Nash Grier

1.6K 69 3
                                    

  Virei o último gole da minha vodca na boca e eu já podia ver tudo embaçado. Ouvia as vozes dos meninos rindo de coisas que não sei, Matthew soltava suas risadas escandalosas e eu ria junto, sem o menos saber o que. Olhei no relógio e eram 4:00 a.m., já estava na hora de eu ir para casa. Me levantei e me despedi de todos, liguei para um táxi e depois de um tempo ele apareceu para me buscar.

- Aonde o senhor quer que eu te leve? - O homem me disse.

- Para onde o senhor quiser. - Dei uma grande gargalhada de bêbado. - Mentira, quero este endereço aqui. - Entreguei um papel para ele.

Ele me largou em casa e eu entrei quase caindo no portão, provocando risos aleatórios. Olhei para frente e ainda com meus olhos embaçados, pude notar que as luzes da sala estavam acesas. Andei devagar até a porta e procurei minha chave no bolso, demorei alguns minutos para achar, mas quando finalmente botei a chave no trinco, ela foi aberta bruscamente e lá estava ela, minha linda e bela namorada.

- Amor. - Disse com vários "o" na palavra.

- Aonde você estava Nash? - Ela tinha raiva em suas falas.

- Com os amigos no trabalho. - Foi a desculpa que veio em minha mente.

- Foi a pior desculpa que você já me contou. - Ela deu entrada para mim passar.

- Não estou... mentindo. - Gaguejei.

- Nash, pensa que sou idiota? Trouxa? Estou cansada de você sempre saindo para beber e me deixando para trás. ESTOU CANSADA DE VOCÊ, SEU IDIOTA!

Por um grande impulso, minha mão se levantou e estalou no rosto de s/n, depois de ter reparado no que tinha feito, suas mãos se encontravam em seu rosto. Lágrimas já caiam sobre seu rosto e uma onde de arrependimento percorria em meu corpo. Eu corri para me redimir mas ela saiu correndo e seus soluços eram visíveis. Corri junto, mas ela bateu a porta na minha cara e o trinco sendo fechado invadiu meus ouvidos.

- S/N, POR FAVOR, DEIXA EU ENTRAR. ME DESCULPA, POR FAVOR, EU... EU TE AMO MUITO, FOI IMPULSO. - Dei vários socos na porta.

- SAÍ DAQUI HAMILTON, NÃO QUERO MAIS TE VER. - Ela disse entre soluços.

Um barulho de zíper sendo fechado deu para ouvir, ouvi também suas voz extremamente oscilante falando com alguém no telefone e pedindo para que levassem ela embora daqui. Um grande desespero passou pelo meu corpo e eu não contive, chutei a porta fazendo ela quebrar e eu poder ver a visão mais horrível que eu poderia ver. Minha mulher chorando.

- EU NÃO QUERO TE VER, SAÍ DAQUI.

- ME ESCUTA, EU NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ VOCÊ ME ESCUTAR.

- ENTÃO VAI MORRER SENTADO. ADEUS NASH.

Passou as mãos em sua mala e desceu aquela escada correndo, como se tivesse atrasada para algo extremamente importante. De novo fui atrás dela, mas não adiantou de nada. Um carro estava parado na frente de nossa casa, pude ver que era seu pai. Seus olhos me olharam pela última vez e eu sabia sim que era a última vez. Gritei pelo seu nome, mas não se adiantou de nada, ela entrou no carro e um pedaço de mim estava indo embora. Meus olhos já com lágrimas, via o carro partir. Não queria que ela fosse embora, não queria fazer aquilo, não queria aceitar que seria a última vez que a veria... 

Imagine | Old MagconOnde histórias criam vida. Descubra agora