Imagine | Old Magcon

Nash Grier

Não demorou muito para que as coisas desandassem. Odiava as festas de alguns amigos de Nash. Todos interesseiros querendo que ele fizesse isso ou aquilo, ou simplesmente desse ibope para que garotinhas caíssem na armadilha de festa com convidado especial Nash Grier. Odiava também o fato de que nessas festas eu sempre me sentia a namorada troféu.

Eu tentei no início, tentei me enturmar, tentei me divertir, mas não é fácil ser namorada de um Grier, as pessoas não gostam de chegar perto de mim, é como se eu fosse um objeto intocado, cheio de doenças e quando se aproximam é querendo algo em troca. Já aconteceram casos de garotas querendo fazer amizade comigo para conseguir o número de Nash. O número do meu namorado. Na décima festa eu desisti e fiquei no sofá tomando um ou outro drink, enquanto o observava na pista de dança fazendo algo inútil, e de vez em quando eu ria dele dando foras em algumas garotas que se engraçavam pra ele.

Já haviam se passado duas horas de festa, e eu estava fielmente no meu lugar no sofá, enquanto um casal se pegava a minha direita e uma garota muito bêbada roncava à minha esquerda. Nash não estava à vista, provavelmente fazendo alguma idiotice com os "amigos". Eu estava no Twitter vendo o que algumas garotas falavam sobre Nash e seus amigos. Às vezes eu me divertia com as piadinhas e ria com alguns comentários maldosos.

Quando voltei meu olhar para a pista de dança, meu namorado bebia um drink azul, ele me viu e abriu um sorriso, alguém o chamou e ele desviou o olhar. Okay, perdi minha importância. Mais uma vez.

Naquela hora eu juro só desviei meu olhar por três segundos, e três segundos foram o bastante pra redirecionar meu olhar e ver uma garota rebolando no meu namorado. Ela rebolava aquele bunda magra nas suas genitálias. E o pior: ele não a afastava. A cena continuou por mais alguns segundos, os segundos necessários pra que eu quebrasse meu copo no chão e saísse andando rumo à saída. Era muito abuso. Muita falta de consideração comigo.

Eu era a maior idiota do mundo, uma idiota corna mansa. Nash nunca se importou com o que eu achava das festas, era sempre um "dessa vez vai ser divertido, amor", mas nunca era. Ele nunca se importava se eu estava no canto apenas aturando a diversão dele, ele nunca se importava quando eu lhe alertava sobre as amizades que só iriam prejudica-lo. Eu cheguei a me perguntar se ele realmente se importava comigo.

Eu já estava no estacionamento e então vi que minha carona era Nash e que não conhecia mais ninguém. Comecei a discar o número de um táxi até que eu ouvi Nash gritando meu nome igual um louco.

-(S/N) te achei, meu bem. – ele falou correndo até mim. – Aonde você vai?

-Pra minha casa, Grier, para onde mais eu iria. – Falei secamente.

-Mas por quê? Você não ia comigo? – ele falou. Juro que eu não sabia se ele estava se pagando de desentendido ou se realmente estava.

-Eu não vou com você nem que queime essas roupas, seu idiota. – eu falei, perdendo a paciência.

-Como assim, (s/n)? – ele falou arregalando os olhos, e eu quase fraquejei ao encarar aquele mar nos seus olhos, aquele era meu ponto fraco.

-Como assim que você não tem a decência de admitir seus erros. – disse segurando as lágrimas.

-Que erros? – ele falou mais desentendido que o normal.

-Que erros? Eu vi aquela vadia se esfregando em você, e você nem a afastou, não teve a consideração de fazer isso longe dos meus olhos. – despejei nele como se cada palavra cortasse minha garganta – E sabe o que mais? Você não admite que eu não tenho mais importância pra você.

-Eu pensei que aquela garota fosse você, então eu te vi saindo e percebi meu erro, eu tô alterado (s/n). E não fala isso, é por causa das festas? Você só fica no canto fingindo que nem me conhece.