Em pouco tempo depois os dois estavam do lado de fora da empresa. Dulce ainda se sentia péssima e Christopher percebia o quanto tinha estragado tudo com seu pai.
- Você acha que vou ser demitida? – perguntou enquanto caminhavam juntos pela calçada.
- Claro que não, não vou deixar isso acontecer. – assegurou.
- E o que vai acontecer com você?
- Não sei. – admitiu fechando os olhos. – Mas não estou a fim de pensar nisso.
Continuaram andando juntos ate o meio do quarteirão em total silencio. Cada um perdido em seus pensamentos e refletindo sobre os últimos acontecimentos. Dulce achou certo acreditar em Christopher, talvez pudesse mesmo continuar na empresa, talvez o senhor Victor não fosse demiti - lá pelo escândalo. Mas era tudo um talvez.
Para Christopher não era muito diferente, sabia que a decisão de seu pai iria mudar. Não deveria ter perdido a cabeça, uma coisa era defender Dulce, outra era querer bater naquele cara até a morte. Mas era isso que ele queria, queria a morte daquele homem que encostou em Dulce sem sua permissão. Isso vai colocá-lo em problemas, mas no fundo não se importava muito. Ao menos sua ruiva estava bem.
De canto de olho a observou. Ela era linda, os cabelos avermelhados caindo em cascata, sua pele levemente corada, seu olhar perdido no chão. O coração de Christopher saltava toda vez que a observava, e ele estava começando a perceber que mais valia ter aquela mulher do que uma empresa.
- Porque não vamos à praia? – perguntou despertando Dulce de seus pensamentos.
- Agora? Christopher acho melhor não... – tentou inventar uma desculpa, mas ele a impediu.
- Sem empecilhos Dul, estamos precisando disso. Vamos.
Ela penas assentiu, respirar um pouco de ar puro lhe faria bem, e a praia sempre trazia calma e ajudava a colocar os pensamentos no lugar. Os dois foram no carro dele até a Praia de Ipanema, era fim de tarde e época de baixa temporada, não havia muita gente na areia.
Dulce achou estranho estarem com roupas tão sociais em um lugar onde o objetivo é estar bem à vontade. Ele foi atrás de uma água de coco enquanto ela tirava os sapatos para pisar na areia. Assim que o vento tocou seus cabelos sentiu a calmaria do mar lhe invadir.
As ondas estavam mancinhas e o Sol se preparava para se por no horizonte. A vista lhe ajudou respirar mais calmamente. E isso vale para Christopher assim que se sentou ao lado dela na areia também conseguiu se acalmar era impressionante como a vista conseguia tranqüilizar as pessoas.
- Foi bom você me trazer já me sinto mais calma. – confessou enquanto pegava o coco dele.
- Também sinto isso. E estamos sendo privilegiados, olha essa vista.
O Sol se pondo atrás da enorme montanha era uma cena encantadora que os dois tiveram o prazer de prestigiar juntos. Ficaram admirando a beleza do lugar quando Christopher passou o braço envolta dos ombros de Dulce e a trouxe para mais perto dele. Era disso que precisava um pouco de carinho.
- Porque não entramos? – apontou com a cabeça para o mar.
- O que? Ta maluco? Olha nossas roupas Christopher. – riu.
- E daí? Vamos logo.
Levantou-se e começou a tirar suas roupas. Dulce ficou apenas olhando paralisada, era demais para ela ver aquele homem lindo se despir daquela maneira. Seus olhos estavam perdidos por toda a imensidão de Christopher. E que imensidão. Ele bem viu a maneira como ela o olhava e lhe lançou um sorriso maroto.
Assim que estava somente com as roupas de baixo lhe estendeu a mão.
- Você vai entrar assim mesmo? Então vamos.
Dulce pensou por alguns segundo, não daria para entrar com aquela saia, era nova e não queria estraga - lá tão cedo. A praia estava quase deserta, talvez não houvesse problemas em ficar com as roupas de baixo.
- Espera não vou entrar assim.
Desabotoou a blusa social devagar, sentindo a vergonha lhe invadir, nunca imaginou ficar de roupas intimas na frente de Christopher. Por sorte, suas roupas eram discretas e não chamavam atenção, mas nem por isso Christopher deixou de olha- lá.
Era encantado por aquela mulher e não conseguia desviar os olhos de Dulce, cada parte do seu corpo o fascinava.
- Ta legal, vamos entrar. – disse ela.
Christopher segurou a mão de Dulce e os dois foram para o mar. A água estava um pouco gelada, mas eles não se importaram. Estarem um tempo juntos curtindo o lugar foi o suficiente para afastar as preocupações e os anseios.
Brincavam na água como um casal apaixonados. E estavam mesmo completamente apaixonados um pelo outro e isso ficava cada vez mais claro quando, seus olhos revelavam tudo o que a boca ainda não tinha coragem de dizer.
E no meio disso Christopher percebeu que durante todos os dias que ficou longe de Dulce não conseguiu se sentir tão tranqüilo como estava agora. Todos os dias longe dela foram chatos e sem cor, uma monotonia, mas com Dulce tudo ficava melhor, mais divertido, e ele se sentia estranhamente feliz.
Ela o agarrou pelo pescoço e sorriu com o rosto quase colado no dele e o sorriso foi suficiente para Christopher perceber que Dulce valia muito mais do que uma empresa, uma presidência ou dinheiro. Ele finalmente estava percebendo que a mulher a sua frente era mais importante que tudo.
- Você é linda.
Dulce diminuiu o sorriso ficando envergonhada e sem agüentar mais Christopher a beijou. Um beijo revelador transmitindo tudo aquilo que guardava em seus pensamentos, e Dulce respondeu na mesma intensidade. Era louca por aquele homem e jamais negaria um beijo a ele.
Queria Christopher presente de novo em sua vida, poder voltar a sonhar com o homem que amou em segredo por tantos anos. Estavam em sintonia de pensamentos se desejavam na mesma intensidade.
Quando a noite estava para cair os dois saíram do mar e foram tentar se esquentar na areia. Dulce sentou entre as pernas de Christopher e ele lhe abraçou.
- Eu quero você Dulce. – disse baixinho sobre o ouvido dela causando arrepio em seu corpo todo.
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...