Assim que Christopher chegou à empresa a primeira coisa que fez foi ir atar de Dulce, foi até a repartição de Marketing, mas lhe avisaram que Dulce precisou mais uma vez cobrir uma visita técnica.
Correu até a parte da empresa, e a encontrou com um grupo de adolescentes contando um pouco sobre a historia da empresa. Ele pode ver a expressão do rosto dela, parecia triste e abatida. Era culpa dele. Sentia-se tão mal por isso, precisava dar um jeito de se explicar.
- Dulce... – a chamou se aproximando.
Ela o olhou e logo depois desviou os olhos. Respirou fundo algumas vezes, não podia desabar a frente dele ou dos visitantes.
- Estou ocupada senhor Christopher, não posso atender o senhor agora. – se afastou um pouco do grupo.
- Dulce, por favor, me escuta você ta entendendo tudo errado...
- Acha que sou burra? – disparou. – Como o senhor mesmo disse se estou aqui é porque tenho no mínimo um pouco de capacidade.
- Não foi isso que eu quis dizer, mas... Eu queria sair com você ontem.
- Mas não saiu! Não posso falar com o senhor, tenho muito trabalho a fazer e imagino que o senhor também
- Dul, não precisa ser assim. – tentou segurar o braço dela, mas Dulce desviou a tempo.
- Adeus! – voltou para o grupo que estava ajudando.
Precisou se concentrar para não chorar, era muito difícil ser forte, ainda mais o vendo. Mesmo com tudo o que fazia seu coração ainda ficava alegre em vê-lo, sua respiração ficava acelerada, e ela gostaria que nada disso tivesse ocorrido.
Mas seu sonho havia acabado. Depois do que aconteceu na noite anterior era evidente que não haveria mais nada entre os dois. O adeus foi um adeus para sempre. Iludiu-se ao acreditar que poderia um dia dar certo, os dois não tinham nada a ver.
Christopher voltou para sua sala atordoado. Uma decisão errada e colocou tudo a perder. Mas como poderia resolver isso? Estava chateado também, não queria que as coisas entre os dois ficassem assim, haviam acabado de se conhecerem.
Precisava ter uma ideia de como conseguir conquista - lá de novo, se desculpar e poderem voltar de onde pararam. Mas nada vinha em sua cabeça, não conhecia Dulce tão bem assim para saber como se desculpar. Porém havia uma pessoa naquela empresa que poderia lhe ajudar.
- Anahí? – bateu na porta aberta antes de entrar.
- Oi Christopher. Algum problema?
- Na verdade sim. Preciso de um favor...
- Que tipo de favor?
- É sobre a Dulce...
- Não foi legal o que você fez com ela. Achei que quisesse mesmo conhecer ela, não engana - lá! – disparou.
- Eu não a enganei Annie, foi tudo um mal entendido. Não tenho nada com aquela mulher da foto. Quero pedir desculpas a Dulce.
- E o que eu tenho a ver com isso?
- Não sei como fazer isso, preciso impressiona - lá. – Anahí abriu um enorme sorriso feliz pela atitude dele.
- Ela é romântica, Christopher. Faça algo extremamente romântico que ela vai amar.
- Tá, mas tipo o que? Ela não vai querer jantar comigo de novo.
- Eu tenho uma ideia.
***
O resto do dia foi difícil para Dulce. Era impossível não se sentir ainda mais chateada, Christopher havia encarado seu basta como um basta mesmo, não foi mais atrás dela e as coisas pareciam que ficariam por isso mesmo. Havia se iludido e precisava saber conviver com isso.
Quando expediente chegou ao fim deu graças a Deus, saiu apressada para casa um lugar onde pudesse ficar sozinha. Assim que estacionou e subiu para a portaria se surpreendeu com a quantidade de flores que havia ali.
- O que é isso? – perguntou ao porteiro.
- Disseram que é para você.
- Para mim?
Olhou surpresa, era uma quantidade grande de flores vermelhas. Só havia uma pessoa que poderia fazer isso, mas não acreditava que pudesse ser. Viu então que todas elas tinham um numero e que no meio do enorme arranjo havia um cartão.
"Te trago mil rosas roubada, pra desculpas minhas mentiras, minhas mancadas..."
Ela ficou de boca aberta, não podia imaginar surpresa maior. Tinha mil rosas ali, e o cartão mais fofo que já leu. Estava sorrindo boba, quando sentiu alguém colocar a mão em seu ombro.
- Será que eu to desculpado?
Virou-se para trás e se surpreendeu com ele ali, apreensivo esperando sua resposta. Anahí tinha toda razão saiu do clichê e havia a impressionado, podia ver pelo brilho dos olhos dela. Não foi fácil encontrar tantas flores assim, ainda mais que não tinha costume de dar flores a ninguém, mas com seu nome conseguiu dar um jeito.
Ela lhe sorriu e ele teve certeza que estava desculpado. Era por isso que não queria a perder não queria que a história se acabasse tão rápida. Estava encantado com o sorriso dela, o seu jeito, seu cheiro. Queria-a por perto.
- E então?
- Você que fez isso?
- Claro, nada como se inspirar em um clássico para se redimir. Você entendeu tudo errado Dulce. A Serena é uma maluca que quer fama, e acha que vai conseguir isso comigo, mas eu não estou com ela e nunca estive.
- E como explica a foto?
- Ela armou para que tirassem uma foto nossa. Eu juro não houve nada, não estou interessado nela.
- E está interessado em quem? – sorriu.
- Você sabe muito bem em quem.
- Tá. Tudo bem, desculpado. Nunca recebi flores antes. – confessou.
Seus namorados nunca haviam sido tão românticos a este ponto. Mas era um desejo um dia receber flores de alguém, e como mais uma das surpresas da vida ela estava recebendo justamente do homem com quem sonhava. Tudo parecia um grande sonho do qual ela não queria acordar nunca.
- Quer subir e me ajudar a levar isso para dentro?
- Claro, pode ser.
~~~~~
Quem não gostaria de ganhar rosas de Christopher?
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...