A Prisão de Segurânça Máxima da Noite

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Por mais que eu não estivesse sendo atacado, eu continuava nervoso, aquilo era o tártaro, poderia aparecer um monstro de qualquer lugar, a qualquer momento, eu tinha que me manter atento a todos os detalhes. Ja faz algumas horas, pelo menos parece que se passaram algumas horas é difícil compreender o tempo nesse lugar, que deixe Bob e Damásen para trás, espero poder cumprir a promessa que fiz a eles, eu ja estava perto de minha próxima parada e essa não seria tão agradável quanto a primeira, pois a deusa que eu iria encontrar agora, me odiava, mas como eu não tinha escolha, segui em frente ate avistar uma mulher sentada, com o corpo curvado, de cabeça baixa, chorando, extremamente desnutrida, vestindo farrapos, com cotovelos e joelhos ossudos e unhas das mãos e dos pés quebradas.

--- Akhlys - chamei.

A mulher era a deusa da miséria, isso ficava bem explícito por sua imagem, seus cabelos ralos e desgrenhados e seu olhar de tristesa, ela transparecia apenas sofrimento. No momento que a chamei ela levantou a cabeça, interrompeu seu choro e olhou para mim.

--- Você? - vociferou a deusa - O que esta fazendo aqui?

--- O mesmo que vim fazer da última vez - debochei com um sorriso.

--- Não vou ajudá-lo, vá embora daqui.

--- Eu preciso da névoa da morte, preciso sair desse lugar.

--- E como pretende fazer isso?

--- Ouvi falar sobre uma saída no coração do tártaro, é pra lá que estou indo.

--- Ahh sim, a saída - disse Akhlys com um olhar de interesse repentino, como se acabasse de lembrar algo, isso fez meus instintos gritarem em alerta - Ainda assim não vou ajudá-lo.

--- Eu não posso ficar aqui, tenho que sair e preciso da névoa pra isso.

--- Você não me comove semideus, esqueceu que sou a deusa da miséria?

--- Ja que você gosta tanto de miséria, saiba que ja causei a miséria de muitos monstros, deveria me agradecer por isso.

--- Não lhe devo nada, Perseus Jackson - disse Akhlys com ódio no olhar - A miséria chega a todos independente da atitude de terceiros.

--- Que seja, mas será que você pode me ajudar com a névoa agora?

--- Eu ja disse que não irei te ajudar - vociferou a deusa.

Ela ja estava me irritando, eu não tinha tempo a perder com outra deusa maluca, eu não me orgulhava, do que fiz com ela da primeira vez, mas eu tinha que sair dali meus amigos precisavam de mim, eu não deixaria ela ficar no meu caminho, me concentrei e procurei sentir os líquidos venenosos que Akhlys carregava com ela atrai eles ate mim os transformei em um pequeno redemoinho aos meus pés, os olhos da deusa demonstravam terror ao ver que eu estava controlando o veneno.

--- O que esta fazendo? - perguntou a deusa completamente apavorada.

--- Eu ja disse que preciso da névoa da morte, eu preciso ajudar meus amigos, e não vou deixá-la em meu caminho - tentei parecer ameaçador, não gostava disso, mas era necessário

--- Tudo bem, eu o ajudarei - disse Akhlys sem tirar os olhos do redemoinho de veneno - Venha comigo.

Ela começou a andar por um jardim de flores prateadas que murchavam e morriam quando Akhlys passava, uma névoa branca, como uma neblina, nos cercava, eu estava com a adaga na mão e com o redemoinho de veneno ao meu lado, sabia que não podia confiar na deusa. Eu a acompanhei até a beira de um precipício, o mesmo no qual ela tentou me jogar junto com Annabeth como sacrifício para Nix, a deusa primordial da noite, eu não cairia naquele golpe de novo.

PERCY JACKSON O ÔMEGA  o Heroi Traido (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora