Continuaram conversando mais um pouco e era nítido o quanto a hipótese havia alegrado Christopher. Sempre quis conhecer a irmã, era muito novo quando disseram que havia morrido e desde então o assunto se tornou algo delicado dentro de casa.
Foi então que se deu conta sobre a aproximação de Victor e Anahí, não era o Carlos estava fantasiando e Alexandra acreditando, pelo contrário os dois estavam afim de descobrir sobre a paternidade de Anahí.
Precisava avisar sua mãe sobre isso, estava cometendo uma injustiça julgando Anahí como amante de Victor, sabia que Annie jamais faria algo assim igualmente como seu pai.
Combinaram de tirar a história a limpo fazer um teste de DNA logo no dia seguinte no mesmo horário. Depois da conversa Christopher foi direto para o hospital encontrar os pais e contar tudo a Alexandra.
- Como ele está?
- Boa notícias filho, parece que ele acordará em breve. - Vibrou com a possibilidade. - Pena que tenha me magoado tanto.
- Era isso que eu precisava falar com a senhora. - os dois se sentaram em sofá no quarto onde estava Victor. - Mãe a Anahí não é amante do papai, pelo contrário, os dois estavam juntos por outro motivo.
- E que motivo poderia ser esse Christopher? Pare com isso, a garota está tentando manipular você.
- Não fale assim mamãe. - a repreendeu. - A senhora lembra da Ana?
- Ah por favor, Chris não estou a fim de falar da sua irmã agora.
- A Ana tem tudo a ver com essa história. A senhora sabia que a Anahí não tem mãe, que foi abandonada quando ainda era criança e não teve uma vida muito fácil. Sabia que ela nasceu no mesmo lugar onde a Ana nasceu?
- O que? - Alexandra se virou para o filho surpresa com a revelação e temendo onde a história iria chegar.
- Ela nasceu no mesmo dia que a Ana e ela tem uma coisa que está com o papai, uma pulseira....
- Com o pingente de frasco de perfume. - Alexandra completou a frase totalmente perplexa. Seus olhos estavam cheio de água e seu coração pulava forte.
Onde a historia iria chegar? Ela havia tratado Anahí tão mal, havia dito coisas horríveis e a humilhado. Tinha pensado completamente o oposto, tinha caído na conversa de Carlos e feito uma coisa horrível com Anahí.
- É uma brincadeira não é Christopher? Isso não é verdade.
- Eles estavam próximos pois queriam descobrir a verdade, apesar de haver evidências de mais. A Anahí mamãe pode ser a Ana.
- Isso mesmo Alê, era isso que queria te contar aquele dia. - Victor acordou e conversou pela primeira vez em dias.
Olharam impressionados para a maca em frente a eles, Victor esboçava um pequeno sorriso enquanto tentava se lembrar dos últimos acontecimentos.
Alexandra não conseguiu ir até o marido como fez Christopher. Ficou sentada perplexa demais com a revelação. Ela tinha humilhado Anahí, sua própria filha, a garotinha que ela acreditou por anos que estava morta. Como iria se redimir pelo que fez?
- O que foi que eu fiz! - segurou a cabeça entre as mãos e se pois a chorar.
Chorar de emoção, alegria por sua filha ainda estar entre eles, mas ao mesmo tempo era choro de tristeza e arrependimento.
O quarto estava carregado de emoção, e quem assistia tudo pela fresta da porta era Carlos. Não conseguia acreditar na conversa que estava tendo ali, não era possível. Mais um irmão, não.
Não aceitaria dividir a empresa com mais uma pessoa, tinha que fazer algo para impedir Anahí de ser uma Uckermann.
- Não vou permitir isso, não vou! - murmurou enquanto saia do hospital.
Estava atordoada, seu pai havia acordado e em breve lhe tiraria a presidência e ainda tinha uma nova irmã que seria tão queridinha quanto Christopher.
Ele perderia tudo se deixasse Anahí conquistar o coração de seus pais e isso ele jamais aceitaria. Voltou para a empresa o mais rápido que pode, entrou na sua sala antiga e abriu uma das gavetas com uma chave.
Dentro da gaveta havia um embrulho, Carlos tinha os olhos brilhando enquanto desembrulhava o objeto. Era um revolver, ele o escondia ali por um bom tempo, nunca sabia quando iria precisar.
E chegou a hora de usar a arma para eliminar uma possível Uckermann. Se Ana foi considerada por todos esses anos como morta, não faria falta se agora ela realmente fosse para o mundo dos mortos.
Carlos estava totalmente obcecado e cego pelo poder, não conseguia discernir o quanto a hipótese de sua irmã estar viva era boa, o quanto isso traria felicidade para a família. Porém, a única coisa que conseguia pensar era no que poderia perder e não no que ganharia.
***
No dia seguinte como combinado iriam tirar a prova dos nove. Na noite anterior Victor explicou com certa dificuldade para falar por conta de seus problemas de saúde, tudo o que havia acontecido entre ele e Anahí. Sobre como surgiu as dúvidas e como chegaram a conversa sobre o DNA.Alexandra sentia-se tão culpada, foi uma bruxa para a própria filha, acusou sem provas e ainda bateu nela. Passou quase o resto do dia anterior chorando e sendo consolada por Christopher e Victor. Não sabia o wue fazer para se redimir e nem por onde começar.
Sugeriu ir junto com o filho para fazer o teste, mas Christopher achou melhor que ela o esperasse no carro. Assim que foi para a porta do laboratório encontrou o carro de Dulce.
Olharam-se por alguns instantes a magoa ainda era presente em Christopher e a dor por perder um amor estava estampada no rosto de Dulce. Não disseram nada apenas se encararam até Anahí estar pronta para descer do carro.
Dulce não queria que tudo acabasse da forma como foi e muito menos que Christopher levasse para sempre a imagem de traidora associada a ela. Se pudesse ver o que estava em seu coração e o quanto tudo o que sentiu foi verdadeiro e sincero.
Mas ele não queria ver isso entrou no laboratório antes que Dulce tentasse dirigir uma palavra a ele. Era difícil olha-lá depois de tudo, e ainda sentia tanta saudades daquela mulher.
- Acho que ele nunca vai me perdoar.
- É claro que vai, depois que ele perceber o quanto essa história não tem fundamento voltara correndo para você.
- Espero que ele perceba isso nessa vida ainda. - murmurou.
- Estou nervosa, você vai me esperar não é?
- Vou sim, pode ir, vai dar tudo certo. Vou estar aqui quando sair.
Abraçaram-se e Dulce tentou passar confiança para Anahí. Finalmente iriam começar a resolver as coisas, a por ponto final na historia sobre sua mãe e seu passado.
Anahí entrou no laboratório decidida e ao encontrar Christopher os dois foram encaminhados para uma sala onde fariam o exame.
O que nenhum deles imaginava era que Carlos estava por perto esperando para dar o bote.
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Ixi acho que vai dá ruim em 😣
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...