Doce Paixão.

Capítulo 29

- Você já conversou sobre isso comigo Christopher, não vou te esperar. – falou com pesar.

- Não quero que espere. Quero você Dulce, agora. Todos esses dias longe da sua companhia, do seu sorriso, de você foram torturantes para mim. – confessou. – Estou infeliz Dul. Preciso ter você em minha vida de novo.

Ela se virou para olhá-lo melhor e pode ver em seus olhos que estavam sendo sinceros. Não queria vê-lo infeliz, mas como participaria de sua vida se ele não permitia?

- E o que você quer que eu faça Ucker?

- Que fique comigo. Você vale muito mais do que aquela competição ou a presidência.

O coração de Dulce pulou forte dentro do peito. Esse pedido valia muito para ela, era uma prova de tudo o que viveram não foi em vão. Ele assim como ela acreditava neste amor e estava disposto a lutar também, estava disposto a manter Dulce ao lado dele e enfrentarem juntos os desafios que viriam. E para ela quilo já era uma prova de amor.

- Esta falando sério?

- Mais do que sério Dul, esquece tudo o que eu disse e vamos viver esse amor, vamos encarar tudo isso juntos sem medo do meu pai, ou da presidência. Se eu não tiver você ao meu lado nada disso vai valer a pena. – suspirou – Quero você como a minha namorada.

Os olhos de Dulce se iluminaram, nem em seus mais loucos sonhos se imaginou como namorada de Christopher Uckermann. Era como alcançar o céu, uma sensação inexplicável de realização e emoção. Poder dar todo amor que havia guardado por tanto tempo era bom de mais, e ela jamais recusaria.

- É tudo que eu sempre quis. – sorriu e o beijou.

***

Na empresa Anahí e Victor estavam na sala do ultimo discutindo qual seria a melhor solução para o que havia acontecido com Dulce e Christopher. Estavam cientes que o assunto iria se espalhar e logo começariam a comentar sobre o comportamento de Christopher. No fundo Victor sabia que não poderia culpá-lo totalmente.

- Acho que o melhor é deixá-lo fora da cidade mesmo, essa viagem para São Paulo vai fazer bem e abafar o caso. O que houve não foi nada demais, e é um assunto muito delicado. Assedio deve ser repudiado de todas as formas. – falou Anahí.

- Você esta certa. E não é essa a garota com quem ele estava saindo?

- Isso eu já não sei senhor Victor. – desviou o olhar desconfortável. – Não sei da vida dos dois.

- Mas isso me preocupa, no mundo dos negócios não se pode perder a cabeça tão facilmente. É claro que são situações diferentes, mas existe muita rivalidade por aqui e se Christopher perder a cabeça assim sempre essa empresa vai à falência. – confessou seu maior medo.

- Christopher é competente nada de ruim ira acontecer... Se o senhor for escolher ele é claro.

- Temos um caminho longo ate a escolha. – desconversou – Mas então Annie e sua busca por sua mãe?

Anahí havia cessado a busca, não tinha a menor ideia de onde poderia encontrar a tal mulher. Apesar da busca por informação ser muito mais fácil nos dias atuais, a mulher que se dizia sua mãe havia sumido sem deixar rastro. Pensou ate que ela tivesse morrido.

- Parei de procurar, acho que ela não quer ser achada. – respondeu amargurada.

- Não diga isso Annie, talvez ela também esteja te procurando. – tentou conforta - lá. – Mas me diga você não tem nada que a lembre, alguma cosia que ela tenha deixado com você?

Aquelas perguntas não eram em vão Victor também estava atrás da mãe de Anahí. Era muito estranho não terem registros dela e mais estranho ainda sua mãe ter desaparecido. Isso estava o motivando a buscar, não queria contar nada a ela, mas dias antes havia descoberto que a mulher que criou Anahí usava o nome falso. A mãe de Annie era uma grande mentira, começando pelo nome. E isso trouxe a Victor outra hipótese, uma bem mais assustadora.

- Tem. – respondeu. – Uma pulseirinha, usava quando era bebe até os dois ou três anos.

- E você poderia trazê-la qualquer dia para eu dar uma olhada?

- Sim, posso sim. Mas porque o senhor quer vê-la?

- Só quero te ajudar Annie. – pousou a mão sobre a dela.

E neste momento a porta se abriu Carlos nunca teve o costume de bater antes, e para alguém chegando naquele momento interpretaria a cena toda errada. Anahí e o pai de mãos dadas só confirmariam o que se ouvia pelos corredores sobre o caso dos dois. E foi mais suspeito ainda quando Anahí se livrou logo das mãos de Victor e ficou em pé. Carlos sabia que deveria ficar de olho, uma hora essa informação poderia ser importante.

- Posso falar com você? – se dirigiu ao pai.

- Já estou de saída. Com licença.

Assim que a noite caiu Christopher voltou para casa sorridente, dessa vez nada o impediria de ficar com Dulce. Logo que entrou encontrou os pais conversando na sala.

- Christopher o que houve com você? – sua mãe perguntou ao ver os hematomas em seu rosto.

- Não é nada mamãe, já cuidei disso.

-Amanhã vamos conversar sobre tudo isso Christopher. – a voz de Victor soou em tom de advertência.

Christopher apenas assentiu, não queria discutir sobre nada, apenas aproveitar a boa sensação que tinha ao lembrar quem era sua mais nova namorada.

- É isso que da querer bater nos outro dentro da empresa. – Carlos apareceu na sala para alfinetar o irmão.

- Eu estava defendendo a minha namorada. – disparou.

- Namorada? – todos na sala disseram ao mesmo tempo, pasmos.

- Então você ta mesmo namorando a marketeira? – Carlos riu. – Sabe quem é a namorada dele mamãe? Uma garota lá da empresa. – alfinetou novamente.

- Você bateu em algum por causa de uma garota? Christopher o que deu em você? Você não é assim! Pensei que estava focado na empresa? Esta namorando uma garota de lá? E a Serena? – sua mãe lhe despejou perguntas.

- Não estou namorando uma garota mamãe, estou namorando a Dulce. E não estou nem ai para o que a senhora esta pensando. – deu de ombros.

Seguiu o caminho para seu quarto enquanto sua mãe olhava espantada pelo corredor. Christopher nunca havia falado assim com ela, e essa historia de uma namorada na empresa era uma novidade e tanto.