Ao fim da tarde tiveram que se despedir e esperar até segunda-feira para poderem se encontrar novamente. Maite, porém passou em casa só para trocar de roupa já que iria sair com Christian à noite. Restaram no apartamento então Dulce e Anahí.
- Precisamos comemorar esse dia, amiga. – Annie entrou na sala com uma garrafa de vinho e duas taças.
- Ainda não consigo acreditar, Annie. – sorriu como boba, ainda anestesiada pelo dia.
- Os sonhos se realizam Dul. Agora vamos beber e comemora.
- E o Poncho?
- Não quero falar dele e nem associar o nome a pessoa. – pegou o saca-rolha e colou na rolha do vinho.
Na casa de Christopher sábado a noite significava algum evento importante ou um jantar em algum restaurante chique. Era isso que seus pais faziam na maioria das vezes, ele claro não curtia nenhum pouco, e nunca participava, bem ao contrario de Carlos que levava a namorada e aproveitava para ganhar mais confiança do pai.
Pensou então que não haveria ninguém em sua casa, eram quase oito horas na noite com certeza haviam arrumado alguma coisa para fazer. Mas se enganou assim que entrou. Sua mãe estava no sofá conversando com Talita namorada de seu irmão.
- Christopher? Por onde você andou? – perguntou analisando de cima a baixo.
Ele estava de chinelo uma regata e sua roupa tinha muita areia.
- Na praia mamãe, eu te disse. – foi ate sua mãe lhe dando um beijo no topo da cabeça e depois cumprimentou Talita. – Oi Tali.
- Até essa hora?
- Sim, até essa hora. Não tente me regular mamãe.
Seu pai apareceu na sala com um avental e rindo sozinho.
- Acabei de queimar meu ovo e quase me queimei. – riu.
- Você é doido Victor? Porque não pediu a Matilde? Ela é paga para isso.
- Deixe a mulher descansar, Ale. E outra eu sou bom na cozinha.
- Você é ótimo, pai. Em tudo. – comentou Christopher rindo também. – vou tomar um banho.
- Vai sair? – sua mãe perguntou.
- Não mamãe, vou ficar com a senhora. – sorriu e foi a caminho de seu quarto.
***
O domingo passou quase voando, Maite só chegou de manha em casa contando sobre sua linda noite. As meninas passaram o dia em casa assistindo filmes e conversando. Christopher também não fez muita coisa, passou o fim de semana com sua família e agüentando algumas alfinetadas de seu irmão, mas estava bem humorado demais para responder.
A segunda-feira de manha era a mesma correria de novo, mas agora Dulce havia pegado seu carro o que já economizava um grande tempo. Estava ansiosa para poder ver Christopher novamente tinha ate caprichado na maquiagem.
Mas assim que chegou lembrou que não teria tempo para isso. Estava com muito trabalho sobre o novo produto, estavam organizando uma propaganda e a mídia digital também, além de terem mandado arquivos da expectativa de venda baseado nos produtos anteriores.
Christopher também chegou cedo pensou em passar perto da repartição de Marketing, mas não dava seu irmão estava em seu encalço, louco por uma briga. Ao final da tarde teriam uma reunião para fechar a propaganda, talvez pudesse vê-la.
Foi isso que ficou pensando o dia todo. Na verdade não conseguia tira - lá da cabeça desde o dia na praia. O beijo não saia de sua mente, queria vê-la de novo. Talvez eles pudessem sair, ou algo assim.
- Papai? – estava na sala de seu pai.
- Diga?
- Acha que é antiético, fere o código de conduta sair com alguma funcionaria? Por exemplo, se você a vê não como uma funcionaria, mas como uma garota interessante, que você queria conhecer... Hipoteticamente, é claro.
- Ah depende muito, filho. Nós não podemos proibir ninguém de se relacionar com outra pessoa. O que fere os códigos de conduta é sair beijando aqui dentro, ficar de namorico na frente dos outros funcionários. A relação de funcionário com funcionário fora da empresa, não é de nosso respeito. – respondeu.
- Está querendo sair com alguma funcionaria Christopher?
Quase caiu da cadeira com o susto que levou ao ver seu irmão entrando na sala sem ser avisado. Odiava quando Carlos fazia isso.
- Esta ouvindo atrás da porta?
- Não respondeu minha pergunta. Esta querendo sair com alguma funcionaria? – sentou-se ao lado dele.
- Não, eu não estou Carlos. Estou apenas perguntando.
Carlos deu um sorrisinho de quem não estava acreditando. Se isso estivesse mesmo acontecendo seria uma maravilha, poderia usar contra Christopher para fazer a reputação dele com seu pai diminuir. Ele ainda seria o presidente daquela empresa, tinha certeza.
Christopher também sabia que deveria ficar esperto com seu irmão. Não poderia dar um passo em falso que Carlos iria fazer algo para que todos descobrissem. E sair com a Dulce, poderia ser um desses.
Mas o fato era que não conseguia esqueça-la, revivia o dia na praia mais de dez vezes. Pensava no que ela estava fazendo em como ela deveria estar vestida, lembrava do sorriso dela. Não tinha jeito, ninguém iria descobrir se eles saíssem em uma segunda-feira para tomar um vinho.
Dulce estava entretida em seu trabalho, procurando algum ultimo erro, quando o telefone do ramal chamou.
- Dulce Maria?
- Oi Dulce, sou a secretaria do Senhor Christopher, ele pediu para a senhora comparecer a sala dele, por gentileza.
- Ok. Obrigada.
Estava a chamando para ir a sala dele. Dulce quase deu pulinhos de alegria na sala. Não conseguia tira-lo da cabeça, isso sempre acontecia porem agora que estavam tão próximos pensavam ainda mais.
Queria vê-lo, ouvir suas gracinhas, e poder sentir o cheiro de seu perfume, o contado da pele dele com a dela. Suspirou imaginando tudo isso. Queria estar nos braços dele outra vez, mas sabia que na empresa isso era impossível.
Assim que chegou a frente à sala dele a secretaria a anunciou. Respirou fundo antes de entrar. Sentia um frio na barriga ao ficar de frente para aquela porta. Após alguns segundo entrou.
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Doce Paixão.
FanfictionAs grandes Indústrias Uckermann oferecem centenas de trabalhos na cidade do Rio de Janeiro. É administrada por Victor que está começando a lidar com a difícil missão de escolher entre seus dois filhos - Christopher e Carlos - para assumir a presidên...