Capítulo 14

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Alguns dias se passaram. Christian tentou se explicar com Maite, mas não foi nada fácil. O acusou de traição e fez um escândalo em pleno calçadão. Ele alegou que Marcela a mulher da academia era um rolo antigo e também sua personal, mas que atualmente não tinham mais nada. A relação dos dois parecia ter parado ali.

As indústrias iam de vento em poupa, finalmente tinham terminado o novo perfume e estavam organizando a festa que ocorreria na sexta-feira próxima. Todos da parte administrativa estavam se empenhando para o lançamento do perfume, os convites já tinham sido entregues e estava tudo organizado para o evento.

A relação entre Dulce e Christopher só crescia os dois davam um jeito de se ver quase todos os dias. Já se conheciam um pouco melhor, estavam ganhando intimidade e percebendo como tinham coisas em comum. Dulce estava cada vez mais apaixonada, e não poderia ser diferente ele era sempre gentil e atencioso com ela. Mas Christopher também estava mexido percebia cada vez mais como Dulce era uma mulher extraordinária, não tinha como não se encantar por seu jeitinho.

Anahí porém parecia ser a única que não estava tão bem, apesar da confusão de Maite ela ainda seguia de cabeça erguida e fingindo não se importar com o ocorrido. Mas Annie estava em um momento diferente, sua história de vida era complicada. Quando tinha 10 anos foi deixada aos cuidados de uma senhora, sua mãe a abandonou e ela nunca soube o porquê. Essa senhora a educou e cuidou dela ate os 15 anos, e a partir de então foi Annie que cuidou da pobre mulher.

Já muito velha não tinha mais forças para quase nada, porém continuava a incentivar sua filha adotiva a estudar e trabalhar. E Anahí conseguiu, realizou o sonho de sua vovozinha, era assim que ela a chamava. Se formou e entrou em uma grande empresa, porem a dois anos a senhora morreu justamente no dia em que sua mãe biológica também a deixou.

Estava quieta em sua sala ouvindo os murmúrios do corredor. Mas não conseguia pensar em nada e nem se concentrar. Nesses dias a pessoa que mais lhe ajudava era Poncho, mas agora nem ele estava presente.

Encarava o celular atenta e se ela ligasse dissesse que precisava de ajuda. Ele não iria negar, passaram tantas coisas juntos e ela só queria colo da única pessoa que a consolava nesse dia. Pegou o telefone e discou o número de Poncho, no segundo toque alguém atendeu.

- Alô? - era uma voz de mulher.

- Quem é?

- É a Isa, algum problema Anahí?

Seu coração apertou ainda mais. A namorada estava atendendo seu celular. Não bastasse a tristeza do dia ainda teria que se lembrar que Poncho não pertencia mais a ela.

- Não é nada. Não diga ao Poncho que liguei.

Desligou e não agüentando mais se pois a chorar. Estava se sentindo sozinha com dois sentimentos horríveis: saudades e arrependimento. Saudades de sua vovozinha, de sua mãe que sempre a ninava para dormir e arrependimento por ter sido impaciente, prepotente e maluca com Alfonso.

Estava com a cabeça baixa tentando se acalmar quando alguém entrou.

- Anahí, está tudo bem?

Reconheceu a voz de Victor e levantou a cabeça, com certeza estava com os olhos vermelhos, tentou limpara o rosto rápido e sorrir.

- Desculpe Senhor Victor, está tudo bem sim.

- Não parece. – sentou-se de frente para ela. – A algum problema? É algo com a empresa?

- Não, não é nada. O senhor me desculpe isso não vai se repetir.

- Não há problema algum em chorar, se for algo da empresa pode dizer para mim darei um jeito.

Doce Paixão.Onde histórias criam vida. Descubra agora