Um homem agarrando a sua garota e a fazendo chorar. Aquilo era demais para ele, não iria permitir de maneira alguma alguém tocando em Dulce, ainda mais sem a permissão dela. Podia ver o desespero que sentia mesmo longe, e uma raiva absurda não lhe permitiu pensar, apenas agir.
- Larga ela! - o empurrou e antes de ouvir qualquer explicação deu-lhe um soco no rosto.
Dulce sentiu um alívio tremendo quando Christopher apareceu. Estava salva, por sorte havia chegado a tempo e a tirado das mãos do tarado.
Porém Christopher não parou no primeiro soco. O rapaz já estava com o rosto sangrando quando revidou o soco de Ucker.
- Você não devia ter mexido com ela! – voltou para cima do rapaz.
- E nem você comigo! – o homem tentou dar mais um soco em Christopher, porém esse foi mais esperto e o abraçou pela barriga levando o cara ao chão de novo.
Os dois estavam brigando como se fossem animais e mesmo com os gritos de Dulce para parar nada resolvia. Seu coração estava na mão, à confusão estava saindo do controle e tudo havia começado com ela.
Por sorte a agitação chamou a atenção e alguns dos guardas que cuidavam da segurança do local chegaram para separar os dois.
Dulce estava aos prantos não conseguia se conter, nunca tinha presenciado uma briga como aquela. E o pior era ver Christopher, seu terno todo arrumadinho estava amassado e seu cabelo todo bagunçado. Havia sangue em suas mãos e em seu rosto.
- Esse cara estava assediando a funcionária se eu não chegasse a tempo, só Deus sabe o que poderia ter acontecido. – esbravejou – me soltem.
Correu até Dulce que chorava compulsivamente, confirmando a versão de Christopher apenas com a cabeça, enquanto os seguranças tiravam o homem do local.
- Você ta bem? Ele te machucou? Me fala Dul, fala que eu acabo com ele!
- Não. – respondeu num fio de voz
- Ninguém vai encostar-se a você enquanto eu estiver por perto Dul. – disse com a voz branda, voltando à consciência.
Ela o abraçou ainda chorando. Se não fosse ele... Nem conseguia imaginar o final da frase, mas como sempre seu salvador apareceu para lhe ajuda. Mas havia perdido a cabeça, nunca tinha visto Christopher tão agressivo. Assustou-se no começo e mais ainda quando viu sangue voando. Não precisava de tudo aquilo.
Anahí vinha correndo como uma doida pelo corredor haviam acabado de comunicar e logo atrás dela estava Victor. Foi então que Christopher percebeu a burrada que fez. Agredir uma pessoa dentro do ambiente de trabalho ia contra todas as regras da empresa, mesmo que fosse em prol de um outro funcionário.
Dulce pensou a mesma coisa quando os viu correndo, não acreditarão nela. Aquela confusão toda acabaria em sua demissão, mais lágrimas escorreram por seu rosto. Estava perdida, muito perdida.
- Meu Deus o que houve com vocês? – Anahí quase gritou chocada pela cena. Christopher não estava muito machucado, mas o estado que suas roupas engomadas se encontravam sabia que havia sido uma grande confusão.
- O que deu na sua cabeça Christopher? – seu pai gritou logo após Anahí. Percebeu que o filho tinha pequenos cortes nos lábios e sobrancelha e soube que já era hora de dar-lhe um sermão.
Christopher apenas abaixou a cabeça, estava tão ferrado. Como explicaria a seu pai, era inadmissível o que fez. Uma onda de medo lhe invadiu, a reação que teve seria interpretada de uma maneira muito negativa com seu pai.
Os dois foram levados ate uma saleta onde Christopher pode limpar os machucados. A todo o momento olhava para Dulce que tentava se acalmar e conter as lagrimas. Nunca imaginou que algo assim pudesse acontecer, e sabia que agora estaria muito encrencada e com uma possibilidade alta de perder o emprego.
Aquela era sua única fonte de dinheiro, se perdesse estaria desamparada e se saísse por justa causa seria ainda pior encontrar um novo emprego. Estava com tanto medo.
- O que aconteceu? – Victor perguntou depois de um tempo.
- Aquele homem estava tentando beija - lá a força papai, eu vi. Jamais ia deixar acontecer uma coisa dessas, jamais! – exclamou ainda nervoso.
- E ai você decidiu partir para a agressão? Christopher isso é um lugar de trabalho, sabe que essa historia vai sair daqui não é. Defender é uma coisa, mas o jeito que você e o homem ficaram da pra perceber que foi mais do que uma defesa.
- É claro que foi mais! Ele tava atacando a Dulce pai, a Dulce! – Christopher estava vermelho ainda agitado com toda a confusão.
- Christopher. – Dulce tentou chamar sua atenção baixinho.
- E você Dulce, o que aconteceu? – se dirigiu a Dulce.
- Ela não vai responder agora! Olhe o estado que ela está, o melhor é deixa - lá ir para casa. – respondeu por Dulce.
Ela permaneceu quieta buscando forças para poder responder se fosse para casa talvez fosse ainda pior. Precisava manter esse emprego.
- Tudo bem. – respondeu num fio de voz. – Estou bem, não preciso ir para casa.
Victor ponderou a situação, os dois estavam abatidos e transtornados, sabia que não tinha sido uma coisa fácil e em partes entendia a atitude do filho, o maior problema seria sobre a repercussão desse acontecimento. Logo as pessoas estariam comentando sobre isso.
- É melhor os dois irem para a casa. Amanha conversamos.
- Não senhor Victor, por mim não tem problema, eu fico. – Dulce tentou interferir, mas dava para ver em sua expressão o quanto estava abatida.
- Você vai para a casa Dulce. – Christopher colocou um ponto final na conversa.
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Teremos uma surpresinha no próximo capitulo (é boa eu garanto).
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...