Capítulo 23

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No horário do almoço Anahí decidiu ir até a maternidade que havia nascido. Tinha conseguido o endereço e por falta de companhia chamou Alfonso.

Levaria um tempo até chegarem lá saíram do centro e iriam até Botafogo e na hora do almoço o trânsito não era muito tranqüilo.

Foram quase o caminho todo em silêncio, Annie não sabia o que dizer e estava em dúvida se havia feito uma boa escolha em chamá-lo para acompanhá-la os dois não se davam bem a um bom tempo e ficarem sozinhos poderia dificultar as coisas.

- Acho que chegamos, estamos na rua certa. – disse Alfonso. – Qual é o número?

- 1327.

Logo chegaram a frente um enorme hospital que tomava um quarteirão inteiro. O endereço estava certo. Saíram do carro e Anahí quase correu para o enorme prédio. Era a única pista que tinha e poderia leva - lá a mais alguma e então o paradeiro de sua mãe.

Não era um hospital muito chique com certeza um dos piores daquela região. A fila para o atendimento esta horrível e havia uma ambulância na entrada. Alfonso detestava ir a hospitais, mas sempre incentivou Anahí a ir atrás de sua mãe e saber exatamente o que aconteceu. Iria com ela para todos os lados se fosse necessário, queria ajudar.

- Boa tarde, gostaria de uma informação. – disse para a recepcionista. – Funciona uma maternidade aqui também não é? Gostaria de saber se há registros de um bebe chamado Anahí Portilla, nascida em 1991.

- Só um momento. – pediu a recepcionista.

Anahí e Alfonso ficaram esperado ansiosos, qualquer mínimo detalhe já a ajudaria na busca quase impossível por sua mãe.

- Sinto muito senhora, mas não há registros sobre nenhuma Anahí em 1991.

- Como não? Esta na minha certidão de nascimento.

- Vocês apagam os registros? – perguntou Alfonso.

- Não senhor, temos todos os registros guardados em um grande sistema desde os anos 90 e não há nada sobe nenhuma Anahí. Eu lamento.

Annie suspirou aborrecida e os dois saíram do hospital. Sua única pista não era verdadeira. Não conseguia entender o que poderia ter havido, seu registro era daquele hospital, como não tinham nada sobre ela? Isso era quase impossível. Alguém estava mentindo na historia e isso só dificultaria ainda mais para encontrar sua mãe.

Pensou então ser um sinal para ela desistir de tudo, não havia como descobrir onde estava sua mãe. Talvez a mulher ate tenha morrido ou tenha fugido de Anahí.

- Não vale a pena saber mais nada sobe ela. É um caso perdido Poncho. – comentou quando entraram no carro.

- Não fale assim Annie, deve ter mais alguma coisa que podemos fazer.

- Minha mãe era uma mentirosa que me abandonou.

- Não diga isso Annie, não sabemos o que aconteceu.

Suas palavras há confortaram um pouco e ele logo a puxou para um abraço. Não suportava ver Anahí chorar ou sofrer principalmente por esse assunto. Quando a conheceu sua avó tinha morrido há pouco tempo e sabia que teve muita participação na recuperação de Anahí sobre todas as suas perdas.

***

O restante da tarde Dulce precisou muito se esforçar para não mostrar o quanto ainda estava abatida. Christopher passou horas conversando com a diretora de Marketing, parecia que ele tinha alguma ideia sobre os produtos.

Vê-lo ali tão pertinho não era tarefa fácil ainda mais depois da conversa que tiveram. Seria tão difícil superar ele. Nutria uma paixão em segredo há quase três anos e quando finalmente conseguiu revelar o que sentia foi separada dele por um motivo supérfluo. O poder não é a maior vitória.

Ele olhava para ela a todo o momento. Como poderia ser tão linda? Dulce tinja uma beleza natural única, tinha um brilho que encantava Christopher e ele não conseguia não olhá-la. Estava enfeitiçado, apaixonado, louco por aquela mulher.

E agora estavam separados, se havia feito a escolha certa porque se sentia tão triste? Como poderia comparar a empresa com uma mulher. Os dois tinham pesos diferentes em sua vida e infelizmente a empresa tinha um peso maior naquele momento. Mas somente naquele momento.

- Gostei muito Christopher, será um belo investimento. – comentou a diretora.

- Queria falar com você primeiro antes de falar com meu pai para ver o que achava. Acredito que todos irão aprender muito no fim de semana.

- Aposto que sim, alguém iria nos acompanhar?

- Sim eu. Vou com vocês para São Paulo.

Depois disso os dois foram para uma reunião na sala de Victor. Iriam propor uma viajem para um workshop que teria sobre marketing em São Paulo.

O dia estava quase chegando ao fim quando Anahí e Victor se encontraram na salinha do café. Enquanto bebia o líquido preto ela lhe contou sobre sua decisão e fracasso ao tentar encontrar sua mãe.

Victor ficou intrigado quando lhe disse que não havia registros seus no hospital, seria muito difícil encontrar uma mulher que parecia não ter deixado rastros.

Quando voltou para sua sala a primeira coisa que fez foi ligar para um de seus velhos amigos que já havia trabalhado com investigações antes.

- Quero que tente descobrir alguma coisa sobre Anahí Portilla. Tudo o que você conseguir e principalmente onde está a mãe dela. – disse a telefone.

***

Assim que chegou em casa Christopher encontrou sua mãe na companhia de Serena tomando chá na sala.

- Oi gente.

- Ucker você chegou. – Serena correu para ir abraçá-lo. – Estava com saudades priminho, vim te ver. 

Doce Paixão.Onde histórias criam vida. Descubra agora