Deixou os papeis na sala de arquivos e seguiu para a sala de café. Era finzinho de tarde em mais uma hora iria embora. A sala de café era pequena, tinha uma cafeteira e um bule de chá e uma mesinha no canto.
Colocou o café e foi procurar o açúcar. Ela nem percebeu, mas Christopher iria entrar na sala, mas assim que a viu ficou escondido próximo da porta a observando.
Poderia ver melhor como ela agia. Estava relaxada e sabia que se entrasse na sala, iria agir como da ultima vez. Mas o que mais lhe surpreendeu foi enquanto ela procurava os saches de açúcar começou a cantar.
- Eu cacto, você balão. Se abraçando sem medo da explosão.
Era impossível não ficar impressionado com a voz dela e com a maneira doce como cantava. Ficou a observando mais um tempo, estava fissurado. Nem parecia aquela garota nervosa do dia anterior. Pensou em se aproximar, mas não queria estragar o momento.
Dulce voltou para sua mesa para terminar os afazeres do dia, quando Anahí apareceu.
- Dul, se lembra não é? Não vou poder te dar carona hoje à tarde, já estou indo para o dentista.
- Eu sei Annie. Tudo bem irei de ônibus.
- Ok. Ate amanha amiga.
As duas se despediram. Dulce terminou o que estava fazendo e foi bater o cartão no andar de baixo. Assim que olhou pela janela percebeu o tempo escuro, estava começando a chover.
Saiu a passos largos para o lado de fora da empresa. Mas a chuva já caia forte. Abriu o guarda-chuva, mas ele não protegia quase nada, estava começando a ventar. Caminhou mais alguns metros quando percebeu que havia um carro andando bem devagar ao seu lado. Quase não deu bola, tinha que chegar logo ao ponto de ônibus.
Mas o carro continuava, ela olhou melhor e percebeu que não conhecia ninguém com um Corolla do ano até abrirem o vidro.
- Entra.
- O que? – olhou pasma. Nunca em sua vida imaginou Christopher pedindo para entrar no carro dele. – Eu?
- É. Entra logo.
Sem pensar muito abriu a porta, fechou o guarda-chuva e entrou no carro. Só poderia ser um mal entendido, ele nunca a chamaria para entrar em seu carro.
- Você ta muito molhada. – a olhou. – É melhor tirar esse cardigan.
Ela o obedeceu em silencio. Ele tirou o paletó ainda parado na via e lhe entregou.
- O que o senhor esta fazendo? – perguntou confusa.
- você deve estar com frio, usa o meu paletó, aqui dentro esta quente. – ela o colou em volta dos ombros. – Onde você mora?
- O que? Por quê?
- Vou te levar em casa. – acelerou o carro. – Onde é?
- Não senhor Christopher, não precisa disso. Eu posso chamar um taxi, ou ir de ônibus. Não se preocupe comigo.
- Estamos fora da empresa, não precisa mais de chamar de senhor. – pararam em um semáforo e ele a olhou. – Onde você mora Dulce?
- No maracanã, mas o senhor... – recebeu um olhar reprovador de Christopher. – Você, não precisa me deixar lá. É longe.
- Não há problema algum Dulce, você ia chegar em casa encharcada.
- Meu carro esta na oficina e a Annie foi embora mais cedo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...