Cameron Dallas

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- Cameron, eu preciso, urgentemente, falar com você - falei desesperadamente ao telefone.
  O relógio marcava três e meia da manhã, mas eu não me importava, Cam precisava saber.
- Mas, você já viu que horas são? - perguntou ele com sua típica voz de sono, o que me deixava louca.
- Cam - fechei os olhos e suspirei - é urgente - falei por fim.
- Okay, eu estou indo.
  Desliguei o telefone sem nem dar tchau, ou algo do tipo. Minha cabeça pulsava de dor. Não saber como Cameron reagiria ao saber daquilo estava me deixando extremamente desconfortável, era a pior sensação que eu poderia estar sentindo. Minha boca estava seca, e em meu estômago se encontrava um daqueles nós que ficam nos fones de ouvido depois de ficarem duas horas no bolso da calça.
  Alguns minutos depois o interfone tocou, provavelmente, era Cam.
- Alô.
- O porteiro acha que vim te estuprar, pode dizer para ele que eu sou seu namorado? - perguntou Cam me fazendo rir, o que, naquela noite, estava meio impossível de acontecer.
- Derek, deixe-o entrar - falei ainda rindo.
- A senhorita tem certeza disso? - perguntou ele com um tom de preocupação na voz.
- Sim, eu tenho certeza - respondi de modo calmo.
- Ele está subindo - falou Derek por fim. Pude ouvir o barulho do portão se abrindo pelo telefone.
  Dei uma simples ajeitada no cabelo, estiquei um pouco a camiseta que, no caso, era de Cameron, e então abri a porta.
- Oi, anjo - falou ele me dando um beijo na testa e fechando a porta do apartamento por mim.
- Oi - falei meio sem graça por tê-lo tirado-o da cama às três da madrugada, mas era necessário.
  Me sentei no sofá, e Cam veio logo atrás de mim, sentando-se ao meu lado. Virou para o lado, de modo que pudesse ficar de frente para mim. Meu estômago revirava cada vez que ele sorria, afinal, eu poderia estragar aquele sorriso a qualquer momento, e era a última coisa que eu queria na vida.
- Vamos lá, o que tem pra me contar? - perguntou ele fazendo sinal para que eu começasse a falar.
- Quer comer alguma coisa? Olha tem marshmallow! Quer comer nuttela ? - perguntei tentando mudar bruscamente de assunto, mas eu não podia fugir.
- Não gosto de nuttela, e você sabe disso - respondeu ele me olhando, parecia confuso.
- Cam... - respirei fundo, tentando tomar coragem para falar. Não sabia se seria melhor disfarçar e fazer o famoso discurso antes de ir para o assunto, ou se jogava na roda e saía correndo. - Bom, só pra deixar claro, se você quiser terminar tudo depois disso, apesar de ter sido uma irresponsabilidade nossa, eu vou entender e aceitar.
- Não vou te deixar, independente do que for. - falou ele sorrindo de um modo meigo. Senti uma enorme vontade de chorar. Eu estava ciente de que, terminando ou não com Cameron, minha vida iria mudar radicalmente.
- Eu estou grávida. - Falei engolindo em seco.
  No primeiro momento, Cam me olhou seriamente, mas depois abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Você ouviu o que eu disse? - perguntei depois que passamos longos segundos nos encarando.
- Perfeitamente. - Respondeu ele ainda sorrindo, o que já estava me deixando com medo.
- E o que você acha disso? - perguntei confusa. Eu imaginava que Cam sairia do apartamento sem nem olhar na minha cara, talvez por isso estava estranhando o fato dele sorrir.
- O que eu acho?
- Sim, o que você acha?
- Acho que seremos os melhores pais do mundo - falou ele por fim. O nó que estava no meu estômago se desfez instantaneamente - os mais idiotas também.
  Uma lágrima acabou escorrendo pelo meu rosto, afinal, era impossível não se emocionar por ter alguém como Cameron Dallas em minha vida.
- Eu amo você - falei enxugando as lágrimas que insistiram em rolar.
- Eu também amo você - respondeu ele me abraçando - e a Maggie também - falou ele passando a mão pela minha barriga.
- Maggie? - perguntei horrorizada - nada disso, vai se chamar Annie.
- Não, não, e se for menino?
- Pode se chamar Hunter - sugeri.
- Pelo amor de Deus, você tem um péssimo gosto pra nomes, ainda bem que você não escolheu o seu, eu nunca me casaria com uma garota chamada Girimunda. - Falou ele me fazendo cair na gargalhada.
  Enquanto Cam sugeria nomes, e dava gargalhada dos nomes ridículos que eu sugeria, eu o observava atenciosamente. Ele era tão lindo, tão atencioso, ele era incrível. Estar com ele era uma sensação inexplicável.

Imagine | Old MagconOnde histórias criam vida. Descubra agora