Capítulo 26

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Narrado por Edward

A vida ao lado de Bella havia voltado aos eixos. Ninguém mais havia tentado interferir em nosso relacionamento, o que era um alívio. Então estávamos muito felizes um ao lado do outro, vivendo momentos incríveis, intensos e inesquecíveis juntos.

Amanhã seria o dia do tão esperado baile, quer dizer, tão esperado para Alice, já que ao que parece Bella não estava tão animada com a ideia e sim com os planos que eu tinha para depois.

Eu lhe faria uma bela surpresa depois que saíssemos de lá, só esperava que ela não pirasse com a ideia e que concordasse.

Enquanto eu me dirigia ao consultório ainda me lembrava da cena com que me deparei há alguns dias atrás. Eu havia chegado em casa mais cedo e vi o carro de Bella estacionado em frente a nossa casa. Ao entrar encontrei a casa vazia, como se não houvesse ninguém lá então subi até nosso quarto, desesperado, querendo saber se ela estava bem, se algo havia lhe acontecido. O quarto estava vazio, mas vi a porta do banheiro entreaberta.

Ao entrar lá me deparei com Bella sentada no chão com uma expressão de sofrimento em seu lindo rosto. Eu já havia começado a me preocupar que ela estivesse doente ou se machucado, ou algo assim, quando olhei melhor a cena e vi que a sua frente havia uns objetos estranhos. Olhei melhor para eles e então os reconheci. Testes de gravidez. Será que minha Bella estava gravida? E nesse momento um sentimento de orgulho se apoderou de mim.

Não importa que ela não estivesse esperando um filho meu naquele momento, só o que importa foi saber que ela queria aquilo algum dia. E eu mal poderia esperar para que o dia em que ela estivesse esperando um filho meu. Enquanto isso eu lhe daria todo o apoio que ela precisava. Eu sabia de seus desejos de fazer uma faculdade e eu, em momento algum, seria contra seus sonhos. Se ela queria isso, ela teria.

Eu só não sabia muito bem em como eu lidaria com isso. Para ela poder fazer faculdade, teria que se mudar de cidade, e não existia a possibilidade de eu ficar longe dela durante uma semana toda, ou dependendo do lugar que ela fosse, eu só poderia vê-la somente duas vezes ao mês e eu nem chegava a cogitar essa ideia.

Eu tinha meu trabalho aqui e amava muito o que fazia, mas eu amava minha Bella muito mais do que qualquer coisa e nada poderia me manter afastado dela. Eu já havia quebrado todas as cotas de tempo que pudesse passar longe dela, e não gostava de pensar em me afastar dela por mais tempo do que o necessário. Na verdade nós dois passamos uma borracha naqueles tempos, como se aqueles meses nunca houvessem existido em nossas vidas, e passávamos todos os minutos possíveis juntos.

Uma das possibilidades era eu ir fazer um mestrado ou uma nova especialização na mesma universidade que ela fosse e então nós dois poderíamos comprar um apartamento para nós e manter nossa casa aqui para quando viéssemos visitar nossa família.

Ser médico sempre havia sido meu maior sonho, desde que comecei a acompanhar meu pai ao consultório, quando era criança, e ver como ele tinha amor por sua profissão. Então resolvi seguir seus passos. Agora eu estava em um grande impasse em minha vida, abandonar esse sonho ou seguir a mulher que amo. Claro que eu poderia conseguir emprego em algum hospital, ou continuar meus estudos e começar a me aprofundar no tratamento de câncer infantil, então eu não estava de fato abandonando o meu sonho e profissão. Mas eu poderia deixar meu pai sozinho com o consultório? Essa era a minha maior duvida.

Eu havia chegado ao consultório há alguns minutos e analisava algumas fichas de pacientes quando ouvi batidas na porta.

–Entre.

Meu pai entrou em minha sala com uma expressão bem seria no rosto.

–Aconteceu algo pai? –perguntei realmente preocupado com a expressão que ele trazia no rosto, sem ombros estavam baixos, indicando tensão e estresse.

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