Mal conseguia acreditar nas palavras de seu irmão. Eram irmãos, sangue do mesmo sangue como pode sentir tanto ódio e torcer pela desgraça do outro? Christopher estava em choque com as palavras de Carlos, estava sendo demitido de uma empresa que também era dele.
- Você não ta falando sério. Não pode me demitir.
Carlos abriu um sorriso irônico para o irmão, Christopher não tinha noção do que ele podia.
- É claro que eu posso, sou o presidente, a maior autoridade desse lugar. Você está na rua, pegue suas tralhas e saia daqui. Talvez eu até possa lhe dar uma carta de recomendação.
- Não vou embora! Quando o pai descobrir o que você está fazendo... Pelo amor de Deus Carlos tenha o mínimo de decência e respeite o nosso pai. Ele ta mal e você tramando contra ele! Contra mim! Nós somos irmãos, tem noção disso? Você está querendo derrubar a mim, o seu irmão!
Christopher estava chocado, não pensava que Carlos poderia ir tão longe. A competição da empresa era sempre muito acirrada, mas se fosse ao contrário Christopher jamais demitiria Carlos.
- Estou pouco mme lixando, tem ideia do quando eu quis estar aqui. A vida inteira eu lutei por essa cadeira Christopher, é claro que não desejo mal ao papai, mas se isso não acontecesse era você quem estaria aqui.
- E dai? Isso é só um cargo Carlos, não devemos discutir isso agora. Saia dai e vamos nos concentrar no que realmente importa, o nosso pai.
- Não vou a lugar nenhum. Saia você, Christopher. Esta demitido eu já disse! Você sempre foi o queridinho da família e é por isso que lhe digo jamais assumiria essa cadeira se fosse pelo papai.
Os olhos de Carlos refletiam ódio e amargura. Christopher nunca havia visto o irmão assim. Ele estava se vingando de Christopher por algo que nunca fez.
- Pare de falar bobagens! Eu não vou sair! - desafiou.
- Tem certeza disso? Você vai sair por bem ou por mal.
- Você é louco, está dando um golpe na empresa. Como deixaram voce assumir? E tão rápido. Você está trapaceando, Carlos!
- Talvez porque eu leve meu emprego a sério e não fico de namorico por ai.
Claro, novamente o assunto do namoro. Talvez Christopher nunca tivesse sossego enquanto colocasse Dulce a frente de tudo. Ele não havia feito nada demais, abandonar o serviço e acudir Dulce não foram coisas tão anormais assim, mas com certeza Carlos soube muito bem como manipular todos os acionistas.
- Eu levo o meu emprego a sério e minha namorada também! Tudo o que aconteceu o que aconteceu foi coincidência e sorte por eu poder ajudar a Dulce...
Porque justamente Dulce foi vitima duas veze de "acidentes" estranhos dentro da empresa? E mais uma vez a dúvida surgiu na cabeça de Christopher. Até que ponto seu irmão iria pela empresa?
- Foi você? Você armou alguma para cima dela para me ferrar?
Carlos deu de ombros e foi o estopim para a perca da paciência de Christopher. Seu irmão estava doendo louco. Como pode colocar a vida de uma pessoa em risco por nada? A competição não era mais saudável a muito tempo e só agora Christopher percebeu isso.
Jamais imaginou ser apunhalado pelas costas por seu próprio irmão. Era doloroso, dividiu a vida com Carlos e era traído de uma maneira tão suja e desleal.
Não era apenas um cargo, uma hierarquia, o topo. Era mais, para Carlos aquilo se tornará uma obsessão. E Christopher finalmente estava vendo isso.
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...