Capítulo 19 (atualizado 25/05/2017)

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Sou Brunna, tenho 28 anos, sou casada e tenho dois filhos gémeos que é a Brianna e o Brian ambos de 2 anos, trabalho junto com o meu marido, o Arthur na nossa clínica que abrimos na divisa de uma cidade para outra.
Todos os dias de manhã ele vai em uma comunidade e faz um trabalho social com as crianças e eu abro a clínica cedo.

Dia do sequestro:

hoje estava com um mal pressentimento, mas tive que levantar e me arrumar, meus pequenos foram com o pai e eu vou abrir a clínica.
O mal pressentimento continua a me rondar não sei o que vai acontecer, só sei que é muito ruim, chego na clínica e antes de sair ligo pro meu marido e falo o que estou sentindo, ele me diz que tudo vai ficar bem, peço para falar com os nossos filhos e choro na hora que eles falam:

— mamã.

Falo que os amo e desligo o celular, pego a minha bolsa de lado e coloco em meu corpo abro a porta do carro e saio, assim que saio sinto mãos me agarrando tento me debater, mas algo é colocado no meu nariz e só vejo a escuridão. 
Acordo em um lugar desconhecido e com um homem sentado em minha frente me observando, fico em desespero e começo a gritar, mas sou agredida pelo tal homem.
Fico quieta e só choro e ele me diz o que quer comigo e de imediato eu nego, sei que na minha profissão não posso negar nada, porém estou assustada e com muito medo, mas depois me arrependo de ter negado, pois o homem acende um maçarico em meu rosto e sou obrigada a ajuda-lo, entretanto a minha vontade é de morrer, porém lembro dos meus bebês e faço de tudo para me manter viva por eles.
Dito que iria lhe ajudar começo a examinar a menina que está em minha frente, sei que ela pode morrer a qualquer momento, então já prescrevo o que irei usar agora com emergência e peço para ele ir comprar a sorte é que o meu carimbo está dentro da minha bolsa que veio junto, pois estava no meu corpo na hora.
Enquanto ele sai examino o corpo todo de Ana, até as suas partes íntimas e vejo que ela foi muito violentada tanto fisicamente, quanto mentalmente, por isso encontra-se nesse estado vegetativo, preciso fazer exames mais complexos nela e tenho uma suspeita, porém só confirmarei com um exame especifico.
Paro de examina-la e sento no chão e choro tudo que preciso chorar, lembro do meu marido e dos meus filhos e choro muito, mas um barulho me assusta e quando vejo aquele homem me desespero, porém tenho que me manter centrada.

Dias atuais:

Bom já se passaram 5 dias que estou nesse inferno de lugar, mal consigo comer, mas sei que se eu não fizer irei passar mal e ficar doente, então por enquanto ainda como, pois não vejo perigo já que o homem precisa de mim.
A Ana já vem apresentando melhoras, ela ainda está em estado de choque, porém agora ela passa uns tempos lúcida, mas chora muito, o bom é que já consigo lhe dar algumas coisas para comer.
As minhas suspeitas vem ficando cada dia mais evidente, mas hoje elas deixaram de ser apenas uma suspeita e serão certezas, pois hoje o homem irá buscar os resultados dos exames que mandei fazer, daqui a pouco ele deve chegar então faço alguns exames em Ana e vejo que logo, logo ela estará ótima e quem sabe voltarei para minha casa.

(...)

O homem chega com os resultados e vejo que ela precisa de mais atenção que imaginei, além de sua imunidade está baixa ela está com pneumonia, porém o resultado do outro exame que era a minha suspeita, apenas confirmou, preciso contar a esse homem imundo o que vem acontecendo com Ana, mas tenho medo de sua reação, então esperarei mais alguns dias.
O exame de Ana realmente foi de emergência, mas com ele pude conseguir deixar meu carimbo no exame e espero confiantemente que alguém observe o nome e avise a polícia, pois tenho certeza que meu marido já fez o boletim de ocorrência.

Sótão do medoOnde histórias criam vida. Descubra agora