We're going to kill Bianca.

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Point of view Charlotte Adams

- Você disse que nunca ia me abandonar, você prometeu que não me deixaria, mesmo com todas as merdas que eu pudesse fazer. - Seus olhos demonstravam o quão abalado ele estava.

Não caia nessa de novo! - meu consciente me alertava

- Char... Eu preciso de você! - disse em um fio de voz. Chegou mais perto e acariciou meu rosto, Golpe baixo!

- Eu não posso Justin! - disse baixo. - Eu não posso correr o risco de me magoar de novo, eu não sei se suportaria! - disse pegando a lâmina em cima da cômoda do quarto. - Eu não consigo mais, Justin. Por favor, me desculpe! - eu não podia, não podia ficar com ele. E ficar sem ele seria pior que a morte. Ter que encará-lo todos os dias, e saber o porquê de não estarmos juntos, era doloroso demais.

- Não faça isso Char. - ele passou as mãos nos cabelos nervoso. - Você tem a mim agora! E eu preciso de você, porque o único momento que eu não estou pensando em matar alguém é quando estou com você. A única coisa que me faz feliz nessa droga de lugar, é saber que você está aqui comigo. Você me faz uma pessoa melhor a cada dia, você é a única que consegue afugentar as trevas que existem dentro de mim. - eu não consigo respirar, é como se eu estivessem me sufocando, porque as coisas tinham de ser assim? - Eu sei que a vida é uma droga, e esse lugar é uma droga, mas eu prometo que vamos sair daqui. Afinal, o mundo seria muito sem graça sem Justin Bieber e Charlotte Adams, não é mesmo? - deu um sorriso perverso, sentou-se no chão, ao meu lado, pegando a lâmina de minhas mãos. - precisaremos disso! - disse antes de beijar meus pulsos marcados.

O encarei confusa. - Pra que exatamente precisaremos disso? - pergunto passando as mãos pelo rosto.

- Você não queria ajuda pra matar Bianca? - eu o encarei, procurando algum indicio de que ele só estava brincando comigo de novo.

- Você disse que seria o primeiro a ser acusado. - disse me levantando. - Não precisa se arriscar só pra provar algo pra mim. - tento manter a voz firme.

- Eu vou fazer por você, Charlotte. Por todo mal que ela te causou, porque me preocupo com seu bem-estar e sua segurança. - disse e eu prefiro não discutir. - Me deixe cuidar de você. - encaro seus olhos caramelados e me perco por um momento, assinto com a cabeça e ele me dá um beijinho na testa e depois caminha comigo até o banheiro.

Espero ele me despir e entro no boxe, ele liga o chuveiro e entra comigo, ele põe um pouco de shampoo em sua mão e esfrega meus cabelos com cuidado. Resmungo quando ele passa as mãos por minhas têmporas.

- O que fizeram com você, Char? - pergunta enquanto ensaboa meu corpo. Sinto meus olhos marejarem, só de lembrar.

- Foi horrível, Justin. - minha voz sai embargada. Ele me puxa pra um abraço, e ficamos assim, por uns minutos, abraçados, enquanto a água quente caia sobre nós.

Quando acabo de me vestir, Maria entra apressada no quarto, sua feição preocupada ao me olhar me faz querer chorar de novo.

- Char, querida! Eu fiquei tão preocupada. - ela me abraça tão apertado, que sinto minhas costas estalarem, mas não reclamo, apenas me aconchego mais em seu abraço.

- Eu estou bem, está tudo bem agora! - a tranquilizo.

- Graças a Justin! - ela diz e ele continua quieto, no canto do quarto observando a janela.

- Era o mínimo que eu podia fazer. - se pronuncia, Maria volta a atenção pra mim.

- Acho melhor você passar a noite comigo, a gente não sabe o que aquela Bianca é capaz de fazer. - ela afagou meus cabelos ainda meio úmidos.

- Eu vou passar a noite aqui com ela, não se preocupe. - Justin diz e Maria assente, quebrando o abraço.

- Cuide bem da minha menina Justin. - ela diz antes de dar um beijo em minha testa e sair do quarto.

Me deito na cama e fico incomodada, eu ainda estava magoada por tudo o que Justin me fez passar.

Eu não o culpava pelo que eu passei na solitária, ele não tinha culpa se Bianca era tão louca quanto ele, mas não pude deixar de pensar que se, eu não tivesse ido conversar com ele naquele dia, se tivesse ouvido os conselhos de Maria, nada disso estaria acontecendo.

Sinto o outro lado da cama afundar, e saio dos meus pensamentos, vendo Justin encarando-me.

- Eu sei que você não vai me perdoar assim, tão rápido. Mas, Char... Eu não vou desistir de você. - ele passa o polegar em minha bochecha. Me perco em seus olhos, eles demonstram tanta pureza e inocência, que com certeza Justin não tem. - Você é a melhor coisa que já me aconteceu, Charlotte. Eu amo você! Eu sei que demorei para dizer, mas depois que eu disse eu nunca mais me arrependi. - ele encarava meus olhos de forma tão profunda, que me deixava sem ar. - Nunca pensei que fosse possível amar alguém tanto assim, mas talvez seja. Estou fazendo a coisa mais perigosa, dizendo que eu te amo. - . Meu coração quase parou, e uma dor gostosa se espalhou por meu peito. Ele sabia mesmo como dizer coisas bonitas, perfeitas.

Passei o polegar em seus lábios, e o selei, seguindo meu coração, com a certeza que amanhã eu, talvez, me arrependa disso. Mas hoje não, não hoje.

Ele fez amor comigo de uma maneira tão carinhosa e possessiva que abalou minha alma.

Acariciei seu rosto enquanto ele dormia, tranquilo. Ele é tão lindo, nunca vou me acostumar com isso. Parecia ser uma das noites sem pesadelos, e isso me fez respirar aliviada, coloquei a cabeça em seu peito desnudo e dormi, com a certeza de que:

não importa o quão mal Justin pode me fazer, nada supera o fato do quão bem ele consegue me fazer sentir. 

ManicômioOnde histórias criam vida. Descubra agora