× seven ×

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Meus olhos estavam lacrimejando, ele estava se ouvindo? Conseguia escutar a si próprio? Minha mãe não faria isso, não era isso, ela nem tinha como ser, estava morta.

Estava tremendo, queria não ter saido de casa, ou melhor, queria ter me mudado antes de tudo isso.

Parecia que tinha acabado de lutar em uma guerra, estava exausto, mas continuava firme, em pé, encarando-o e então ele me abraçou. Continuei do mesmo jeito olhando para as outras pessoas, estava praticamente vazio e o pouco que havia ali estavam longe. Era loucura, mas o único motivo de ainda estar ali era quando ele falou do meu pai ter visto com os próprios olhos, o que ele queria dizer?

Stiles: Scott -disse o afastando e enxugando o rosto mesmo sem lagrimas - eu preciso entender, estou cansado mas preciso que explique.

Scott: As câmeras pegaram tudo, as gravações estão lá.

Stiles: Preciso ver, eu quero ver.

Scott: Você esta com a cabeça quente, calma.

Stiles: E você acha que ir para casa ficar pensando nisto ira ms deixar mais tranquilo? Vamos

Pegamos as coisas e fomos para a delegacia, tinhas os fatos agora eu queria as provas.

                             ∆∆∆∆

Chegando lá já fui entrando direto para a sala do xerife, Scott vinha atrás pedindo desculpa e dando explicações apesar de a maioria estar já acostumada com esse meu jeito. Quando abri a porta ele estava sentado em frente a mesa, estava com as mãos sobre o rosto, quando levantou percebi os olhos vermelhos e inchados, as mãos trêmulas e parecia ter envelhecido uns dez anos só naquelas horas. Ele se levantou e veio na minha direção, me abraçou, eu permaneci do mesmo jeito, não tinha forças para levantar os braços, parecia que eles estavam se recusando enquanto não tivessem provas.

Xerife: Stiles, tudo vai ficar bem, quero que me escute ta legal?

Stiles: Quero ver

Xerife: Não quero que fique tão ruim quanto eu fiquei, espera eu te esclarecer...

Stiles: Você decidiu sozinho não me contar, agora deixa eu sozinho ver.

Ele me olhou, sei que não fui legal, aji frio com ele, mas como deveria ficar ao saber que ate então minha mãe "morta" na verdade possivelmente era uma assassina canibal.

Após Parrish mexer no computador a gravação começou. E tudo está escuro, a câmera esta no muro em frente uma árvore, o galho da mesma fica em cima da câmera por isso dificilmente dá para enxerga-la.

Tudo esta escuro, por volta das 22:00, esta quieto, apenas o barulho das arvores, até que uma sombra aparece, algo se esconde e depois começa a se deformar, não da para ver, a coisa ficou aonde a sombra da arvore esta. Nisso na ponta da câmera consigo ver meu pai, ele comprometa alguém e vai direto ao carro do outro lado da rua, e a coisa para, esta quieta, parece estar observando, e é quando apareço, saio do portão mexendo nas apostilas, falo com um dos meus colegas e a coisa parece se mexer, observando, olho para frente e espero, atravesso e vou até o meu pai, a coisa se contorce e vai aos poucos se encolhendo e depois voltando, e sai da sombra, e ai... Sendo loucura ou não, é ela, é ela todinha... Eu saberia dizer se apenas fosse alguém idêntica, mas não era alguém parecido, era uma copia exata.
Ficou aonde a luz pegava agora, parou um pouco distante da aonde antes eu estava, e continuou olhando para o carro, não da pra ve-lo, mas sei que foi quando entrei, estava distraido esperando meu pai e com as apostilas que nem notei algo diferente, toda hora saia alunos, porque iria desconfiar logo agora.
Agora aparece meu pai falando com alguém e ele a olha de relance, volta o olhar e a encara, então a coisa se vira e anda até a sombra e começa encarar a câmera. Um homem chama meu pai, entrega algo e vamos embora, a gravação falha, começa aos poucos mas de lance da para ver uma mão, mas a câmera esta a quase eu sei lá, cinco ou seis metros do chão, ou mais, e ai para, tudo chia.

Volto a olhar para cima e estão todos me encarando de volta, meu pai esta olhando para baixo, Scott me encara com a mão tampando a boca, parrish me olha e quando ameaço a levantar ele pede para que eu continue e diz baixo: "ainda não acabou"

Volto o olhar para o computador e a tela volta aos poucos, tudo esta rabiscado, chiando ainda, e volto a sentar, esperando. Agora as horas dizem ser 3:40 da manhã, e a câmera volta ao normal, tudo parece igual, está escuro e ninguém está na rua, ate que noto o portão da faculdade ainda aberto, continuo olhando naquela direção e algo me diz que o motivo não é bom. E ela volta aos poucos, ela aparece, a coisa que é coisa e idêntica a minha mãe, ela esta encharcada de sangue, olha para a câmera novamente e sorri, continua andando com um sorriso que parece querer rasgar o rosto e minha espinha gela, ela encara e esta cada vez mais perto.

E ai, a câmera para. Quando ela esta bem próxima a câmera simplesmente para e corta, e na próxima cena esta tudo normal de novo, tudo como se nada tivesse mudado, e ainda ninguém estivesse morto. Mas ainda à sangue no chão, algumas gotas e o portão ainda está aberto.  

...

Olá, tchau
Obrigada por ler

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