeis picados e segui para outra sala.

As horas foram passando e o intervalo chegou. Estava morrendo de fome. Como sempre, Wally e eu procuramos um local para comermos. Havia uma mesa vazia. Em cima dela havia outro envelope, pra mim.

Decidi ignorar e me sentar em outro lugar. A mesa ficou vazia durante o tempo todo. Ninguém se sentou naquela mesa.

-Você não vai nem ver o que tem no envelope?

-Cansei dessa palhaçada de papel confete.

-Mas você nem sabe o que é.

-Wally, se ninguém se dispôs a sentar naquela mesa, coisa boa que não é.

Olhei para a mesa que Brandon costumava ficar, para encara-lo, mas ele não estava lá. Olhei em volta para ver se ele estava em algum outro lugar, mas não o encontrei.

Quando olho para o lado, lá está Wally, indo em direção a mesa.

-Wally, não. –Gritei indo em sua direção.

Ele retirou o envelope de cima da mesa, eu fechei meus olhos esperando a pegadinha, mas nada aconteceu. Acho que essa era a intensão. De me deixar fazer papel de trouxa na frente de todos.

-É apenas um envelope cara. –Disse ele.

Abri o envelope para ver o que estava escrito e Wally quase subiu em cima de mim de tanta curiosidade. Me virei para que ele não conseguisse ler.

-Pode me dar licença? –Falei pra ele meio irritado.

Preciso da sua ajuda.

Me encontre no vestiário para conversarmos.

B.

-B? Quem é B? –Perguntou Wally.

Levei um susto com ele que na hora queria lhe dar um soco.

-Wally!!. –Falei.

No caminho da sala, fiquei pensando se eu deveria ir. Poderia ser mais uma de suas brincadeiras.

Uma parte de mim queria ir, mas outra dizia para me afastar. Não sabia o que fazer e nem menos como eu iria pra lá em horário de aula.

Lembrei novamente do que Lola disse, que eu iria encontrar a resposta logo. Acho que isso deveria ser um sinal. Está decido, eu vou lá.

No meio da última aula peço para o professor deixar que eu fosse ao banheiro. Como era o professor de filosofia, ele era bem legal, então deixou que eu saísse.

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