× sixteen ×

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O restante da viagem foi um silêncio, hora ou outra eu olhava de relance para Derek e além de preocupado ele parecia tenso, estava pensativo desde da ideia do suposto camaleão.

Ainda era muita coisa pra processar, não tínhamos informações concretas sobre o tal bicho e nem provas vivas de que era realmente o bicho.

Não tinha muito o que temer já que ainda era só suposições, mas depois daquela sensação eu pedia por mais que tudo não sentir aquilo de novo.

Chegamos. Mal pisamos pra fora e o Scott abriu a porta, olhou dos dois lado como se conferisse que ninguém seguiu ou estava esperando pela gente.

Depois disso ele sorriu e deu espaço para a gente entrar, me deu um abraço e acenou com a cabeça para Derek.

- Tá tudo bem? -ele parecia ansioso e isso me dava mais ansiedade ainda.

Scott: Não sei bem se essa é a situação -ele riu fraco, e surpreendentemente eu não estava com nenhuma coragem de ser irônico agora.

Fomos pra sala, vazia.

- Achei que fosse uma reunião ou coisa do tipo -disse confuso

Scott: Meio que é...

Derek: Vamos, fale logo do que se trata, eu e Stiles temos coisas a fazer. -o olho de relance e ele pisca, reviro os olhos

Scott: Hum... Vocês parecem estar se dando bem, pra duas pessoas que não aguentavam ficar muito tempo perto dá outra -ele sorriu meio malicioso, eu revirei os olhos novamente, Derek fez um sinal com a mão para ir logo

Scott: Tá, ok, certo...-Parecia nervoso e aí eu liguei os pontos

- É sobre minha "mãe", certo? -Ele parecia surpreso, mas acenou com a cabeça- Olha, tudo bem, fale ok, nessa história eu estou mais preocupado com meu pai do que comigo.

Scott: Houve algumas mortes... No mesmo local... A fábrica de tinta sabe, a última? -eu e Derek acentimos- Como seu pai tinha dito, a tal mulher que parecia ser sua mãe estava meio que desaparecida. Seu pai continuou trabalhando nisso enquanto a delegacia tomou o rumo normal, eles estavam investigando os homicídios na casa de tinta, até que os dois se fundiram... -Fiz uma cara confusa- As câmeras pegaram a tal mulher... Seu pai estava lá e jurou que era sua mãe, mas o que estava na câmera era uma coisa totalmente diferente.

Apenas dei um passo pra trás, Derek estava um pouco atrás de mim e involuntariamente segurei sua mão e ele apertou firme.

Quer dizer, eu realmente já esperava que não fosse minha mãe, era a mesma coisa que a questão dá Alisson, se ela realmente tivesse retornado dos mortos, não voltaria a mesma. Eu já sabia disso. Mas quando soube dá possível chance de minha mãe estar de volta uma chama de esperança e saudade se acendeu em mim.

Não vou mentir, é claro que eu tive esperança, afinal ter notícias que alguém que você ama e perdeu está de volta é o pedido realizado de qualquer um.

Mas tive que ser realista. Eu não disse, mas desde que soube andei pesquisando, invadi as câmeras dos lugares em que ela foi vista. Conversei com os donos das lojas que tinham falado sobre alguém estranho.

Eu investiguei também, só quis que ninguém soubesse, porque de alguma forma parecia idiota ter esperança nisso. E depois de quebrar a cabeça, chorar e acabar em cima do túmulo dá minha mãe, eu soube que ela nunca saiu de lá, não era humanamente possível e eu tinha que conviver com isso.

Por mais que fosse um sonho eu tinha que ser realista, eu quis contar ao meu pai, talvez a decepção dele quando descobrisse fosse menor, mas ao ver ele tão empenhado eu tive medo, talvez se eu tivesse falado ele se decepcionaria comigo, pelo fato de eu ter desistido tão rápido dá ideia, acabado com a esperança, ainda mais sem provas. Eu tinha provas, mas que mais ninguém acreditaria. Então guardei para mim.

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