Imagine | Old Magcon

Sammy Wilk

Ah que ódio, meu melhor amigo não parava de me ligar. A cada cinco minutos Samuel tentava falar comigo, mas não estava afim de atender, levando em conta tudo o que havia acontecido na noite passada.

Samuel Wilkinson havia me convidado para ir ao Camila's Brazilian Food, só pra relaxar e passar um tempo.

Obviamente eu disse sim, somos amigos desde o colégio e não tinha visto nada demais nisso, mesmo que eu mantivesse uma paixão secreta por ele desde o terceiro ano. E, obviamente, eu não fazia a mínima ideia se ele gostava de mim da mesma forma ou não; naquela época ele namorava uma garota de outra sala, até que ela era suportável. Mais ou menos três meses depois eles se separaram.

Na noite passada, tudo corria bem, ríamos e conversávamos, Samuel fazia gracinhas só pra arrancar um sorriso de você, sempre funcionava. Ele me contou todas as novidades, assim como eu, mesmo que fossem poucas comparadas as dele. Porém, assim que antigos amigos encontraram a gente, Samuel desgraçado Wilkinson mudou totalmente de comportamento. Primeiro que ele ficou com raiva quando um dos amigos dele, o Derek, disse que eu estava muito gata, em comparação a antes e pediu meu número. Eu passei e ele deu uma piscada, o que não deixou Samuel muito feliz; ele fez questão de discutir com o garoto, o que me deixou muito puta. E segundo que o estupido me chamou, assim como os outros idiotas, pelo meu antigo apelido do colégio, o qual eu odiava.

Mostrei o dedo a eles e sai de lá.

Desde então não se falamos mais, por que eu não queria e evitava de todas as formas falar com ele.

Samuel tinha me magoado sem motivo algum, ele havia agido como um idiota.
Mais outra ligação dele. Essa era a décima até agora e eu nem se importava; mesmo que uma pequena partes de você quisesse ouvir o que ele queria a falar.

Seu celular apitou, Samuel havia tuitado alguma coisa. Curiosa, eu cliquei na notificação.

"@sammywilk: Odeio quando não atendem minhas ligações"

E respondi, claro.

"@alaskayoung: Já pensou em parar de ligar? Talvez a pessoa não queira ouvir sua voz"

E, de novo, ele postou:

"@sammywilk: Eu só quero ouvir sua voz, falar que fui otário, explicar meus motivos"

Eu ri e resolvi não postar nada.

Então se joga na cama e seu celular começa a tocar, agora o número era desconhecido.

— Quem é? — Perguntei sem paciência.

— Alaska. — Ele diz com uma voz sonolenta — Oi, lembra de mim? Eu te encontrei ontem com os meninos lá no Camila's Brazilian Food.

— Ah, oi.

— Queria saber se você quer sair comigo hoje, a gente podia ir pro boliche, sei lá, vamos conversar.

Suspirei coçando a cabeça.

— Olha, eu tenho que ver com os meus pais, é que tá tarde, não sei se eles deixariam. Daqui a pouco eu te mando uma mensagem.

— Tudo bem, esperar aqui. — Desliguei a ligação.

Seria bom sair um pouco e esfriar a cabeça, mas você não tinha a mínima vontade de levantar da sua cama.

Repentinamente, sua porta se abre, a luz continua apagada e você enxerga uma silhueta masculina.

— Você não quer sair com o Derek, não é?!

— Samuel, o que você quer aqui? Quem te deixou entrar?

Ele caminhou até sua cama e parou, mantendo olhando em você.

— Bom, não tinha ninguém lá embaixo pra me impedir de subir as escadas, a porta do seu quarto estava destrancada e eu sei aonde vocês guardam a chave reserva. — Revirei os olhos.

— Dá pra sair daqui? Eu não quero conversar.
Falei levantando da cama, abri a porta para que ele saia. Samuel caminha até você e fecha a porta com uma mão.

— Não vou sair até você me dar uma chance de me explicar.

Me apoiei contra a porta cruzando os braços.

Samuel fica na sua frente.

— Rápido.

— Me desculpa.

— Uh, só isso?

— Eu agi mal.

— Disso eu já sabia.

— Cala a boca e me deixa falar.

— Vem calar então. - Ok, eu fui infantil.

Samuel revirou os olhos e rapidamente te prensa contra a porta. Seus braços erguidos na altura dos seus ombros me impedem de sair, nossos corpos colam um no outro. Eu viro a cabeça pro lado num ato involuntário e Samuel, com uma das mãos em meu maxilar me faz virar novamente.

— Me desculpa, eu fui um idiota; eu sou um idiota. Eu não queria ter feito nada do que eu fiz ontem à noite, mas foi tão sem querer, porra, Alaska, eu tenho ciúmes de você.

— Ótima maneira de me mostrar isso me humilhando que nem os Jack's, Nathan e Derek. — você ri.

Devagar, Samuel aproxima os lábios dos meus, minha respiração falha e deixa a boca entreaberta. Ele te puxa pela cintura e fala, com seus lábios raspando nos seus:

— Eu amo você. Não quero te ver perto de outros caras a não ser eu.

Entrelacei meus dedos no cabelo dele, enquanto com a outra mão, acaricia suas contas de leve.

— Prove.

Samuel une meus lábios com os dele, sem a mínima pressa. Seus olhos se fecham devagar, ele puxa seu quadril pra mais perto, colocando a mão por dentro da sua blusa. Arranhei o peito dele, fazendo-o arfar baixo contra seus lábios. Suas línguas não mantinham sincronia, era como se ambas precisassem urgentemente do toque um do outro, a sensação era maravilhosa. Minha barriga murchava cada vez que Samuel tocava alguma parte do seu corpo.

Então ele para o beijo e olha em seus olhos. Sorri revisando os olhos entre sua boca e seus olhos.

— Você não sabe o quanto esperei por isso, Alaska.

— E você não sabe o quanto eu esperei por isso. Eu te amo. — Ele beija o canto da minha boca antes de te abraçar.

— Eu te amo, Alaska. Me desculpa. — Ele diz baixo perto do meu ouvido.

— Agora vai embora antes que meus pais te vejam.
— Bati no ombro dele.

Ele te dá um selinho.

— Você vai atender minhas chamadas?

— Tenta a sorte.

Vocês sorriem um pro outro.

Samuel saiu do seu quarto e encontrou meus pais no andar debaixo. Escutei ele dando uma desculpa qualquer e ri.

Ele realmente era um idiota.

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é um prazer estar de volta!