Capítulo 13

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Os dois subiram com as flores. Ela lhe ofereceu um chá e os dois se sentaram no sofá da sala.

Christopher prestou atenção nos porta retratos que havia em uma mesa atrás do sofá. Era um apartamento bem organizado, limpinho e que agora cheirava a rosas. Mas os porta-retratos era o que ele não conseguia parar de olhar.

Havia várias fotos de Dulce e Maite juntas, desde a infância até os dias atuais. Tinham umas também com sua família e em todas as duas apareciam grudadas. Na praia ele pode ter um pouco de noção sobre como é o relacionamento delas, pareciam bem amigas.

Lembrou-se de seu irmão, desde quando entraram na empresa a amizade dos dois se perdeu. A ganância falava mais alta, a vontade de mostrar serviço, de querer ser mais prestativo que o outro. De conseguir a presidência. A ganância levou a amizade dos dois, os deixou competitivos e desfez o laço da irmandade.

- Sabe, Dulce. Preferiria mil vezes ter ido jantar com você a ficar em uma festa chata como aquela.

- E porque não fez isso?

- Por causa do meu pai. Era importante para ele, para a empresa e meu irmão também estaria lá

- Não entendendo o que seu irmão tem a ver com isso, vocês trabalham juntos, não há porque ir a uma festa que ele nem iria ser premiado, por conta dele. – sempre ouvia boatos na empresa e sabia que Christopher não havia pelo irmão, mas por causa dele.

- É por causa da presidência, meu pai esta esperando um passo em falso para tirar alguém da jogada. Então eu queria te pedir para não contar a todo mundo lá, somos patrão e funcionário, não é muito legal, só por agora.

- Tudo bem, não temos nada mesmo não é? Mas porque você quer tanto a presidência, Christopher?

- Porque é o meu sonho. Eu cresci vendo aquele lugar e eu quero fazer parte dele, eu quero comandar aquilo.

- É um sonho poder crescer lá dentro ou um sonho poder mandar em todos? Sei que não é da minha conta, mas saber que venceu não é tudo, pelo caminho aprendemos muito mais do que na chegada. – aconselhou.

Pelo que havia visto da empresa os irmãos Uckermann não queriam o crescimento e aprendizagem, eles queriam o poder e o topo. Para ela esse era o principal fator de risco, quando visa somente a ego às coisas podem sair do controle, uma empresa não funciona apenas com alguém mandando, mas sim com todos os funcionários juntos auxiliando.

Ele ficou pensativo. Ela tinha razão nas palavras, porém não queria acreditar muito nisso. Sua vida toda queria ser o presidente, ser como seu pai, avô seguir a trajetória da família. Nunca passou pela sua cabeça sobre como chegar lá, até porque parecia bem fácil: impressionar seu pai até escolhê-lo.

- Nunca pensei nisso. – confessou. – Mas e você qual é o seu sonho?

- Meu sonho profissional ou pessoal?

- Seu sonho de vida.

Abaixou a cabeça com vergonha. Não gostava de assumir isso em voz alta, achava no mínimo seu maior desejo bobo. Talvez fosse uma das poucas pessoas que ainda pensavam assim, mas era o que ela sonhava. Era o que sempre sonhou.

- Viver uma história de amor. – sorriu tímida. – Não que nem as histórias de filmes, algo mais real. Como ter uma pessoa a quem posso recorrer me apoiar e que vá me amar e me ajudar. Alguém que eu possa construir uma família, que possa ser o motivo da minha felicidade.

Ele a beijou de repente, encantado com sua doçura. Nunca tinha ouvido alguém lhe contar um sonho e nunca havia visto esse desejo, era tão meigo e tão a cara dela. Conseguia imaginar perfeitamente Dulce em algum romance clichê. Era idêntica as mulheres que protagonizavam esses filmes, e se viu pensando em como gostava de mulheres assim, em como gosta disso nela.

Doce Paixão.Onde histórias criam vida. Descubra agora