Capítulo 4

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Deixou os papeis na sala de arquivos e seguiu para a sala de café. Era finzinho de tarde em mais uma hora iria embora. A sala de café era pequena, tinha uma cafeteira e um bule de chá e uma mesinha no canto.

Colocou o café e foi procurar o açúcar. Ela nem percebeu, mas Christopher iria entrar na sala, mas assim que a viu ficou escondido próximo da porta a observando.

Poderia ver melhor como ela agia. Estava relaxada e sabia que se entrasse na sala, iria agir como da ultima vez. Mas o que mais lhe surpreendeu foi enquanto ela procurava os saches de açúcar começou a cantar.

- Eu cacto, você balão. Se abraçando sem medo da explosão.

Era impossível não ficar impressionado com a voz dela e com a maneira doce como cantava. Ficou a observando mais um tempo, estava fissurado. Nem parecia aquela garota nervosa do dia anterior. Pensou em se aproximar, mas não queria estragar o momento.

Dulce voltou para sua mesa para terminar os afazeres do dia, quando Anahí apareceu.

- Dul, se lembra não é? Não vou poder te dar carona hoje à tarde, já estou indo para o dentista.

- Eu sei Annie. Tudo bem irei de ônibus.

- Ok. Ate amanha amiga.

As duas se despediram. Dulce terminou o que estava fazendo e foi bater o cartão no andar de baixo. Assim que olhou pela janela percebeu o tempo escuro, estava começando a chover.

Saiu a passos largos para o lado de fora da empresa. Mas a chuva já caia forte. Abriu o guarda-chuva, mas ele não protegia quase nada, estava começando a ventar. Caminhou mais alguns metros quando percebeu que havia um carro andando bem devagar ao seu lado. Quase não deu bola, tinha que chegar logo ao ponto de ônibus.

Mas o carro continuava, ela olhou melhor e percebeu que não conhecia ninguém com um Corolla do ano até abrirem o vidro.

- Entra.

- O que? – olhou pasma. Nunca em sua vida imaginou Christopher pedindo para entrar no carro dele. – Eu?

- É. Entra logo.

Sem pensar muito abriu a porta, fechou o guarda-chuva e entrou no carro. Só poderia ser um mal entendido, ele nunca a chamaria para entrar em seu carro.

- Você ta muito molhada. – a olhou. – É melhor tirar esse cardigan.

Ela o obedeceu em silencio. Ele tirou o paletó ainda parado na via e lhe entregou.

- O que o senhor esta fazendo? – perguntou confusa.

- você deve estar com frio, usa o meu paletó, aqui dentro esta quente. – ela o colou em volta dos ombros. – Onde você mora?

- O que? Por quê?

- Vou te levar em casa. – acelerou o carro. – Onde é?

- Não senhor Christopher, não precisa disso. Eu posso chamar um taxi, ou ir de ônibus. Não se preocupe comigo.

- Estamos fora da empresa, não precisa mais de chamar de senhor. – pararam em um semáforo e ele a olhou. – Onde você mora Dulce?

- No maracanã, mas o senhor... – recebeu um olhar reprovador de Christopher. – Você, não precisa me deixar lá. É longe.

- Não há problema algum Dulce, você ia chegar em casa encharcada.

- Meu carro esta na oficina e a Annie foi embora mais cedo.

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