Christopher saiu as pressas para voltar para casa. A ligação de sua mãe foi uma grande surpresa, no dia anterior havia conversado com seu pai e ele parecia super bem e de uma hora para outra era internado com complicações.
Explicou tudo por cima para Dulce e saiu o mais rápido do hotel procurando um lugar onde pudesse pedir para descer o jatinho da família. Precisava estar ao lado de sua mãe e seu pai nesse momento difícil. Tinha de saber melhor o que estava acontecendo e como reverter essa situação de maneira rápida.
Dulce ficou na cama confusa e decepcionada. Depois de um momento tão mágico o mundo diferente estava os afastando de novo, ela o entendia é claro, mas não poderia deixar de sentir triste em ser deixada para trás.
No começo da madrugada Christopher chegou ao hospital, cansado e suado por correr para dentro do pronto socorro atras de sua mãe. Ela estava sentada no mesmo lugar de antes os pensamentos longe e o medo perto.
- Mãe? O que houve? - a abraçou.
- Ainda bem que você chegou filho. Seu pai... - seus olhos se encheram de lágrimas. - Se ele morrer Chris, o que vai ser de mim?
- Não pensa nisso. - A abraçou mais forte. - Vai dar tudo certo a senhora vai ver, o papai vai ficar bem mãe. Vamos rezar para isso, vai da tudo certo. Temos que ter fé.
- Ele queria dizer alguma coisa antes de desfalecer no braço do sei irmão. Fico me perguntando o que ele poderia dizer?
- Que ama a senhora, com certeza era isso. - sorriu.
- Era uma despedida então? - o choro ficou mais forte.
- Não, claro que não mãe. - acariciou seus cabelos enquanto a mulher chorava em seu ombro.
Alexandra ficou encucada com o que Victor estava dizendo antes de vir para o hospital. Era uma coisa urgente, ela podia sentir, mas não conseguia definir o que era.
Christopher ficou ao lado da mãe o tempo todo, buscou saber mais informações sobre seu pai, mas o estado ainda era estável, estava em observação e não sabiam quando iria para o quarto.
A onda de medo estava instalada na família Uckermann, todos estavam tenebrosos com o súbito caso de Victor o homem que sustentava as estruturas da família. As incertezas surgiam na cabeça de cada um, o que fazer se Victor não estiver mais aqui?
Sua partida seria ainda pior se ele não tiver tempo de contar a verdade. Alguém precisa saber sobre Anahí e mesmo inconsciente vagando por um mundo desconhecido, Victor ainda mantinha essa verdade na cabeça, tinha que contar para alguém.
Anahí não fazia a menor ideia do que estava acontecendo até Dulce lhe contar no domingo de minha. Annie ficou em pânico, em partes era culpa dela, as emoções dos últimos dias e a possível descoberta da paternidade haviam afetado gravemente Victor.
Precisava fazer alguma coisa, tomar alguma atitude,mas nem sabia em que hospital estava. Dulce avisou que iria voltar na tarde de domingo e assim as duas poderiam conversar melhor, Dulce era a única saída de Anahí.
Carlos por sua vez, ficou o mínimo de tempo possível no hospital, estava mexendo seus palzinhos dentro da empresa, daria um jeito de conseguir ficar na presidência. Era amigo da maioria dos acionistas e se seu pai demorasse para sair dessa alguém teria que ficar no lugar, ele poderia assumir tranqüilamente.
Seria necessário uma reunião extraordinária, mas não havia problema quando a isso, na segunda de manhã a empresa seria dele, e é claro, Christopher não saberia de nada muito menos da reunião. Seria a jogada de mestre, finalmente mandaria seu irmão para longe da empresa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...