Casamento Arranjado

Parte 7

Narrado por Edward

Eu bebia um refrigerante, pois estava dirigindo essa noite. Eu podia ver meus irmãos se divertindo. Alice com seu namorado Jasper e Emmett com sua Rose. Bella se divertia com eles, hora dançando com as meninas, hora com os meninos, ela não era ignorada ali, não mesmo. E então em um momento em que começou a tocar uma musica mais sensual, e eu me preparava para puxá-la para dançar comigo, um cara se aproximou dela e eu enxerguei vermelho.

Bella olhou exatamente para onde eu estava e deu um sorrisinho antes de se virar e começar a dança com o cara a sua frente. Ela rebolava provocante em seu mini vestido. Ela estava fazendo de propósito, pois olhava exatamente para mim enquanto descia seu corpo contra o homem que estava com ela. Ela movimentava seus quadris no ritmo da música, mexia nos cabelos. Não vi que eu havia amassado a latinha do meu refrigerante até sentir o liquido escorrendo em minha mão.

No exato momento em que o cara que dançava com ela encostou as mãos em seus pequenos quadris eu já estava ao seu lado reivindicando-a.

–Hey irmão. – o cara veio todo marrento para cima de mim.

–Ta vendo isso aqui? –peguei a mão esquerda de Bella e mostrei para ele a fina aliança dourada de noivado. –Minha. –rosnei. O cara olhou confuso e então deu de ombros se afastando.

–Você não tinha o direito! –Bella me esmurrou no peito, mas logo eu a grudei contra mim, me movimentando no ritmo da musica, provocando-a. Aquele era um jogo que só era possível ser jogado a dois. E eu não jogava nunca para perder.

Ela não demorou muito para se render e começar a dançar comigo.

Ela sabia provocar. Quem via seu rostinho inocente não sabia metade do que ela era capaz de fazer com apenas um olhar. Ela rebolava seu corpo contra o meu. Eu nem havia percebi que havia trocado de musica até começar uma nova. E lá continuava ela, dançando provocante contra mim.

Narrado por Bella

Se ele acha que tem algum direito sobre mim. Essa noite eu vou mostrar que a única pessoa que pode mandar em mim sou eu mesma. Quando ele veio cheio de ignorância para o meu lado por que eu estava dançando com outro cara eu fiz um plano mental rapidamente. Na verdade, enquanto eu dançava com outro cara, eu dançava unicamente para que ele me visse e me notasse.

Por algum motivo eu queria que ele reparasse em mim. Essa história de casamento arranjado me magoou mais do que qualquer outra coisa no mundo. Será que eu não era capaz de fazer um cara se apaixonar naturalmente por mim? Porque caramba! Eu nunca imaginaria que Carlisle e Esme seriam capazes de compactuar com essa idéia de casamento arranjando, eles me pareciam tão liberais antes. Mas como dizem o dinheiro compra até caráter.

Dancei com Edward, provocando-o de um jeito que eu não sabia que era capaz, e o pior foi ter gostado de ter suas mãos em mim enquanto nos insinuávamos um contra o outro, de ter suas mãos grudas em meus quadris prendendo-me a ela, de ter gostado da forma possessiva que ele se esfregava em mim, não soltando-me nem por um segundo. Ouve um momento que para mim só existia nós dois ali, naquela pista de dança.

Estávamos na área VIP da boate agora e bebida era o que não nos faltava ali, então eu praticamente absorvia a bebida a minha volta. Meus amigos se divertiam com seus pares e eu de certa forma os invejava, porque eu queria aquilo para mim também, alguém para dividir tanto as alegrias quanto as tristezas. O quão irônico era aquele pensamento, já que Edward havia me proposto exatamente aquilo, dividir tudo tanto na alegria quanto na tristeza.

Bufei enquanto engolia uma bebida que nem o nome eu sabia e tinha certeza de que amanhã eu acordaria com a maior ressaca da história.

–Você não está exagerando um pouco? –uma voz aveludada disse por trás de mim e me senti arrepiando.

–E você não acha que é muito intrometido? –retruquei enquanto me afastava dele sem nem ao menos olhar para trás, indo em direção a mesa de bebidas.

Senti algo macio embaixo de mim e fiquei me perguntando em como fui parar ali. Eu me sentia confortável e quentinha. A claridade entrava pelas cortinas me cegando e gemi frustrada cobrindo minha cabeça com o cobertor.

–Ah droga. –minha cabeça latejava de dor, eu sabia isso iria acontecer.

–Aiii. –ouvi alguém gemendo. –Bella para de gritar.

–Eu não estou gritando Alice, você quem está. – me sentei olhando a minha volta. Certo, como eu vim parar no quarto de Alice? E por que eu, ela e Rose estávamos emboladas na mesma cama.

–Vocês querem parar de gritaria. –Rose tacou um travesseiro em mim.

–Como vim parar aqui?

–Você foi trazida carregada por Edward pra cá depois de dar vexame na boate. –Alice disse.

–Como assim dar vexame? –perguntei confusa.

–Primeiro você começou a dançar de um jeito não muito normal para você e depois quando Edward foi te impedir de começar a arrancar a roupa, você começou a gritar com ele. –Alice explicou e eu senti meu rosto queimar.

–Bom... –coloquei a mão na cabeça sentindo tudo rodar a minha volta. –Ele mereceu. –tentei rir e aquilo fez minha cabeça doer mais ainda.

Ouvimos batidinhas na porta.

–Entra! –Alice gritou.

–Não grita Alice. –ralhei com ela.

–Com licença. –Edward entrou no quarto carregando uma bandeja com um copo de água e trazia um frasco de comprimidos na mão. –Eu pensei que você fosse precisar disso; - ele se sentou ao meu lado na cama.

–Er... Obrigada. –aceitei os comprimidos porque eu realmente precisava deles.

–Vem Rose. –Alice se levantou num salto e puxou Rose da cama, derrubando tudo no caminho.

Tomei os comprimidos em silencio, sem saber o que falar.

–Então, como esta se sentindo? –Edward tentou puxar assunto.

–Péssima. –me remexi na cama e vi o olhar de Edward cair para os meus peitos olhei para baixo e me cobri imediatamente vendo que um de meus seios saia do decote do vestido, eu ia matar Alice por e fazer usar um vestido daqueles sem sutiã.

–Seu tarado. –eu estava prestes a arrumar uma briga com ele quando tive uma ideia brilhante.

–Me desculpe eu... –deixei cair tanto o lençol quanto a alça do vestido revelando completamente meus dois seios. Edward engoliu em seco.

–Gosta do que vê? –perguntei ficando de joelhos na cama, eu só não sei de onde tanta coragem saia.

–Eu... –Edward erguia uma de suas mãos e então a deixou cair em seu colo, ele engoliu sem seco ainda olhando para meus seios desnudos.

–Pois pode aproveitar para olhar bastante. –aproximei meus seios de seu rosto. –Porque você nunca poderá tocá-los. –acariciei seus cabelos. Arrepiei-me com a textura de seus fios cor de cobre entre meus dedos e da forma que ele lambia os lábios que estavam muito próximos de um de meus seios.

–É o que você pensa. –Edward agarrou a minha mão que estava em seu cabelo e fui jogada com força na cama. E sem nenhum aviso prévio seus lábios quentes chupavam com força meu seio direito.

–Me solta. –gemi enquanto ele sugava com força meu mamilo. –Eu te odeio! –reuni toda a força que fui capaz e o empurrei. Edward me olhava atordoado.

–Um dia você vai dizer o contrario disso. –e lambendo os lábios dando uma ultima olhada para meus seios ele se levantou da cama e saiu do quarto, me deixando ali totalmente incrédula.

Eu odeio Edward Cullen por me fazer casar com ele e o pior de tudo, por causar essas reações em meu corpo. Eu sentia toda a região sul do meu corpo queimando.