Destruindo tudo que toca. Talvez seja assim que o mal funcione.
Point of view Charlotte Adams
- Char...?
- Eu... – Respirei fundo. Eu não consigo. A lembrança de como havia sido acordada ainda era recente demais. Era doloroso demais pra mim, ainda mais por saber que ele precisava receber de mim a mesma coisa que havia me oferecido quando contei a ele sobre Nathan - uma prova de que o desejo não tinha morrido, uma prova de que, por mais feias que fossem nossas cicatrizes do passado, elas não afetavam o que sentíamos um pelo outro naquele momento. Estava me sentindo ferida e vulnerável. - Me abrace, Justin. Por favor. - Ele concordou com a cabeça e me envolveu em seus braços.
O fiz deitar na cama comigo encarando seu lindo rosto, e as rugas que se viam no meio de suas sobrancelhas mostravam que ainda estava chateado.
Aquele era o homem que eu amava. Aquele era o homem cujo corpo me dava tanto prazer, cuja consideração por mim sempre me emocionava. Ele ainda estava lá, Justin tinha sido violado e brutalizado, assim como eu. E talvez esse fosse o motivo dos pesadelos tão violentos.
Selei seus lábios em um beijo calmo;
Ele retribuiu o beijo com paixão, devorando-me, mas ainda assim me segurando contra ele de uma forma gentil e respeitosa. Como se eu fosse frágil. Quando o beijo acabou, estávamos ambos ofegantes.
Ele rolou para cima de mim, tirando minha camiseta com movimentos cuidadosos. Eu também tateava com cautela ao despi-lo. Encostamos um no outro como se fôssemos feitos de açúcar. O laço que nos unia estava frágil. Estávamos ambos preocupados com o futuro e com as feridas que poderíamos acabar reabrindo. Seus lábios abocanharam meu mamilo e suas bochechas desinflaram lentamente, em um gesto de sedução menos violento que o de costume. Aquela sucção suave era tão gostosa que perdi o fôlego e me dobrei em sua direção. Ele acariciou meu corpo do seio até o quadril, descendo e subindo até meu coração disparar. Ele passou a boca por meu peito até chegar ao outro seio, murmurando palavras de desculpas e carência com a voz carregada de arrependimento e tristeza. Sua língua chegou ao mamilo enrijecido, provocando-o um pouco antes de envolvê-lo em uma chupada quente e molhada. Suas carícias delicadas foram perfeitas para encher de desejo minha mente inquieta. Meu corpo já estava entregue a ele, ávido por sentir prazer e desfrutar de sua beleza.
-Não tenha medo de mim. - ele sussurrou. -Pode ficar tranquila. - Justin beijou meu pescoço e depois foi descendo, acariciando minha barriga enquanto se acomodava no meio de minhas pernas. Manteve-me aberta para ele com as mãos trêmulas, e acariciou meu clitóris com a boca. Suas lambidas leves e provocadoras por toda a minha abertura, combinadas com as entradas furtivas de sua língua no meu sexo fremente, levaram-me às raias da loucura. Minhas costas se arquearam. Súplicas roucas saíam do meu lábio. A tensão se espalhou pelo meu corpo, fazendo com que eu me contraísse inteira até quase explodir sob tanta pressão. Ele conseguiu me levar ao orgasmo apenas com o toque delicado da ponta de sua língua. Gemi bem alto ao sentir aquela onda morna de alívio se apoderar de meu corpo estremecido. - Não posso perder você, Char. - Justin se deitou sobre mim enquanto meu corpo se contorcia de prazer. - Não posso.
eu me vi diante de seus olhos vermelhos. Seu sofrimento era um tormento para mim, de cortar o coração.
- Você não me perderia nem se quisesse.
Ele penetrou em mim lentamente, com todo o cuidado. Pressionei a cabeça contra o colchão duro à medida que ele chegava mais fundo, tomando conta de meu corpo centímetro a centímetro. Quando entrou por inteiro, ele começou a se mover em investidas calculadas e cautelosas. Fechei os olhos e pensei apenas no sentimento que havia entre nós. Foi quando ele parou e deitou sobre mim, com a barriga encostada na minha, e meu coração disparou em pânico. Assustada, eu não sabia o que fazer.
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Manicômio
Fiksi PenggemarEle: Um psicopata. Ela: Uma suicida. Combinação perfeita ou desastre? Com ele, nunca se sabe ao certo quando a verdade começa e a ironia termina. Apenas os tolos acreditam que fechar os olhos fará os monstros irem embora. '' -Eu não consigo mais, J...